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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Patente

      Funed deposita, em parceria com ICT’s de Minas, patente de antitumoral     

A Fundação Ezequiel Dias (Funed) depositou juntamente com os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICT) das Universidades Federais de São João Del Rey (UFSJ) – Campus Divinópolis, Ouro Preto (UFOP) e Minas Gerais (UFMG), a patente de um projeto de pesquisa que envolve compostos sintéticos inibidores de deacetilase de histonas (HDAC), composições farmacêuticas, processos de preparação e uso. A patente foi depositada no dia 21 de setembro deste ano, no Instituto Nacional de Proteção Industrial (INPI).

De acordo com a pesquisadora Luciana Silva, do Serviço de Biologia Celular, da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Funed, as histonas são proteínas que fazem parte da estrutura do DNA da célula. Quando estas estruturas sofrem uma deacetilação, acontece uma reação química que atrapalha a função do DNA.

Um composto químico inibidor da enzima que realiza a deacetilação foi patenteado por uma equipe multidisciplinar que envolve a Funed e as demais ICT’s. A enzima pode vir a ser um produto terapêutico para o câncer. A pesquisadora explica que, “no futuro, um paciente com câncer, por exemplo, pode precisar de um inibidor de diacetilase para melhorar a sua sobrevida, dependendo do tipo de tumor; pois o composto patenteado inibe a ação dessa enzima, que está envolvida em diversos processos patológicos como o câncer”.

Pesquisas
Luciana Silva esclarece que o próximo passo será estender os estudos, realizando mais ensaios biológicos, especialmente com pesquisas pré-clínicas em animais. Todos os trabalhos serão conduzidos pela equipe multidisciplinar composta pela Funed e as ICT’s, e envolvem a síntese de moléculas, a caracterização estrutural e ensaios biológicos.


Encartuchadeira automática incrementa setor de embalagens do Lafepe



Equipes da Divisão de Sólidos e da Manutenção do Lafepe está em treinamento para operar a mais nova aquisição da Casa: a encartuchadeira automática para embalagem tipo blister – mais conhecida como cartela. Técnicos da Fabrima passam as orientações para que, em breve, o equipamento entre em operação seguindo os padrões recomendados pela Anvisa.


Com capacidade para embalar até 200 cartuchos por minuto, o equipamento dará uma maior agilidade ao processo de embalagem secundária dos produtos Lafepe. É a tecnologia de ponta à disposição do laboratório pernambucano.

Para ofertar o Dolutegravir, considerado um antirretroviral inovador, o Ministério da Saúde conseguiu negociar a redução em 70% no preço e atenderá 100 mil pacientes no primeiro ano

Considerado como o melhor tratamento contra o HIV/aids no mundo, o Brasil passa a contar com o novo antirretroviral Dolutegravir. Cerca de 100 mil pacientes portadores do vírus receberão o tratamento a partir de 2017. Com a oferta, recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o Ministério da Saúde reafirma a posição de liderança no combate à epidemia de HIV/aids e o compromisso de oferecer um tratamento inovador. A disponibilidade do tratamento na rede pública de saúde é mais um resultado do compromisso assumido pelo Ministério da Saúde de otimizar os recursos, transformando em benefício para a população.



