A Anvisa identificou nesta quinta-feira (21/11) um lote suspeito de produto de uso em soluções parenterais que pode estar provocando infecção em pacientes hospitalizados em Minas Gerais e no Paraná.
O produto suspeito é o medicamento gluconato de cálcio a 10%, lote número 33336501 fabricado pela indústria Isofarma, com sede no Ceará.
Preventivamente e de forma cautelar, a Anvisa suspendeu a comercialização e o uso deste produto em todo o território nacional. As vigilâncias sanitárias dos estados de Minas Gerais e Paraná também interditaram de forma cautelar as três empresas que manipulam este produto, que é um componente das soluções parenterais.
As empresas são: Nutro Soluções Nutritivas, do Paraná, e Famap- Nutrição Parenteral e Grupo Aporte- Produtos Nutricionais, de Minas Gerais.
A Anvisa está coordenando a investigação dos surtos infecciosos ocorridos nos dois estados.
No último dia 15, a Vigilânica Sanitária do Paraná informou à Agência a ocorrência de 20 casos de infecção em cinco hospitais de Curitiba.
E, no dia 18, a Vigilância Sanitária de Minas Gerais reportou 16 outros casos semelhantes.
Nutrição parenteral
A nutrição parenteral é uma solução manipulada e preparada com os elementos necessários à alimentação de pacientes em condições especiais, tanto em regime hospitalar, como ambulatorial ou domiciliar.
Por ser um produto feito de acordo com as necessidades de cada paciente, a composição do nutriente muda caso a caso.
Na manhã desta quarta-feira (20), a Anvisa enviou um comunicado a todas as vigilâncias sanitárias para que identifiquem qualquer suspeitas de casos de infecção que possam estar relacionadas à nutrição parenteral.
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