Dia 8 de março foi escolhido
como Dia Internacional da mulher para ser símbolo da luta feminina por
condições igualitárias na sociedade. A data é uma homenagem a 130 tecelãs que
morreram em 1857 após uma greve por jornadas de trabalho mais justas nos Estados
Unidos. Em 1977, a Organização das Nações Unidas adotou o dia para lembrar as
conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.
Apesar do avanço das políticas
para reduzir as desigualdades, as diferenças salariais entre homens e mulheres,
por exemplo, mostram a diferença que ainda existe diariamente. A Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) de 2014 indica que as mulheres recebem em média 74,5% da
renda dos homens.
Em meio a ambientes dominados por homens,
algumas mulheres superaram os obstáculos e se destacaram com grandes
contribuições para a história da humanidade. O Blog da Saúde conta brevemente a
história de cinco mulheres que fizeram diferença na história da saúde em épocas
distintas. E o que elas têm em comum? Determinação e muitas horas de estudo
dedicadas à pesquisa que mudaram o curso da história.
MULHERES 2
A chinesa Margaret Chan é
formada em medicina pela Universidade de Western Ontário (Canadá) e desde 1978
dedica a carreira no campo da saúde pública. Em 2003, ele entrou para a OMS e
em 2006 foi nomeada diretora geral da instituição, cargo que ocupa até hoje.
Chan liderou a OMS durante a epidemia do vírus Ebola que infectou mais de 23
mil pessoas em todo o mundo.
Letitia Mumford Geer -
Inventora da seringa
A norte-americana registrou no
final do século 19 um dispositivo utilizado diariamente na maioria das unidades
de saúde de qualquer lugar do mundo. Ela desenvolveu um método de aplicação de
substâncias por meio de um pistão, que hoje conhecemos como seringa. O material
revolucionou o atendimento na época de seu desenvolvimento, por sua
praticidade. Até hoje a invenção de 1889 continua salvando vidas em todo o
mundo.
Gertrude Elion - Prêmio Nobel
de Medicina em 1988
A bioquímica e farmacologista
nova-iorquina Gertrude Elion fez parte da equipe que ajudou a desenvolver
diversos medicamentos importantes, para tratamento da leucemia e prevenir a
rejeição do transplante renal. Seu campo de pesquisa foi motivado pela morte de
seu avô, que morreu de câncer. Durante sua carreira desenvolveu 45 patentes e
em 1988 ganhou o Prêmio Nobel de Medicina.
Françoise Barré-Sinoussi –
Pesquisadora que descobriu o vírus HIV
A virologista francesa
Françoise Barré-Sinoussi foi premiada com o Prêmio Nobel de Medicina pela
descoberta do vírus do HIV em 1983, em uma pesquisa em parceria com Luc
Montagnier. Durante mais de 30 anos de sua vida, ela concentrou sua pesquisa no
HIV / AIDS e foi fundamental na investigação e as ações em países pobres. Foi
também presidente da International AIDS Society (IAS) e continua trabalhando em
prol da causa,
Adriana Melo – Primeira médica
a apresentar provas da relação entre o vírus da Zika e a microcefalia
A médica da maternidade
pública de Campina Grande, na Paraíba dedica sua carreira ao atendimento de
gestações de alto risco da região. Ela foi a primeira profissional de saúde a
apresentar provas da relação entre o vírus da Zika e a microcefalia. Adriana achou
estranho a quantidade de casos de fetos com a malformação e após receber uma
nota alertando para o aumento nos casos de microcefalia em mulheres que tiveram
manchas vermelhas (sintoma de zika) nos primeiros meses de gravidez pesquisou
uma possível ligação entre os dois. Pouco tempo depois, em mostras de sangue e
tecidos de um bebê que veio a óbito foi identificada a presença do vírus Zika.
Zilda Arns Neumann – Fundadora
da Pastoral da Criança
Fundadora e coordenada da
Pastoral da Criança, Zilda ajudou a criar o movimento que reduziu drasticamente
a mortalidade infantil no Brasil. Pediatra de formação foi uma das
profissionais que ajudou a propagar o uso do soro caseiro no país. A solução
simples formada de água, açúcar e sal evitou que crianças morressem de diarreia
e desidratação. A mortalidade infantil caiu de 62 óbitos por mil para 20 por
mil.
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