“Estamos ousando oferecer o melhor tratamento do mundo pelo menor preço possível”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante a cerimônia de anúncio do novo medicamento. Segundo o ministro, esse é um desafio para todas as áreas da pasta, e não apenas para o combate ao HIV e aids. “Temos a clareza de que é possível fazer mais com os recursos que temos disponíveis. A nossa política é ousar e, a marca de nossa gestão, é oferecer mais eficiência, possibilitando melhorar o tratamento e a oferta de medicamentos no SUS com menor custo, sem onerar o orçamento”, ressaltou o ministro. 
A partir da negociação com a indústria farmacêutica GSK, a pasta conseguiu reduzir em 70% o preço do medicamento, de USD 5,10 para USD 1,50. Assim, a incorporação do Dolutegravir não altera o orçamento atual do Ministério da Saúde para a aquisição de antirretrovirais, que é de R$ 1,1 bilhão. Mantida as negociações atuais, para todos os tratamentos com antirretrovirais, a estimativa do Ministério da Saúde é de uma economia de R$ 5 milhões. Nos primeiros 100 dias de gestão, o Ministério da Saúde obteve uma eficiência/economia de R$ 1.056 bilhão. Vale ressaltar que o ritmo de incorporação do medicamento está compatível com a capacidade de produção do laboratório.
Para a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Adele Benzaquen,  mais importante do que reafirmar o papel do Brasil na vanguarda na condução da política de combate ao HIV e aids, a incorporação do Dolutegravir reforça o compromisso maior do Ministério da Saúde de oferecer às pessoas que vivem com HIV e aids a melhor tecnologia existente de forma sustentável.
“O dolutegravir apresenta uma série de vantagens para essas pessoas. Além de potência muito mais alta, o novo medicamento apresenta um nível muito baixo de eventos adversos” esclareceu a diretora. Além disso, a diretora reforçou que o novo medicamento também apresenta maior eficácia ao longo do tempo, o que acarreta o menor aparecimento de vírus resistentes ao longo do tratamento. “Isso possibilita maior qualidade de vida aos pacientes ao longo dos anos”, reforçou a diretora.
O novo medicamento apresenta um nível muito baixo de eventos adversos, o que é importante para os pacientes que devem tomar o medicamento todos os dias, para o resto da vida. Com menos eventos adversos, os pacientes terão melhor adesão e maior sucesso no tratamento.
O diretor do Departamento de HIV, da Organização Mundial de Saúde (OMS), Gottifried Hirnschael, por meio de mensagem em vídeo, destacou que desde os primeiros dias da epidemia Global de HIV, o Brasil foi pioneiro ao introduzir as mais inovadoras intervenções, com criatividade e eficiência. De acordo com ele, “o Brasil também esteve entre os primeiros países, no fim de 2013, a introduzir a política de ‘tratar todos’ e oferecer tratamento a todas as pessoas HIV positivas o mais cedo possível”, disse Gottifried Hirnschael.
Sobre a incorporação do novo medicamento no SUS, Gottifried ressaltou que a OMS está feliz com o anúncio de que o Brasil é um dos primeiros países a introduzir o dolutegravir, um dos mais recentes tratamentos, no seu programa nacional. A OMS recomenda o uso desse medicamento para aumentar ainda mais a qualidade do tratamento do HIV”, afirmou. Para ele, com a implementação dessa nova política, o Brasil será capaz de melhorar a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas vivendo com HIV e irá inspirar outros países afazer o mesmo.
TRATAMENTO - Inicialmente, o novo medicamento será ofertado no SUS a todos os pacientes que estão começando o tratamento e também aos pacientes que apresentam resistência aos antirretrovirais mais antigos. A expectativa é que, em 2017, cerca de 100 mil pacientes iniciem o uso do novo tratamento. Já incorporado ao SUS pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), o medicamento será incluído ao novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Manejo da Infecção pelo HIV, que será atualizado ainda este ano.
Atualmente, o esquema de tratamento das pessoas na fase inicial é composto pelos medicamentos tenofovir, lamivudina e efavirenz, conhecido como 3 em 1. A partir de 2017, o dolutegravir associado ao 2 em 1 (tenofovir + lamivudina) será indicado no lugar do efavirenz para pacientes que iniciem tratamento e aqueles que apresentam resistência aos medicamentos mais antigos.
Nos últimos anos, o Brasil tem se mantido na vanguarda do tratamento contra a epidemia de aids. Além de ser um dos primeiros a adotar a política de acesso universal ao tratamento antirretroviral na década de 90, o país também foi pioneiro na recomendação do tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV e aids, independente de critérios clínicos e imunológicos. Isso foi definido em 2013, com a publicação do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Manejo da Infecção pelo HIV em adultos.
Com a oferta da medicação às pessoas vivendo com HIV, houve um aumento no número de  tratamento. No período de 2005 a 2016, por exemplo, o país triplicou o total de brasileiros em tratamento, passando de 165 mil pra 483 mil. Apenas em 2016, até agosto, 48 mil pessoas iniciaram terapia antirretroviral no Brasil. Esses números reforçam o sucesso das ações do ministério em adotar o tratamento de todas as pessoas soropositivas como medida de saúde pública para o controle da transmissão do HIV no país.
PANORAMA – Desde o começo da epidemia, o Brasil registrou798.366 casos de aids, acumulados no período de 1980 a junho de 2015. No período de 2010 a 2014, o Brasil registrou 40,6 mil casos novos/ano, em média. Em relação à mortalidade, houve uma queda da taxa de mortalidade por aids de  10,9%, nos últimos anos, passando de 6,4 por 100 mil habitantes em 2003 para 5,7 em 2014.
  
Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3435 / 3580 

fonte: Portal saude

As regras para a construção da Agenda Regulatória (AR) da Anvisa para o quadriênio 2017/2020 foram aprovadas nesta terça-feira (27/09), durante a 24ª Reunião Ordinária Pública realizada pela Diretoria Colegiada da Agência. Além das normas, o documento que recebeu a chancela dos diretores estabelece a estrutura, Diretrizes Estratégicas para o período e as etapas da Agenda. Como diferencial, temos a proposta de uma transparência ativa, para estimular a participação ampla da sociedade e setor regulado na AR, o alinhamento com o planejamento estratégico da Agência e um processo de priorização efetiva dos temas que serão incluídos.
A Agenda Regulatória terá dois blocos: temas anuais e temas cuja complexidade da regulação ultrapassam o prazo de um ano. O documento contará com uma etapa de Diálogos Internos e Setoriais. O objetivo desta etapa será o de promover a participação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e da sociedade na identificação de problemas regulatórios relacionados ao marco legal existente, às inovações relacionadas à atuação regulatória da Anvisa e a doenças e agravos que exigem ações de vigilância sanitária na esfera federal.
Durante a reunião, o diretor Fernando Mendes, responsável pela apresentação da proposta, destacou as inovações nesse novo ciclo da AR, que contribuem para a modernização e qualificação do processo regulatório na Anvisa. "A Agenda Regulatória da Anvisa é o ementário dos temas essenciais ainda carentes de regulamentação e representa o planejamento sistematizado das atividades de regulação da agência, em perspectiva que privilegia a antevisão e a transparência das futuras ações regulatórias", sintetiza.
O diretor-presidente da Agência, Jarbas Barbosa, e o diretor José Carlos Moutinho, durante os debates, destacaram os desafios para garantir que haja a priorização de temas que aperfeiçoem o marco regulatório no País, concentrando o trabalho da Agência nas questões essenciais para o cumprimento de sua missão institucional, a importância do diálogo com os diferentes atores afetados pela atuação da Anvisa e o aperfeiçoamento da Análise de Impacto Regulatório.
Para Moutinho, a Agenda Regulatória é instrumento em que a Anvisa mostra a sociedade os temas que pretende desenvolver ou aprimorar  em um determinado período. "Isso demonstra os avanços da Agência em termos de planejamento e previsibilidade das ações, o que é primordial para dar ao setor que regulamos e à sociedade a segurança necessária, bem como transparência das nossas ações". Segundo ele, a Agência está atenta às novas necessidades identificadas de ação regulatória sanitária, por isso, o documento é um instrumento dinâmico.
A gestão da próxima Agenda Regulatória aplicará um ciclo de planejamento do tipo PDCA (Plan, Do, Check, Act), que em inglês significa Planejar, Fazer, Avaliar e Corrigir. A forma de elaboração da AR também considerou os aspectos relacionados à periodicidade e à atualização da lista de temas durante o ciclo quadrienal, com o objetivo de torná-la mais dinâmica às necessidades de atuação da Anvisa.

Laboratório de finalização da produção de medicamentos do Tecpar será construído em Maringá

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) vai licitar, ainda neste ano, a obra para a construção da fábrica de finalização de medicamentos e vacinas, que vai dar suporte à produção da vacina antirrábica, já produzida hoje pelo instituto, e aos demais medicamentos biológicos que serão produzidos pelo Tecpar. A planta industrial será instalada no campus do instituto em Maringá.

A unidade de fill and finish tem como objetivo realizar a formulação, envase, embalagem e armazenamento de medicamentos injetáveis produzidos pelo instituto. O projeto do prédio já foi licitado e entregue. Agora, a obra será licitada ainda em 2016. O projeto conta com investimentos do Ministério da Saúde e do Governo do Paraná.

O projeto vai ser realizado em Maringá como parte de um plano para descentralizar as operações do Tecpar pelo Paraná, explica o diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix. Na cidade, o instituto vai produzir medicamentos utilizados no tratamento de câncer, além de outros voltados ao tratamento de artrite reumatoide, psoríase e doenças crônicas.

A unidade de finalização vai ser construída no Tecnoparque da cidade, em um terreno doado ao instituto pela Prefeitura de Maringá que é destinado para a atração de empresas de base tecnológica.

“A finalização da vacina antirrábica será feita em Maringá, em um projeto de expansão do laboratório de produção do imunobiológico, que vai continuar em Curitiba. Essa planta de finalização ainda será usada para finalização dos medicamentos injetáveis que serão produzidos nos próximos anos pelo instituto”, explica Felix.

Hoje o Tecpar é o único produtor de vacina antirrábica no mundo que produz o imunobiológico em escala industrial pelo processo de perfusão, método que permite a obtenção da vacina com maior eficácia, reduzindo tempo e custos da produção. Em 2015, o instituto registrou a produção recorde de 15 milhões de doses do imunobiológico. Neste ano, a meta é entregar ao ministério 31,5 milhões de doses e para 2017, 30 milhões de doses.

Tecpar
O Tecpar é uma empresa pública do Governo do Estado e tem 76 anos de atividade. Os negócios do instituto são divididos em quatro grandes unidades: Soluções Tecnológicas, para dar apoio às empresas que buscam inovar; Empreendedorismo Tecnológico Inovador, com suas incubadoras tecnológicas e com os parques tecnológicos, como o Parque Tecnológico da Saúde; Educação, com qualificação para o mercado privado e ainda com desenvolvimento de capacitações para servidores municipais de prefeituras paranaenses; e Indústria Farmacêutica e Biotecnológica, com desenvolvimento e produção de kits diagnósticos veterinários, vacina antirrábica e produção de medicamentos de alto valor agregado para a saúde pública brasileira.

Além disso, o instituto atende demandas do Governo do Estado, sendo executor de projetos na área de energias renováveis e empreendedorismo tecnológico.

Saiba mais sobre o instituto em www.tecpar.br.



Empresa incubada no Tecpar faz sucesso nas Olímpiadas do Rio de Janeiro

Após um ano instalada na Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec), a i9algo teve sucesso durante as Olímpiadas Rio 2016. Seu primeiro produto, a Taxi ADV, que administra mídias digitais em táxis, atingiu sete mil pessoas por dia durante os Jogos Olímpicos, em uma campanha da empresa com uma companhia de telecomunicações.

A Taxi ADV faz a divulgação de propaganda em telas instaladas no banco de trás dos veículos para que o passageiro veja e interaja com o conteúdo durante o deslocamento, explica André Straube, fundador da i9algo. Em operação no Rio de Janeiro, a mídia está instalada em 400 táxis da cidade.

Durante as Olimpíadas, a i9algo, que tem o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) como sede, fez uma parceria com uma empresa de telecomunicações para disponibilizar conteúdo na mídia da Taxi ADV, voltado aos turistas que foram à cidade.

“Nos preparamos para os Jogos Olímpicos e impactar sete mil pessoas por dia com o nosso produto durante as Olimpíadas. O suporte da Intec nos ajudou a ter infraestrutura para alcançar esse resultado e agora vamos passar a explorar mais o mercado carioca”, pontua Straube.

A ferramenta usa uma plataforma baseada no conceito iDOOH Mídia (Interactive Digital Out Of Home, ou, em português, "mídia digital e interativa fora de casa"). A intenção é gerar conteúdo para o passageiro do táxi – no caso do Rio de Janeiro, sobre os pontos turísticos da cidade, por exemplo –, além de ser um espaço publicitário para anúncios voltados a quem ocupa o veículo.

De acordo com o gerente da Intec, Gilberto Passos Lima, a empresa tem que estar preparada para a demanda global e não apenas pensar no mercado onde está sediada. “É isso que incentivamos na incubadora, que o empreendedor pense em levar seu produto ou serviço além das divisas e fronteiras. A Intec dá o apoio para planejar essa expansão”, ressalta Lima.

Apesar de estar dedicando todas as atenções ao Taxi ADV, Straube observa que durante o processo de incubação outro produto foi desenvolvido: o Autaz, um sistema para a área de automação. “Desenvolvemos o produto dentro da incubadora. O sistema é uma plataforma de automação inteligente, que a princípio é voltado para food trucks”, ressalta o empreendedor.

Intec
Empreendedores que queiram participar do programa de incubação do Tecpar podem fazer, ao longo do ano, a inscrição para concorrer a uma vaga em uma das duas unidades da Intec, em Curitiba e em Jacarezinho. São ofertadas vagas para a modalidade residente (quando a empresa fica nas dependências da Intec) e para a incubação não residente, quando o empresário não se instala na incubadora, mas conta com o apoio dos especialistas do instituto.

Podem participar do processo de incubação pessoas físicas, como universitários, pesquisadores e empreendedores que tenha um negócio inovador, ou ainda pessoas jurídicas. Ao longo de 27 anos, a Intec já deu suporte tecnológico a mais de 90 companhias. No momento, cinco empresas passam pelo programa de incubação: Beetech/Beenoculus, LOT América, Werker, i9algo e Invento Engenharia.


Conheça a Intec pelo siteintec.tecpar.br/comoincubar.




Autoridades debatem avanços no tratamento do câncer


Nesta quinta-feira, 22 de setembro, o Senado Federal sediou o Fórum “Avanços no Tratamento do Câncer: tecnologia, interdisciplinaridade e suporte ao paciente”. Realizado pelo Programa Ação Responsável, o evento reuniu representantes de diferentes setores de atuação ligados ao tema para debater o assunto em âmbito nacional. Estiveram presentes, compondo mesa de abertura, a deputada federal e membro da Comissão de Seguridade Social e Família, Érika Kokay; a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho; e o superintendente do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hervaldo Sampaio Carvalho.

 
Do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho apresentou dados atuais sobre o câncer no mundo e no Brasil. “O câncer é o responsável por mais de 12% de todas as causas de óbito do mundo. Um problema de saúde pública mundial com estimativas de que, até 2030, haja 27 milhões de novos casos da doença”, lembrou a participante. De acordo com ela, no Brasil, a distribuição dos diferentes tipos de câncer sugere uma transição epidemiológica em andamento. Segundo dados apresentados, em 2015, ocorreram mais de 200 mil óbitos por câncer no Brasil, dos quais, mais de 13 mil apenas na região Centro-Oeste.

“Estamos na época da nanotecnologia e dos avanços tecnológicos. Contudo, ainda vivemos na era do tratamento oncológico mutilante”, destacou Hervaldo Sampaio Carvalho ao falar do problema do diagnóstico tardio. Na oportunidade, defendeu o atendimento centrado no paciente, com atenção aos aspectos sociais e econômicos. “O paciente precisa ser muito bem instruído sobre o que precisa fazer, pois a decisão está na sua mão”, citou, como sendo esta a didática adotada na atuação do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) - um centro de referência para o tratamento do câncer em Brasília, localizado no HUB. Na oportunidade, chamou atenção para a criação de campanhas educativas, em escolas e junto aos jovens, com promoção de hábitos saudáveis e de boa alimentação para a prevenção de diversos cânceres evitáveis.

A deputada Érika Kokay também falou do aspecto epidemiológico do câncer no território brasileiro. “Lidamos com pessoas, e por isso temos que ter um sistema multidisciplinar, por isso a importância dos dados epidemiológicos do câncer para fazermos a arqueologia da incidência da doença e, assim, considerar todas as variáveis para que tenhamos uma boa intervenção”, pontuou. Para ela, é preciso saber quais são os limites dos produtos que têm relação com a incidência do câncer. “O que os nossos meninos e meninas estão comendo na merenda escolar?”, questionou.

Mesa técnica

As apresentações de palestras e o debate no tema se deu por meio de uma mesa técnica, que reuniu representatividade da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), da Agência Nacional de Saúde Suplementar, do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (I'DOR, Brasil), da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e do Instituto Oncoguia.

Segundo o coordenador geral de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Departamento de Atenção Especializada e Temática da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS), Sandro José Martins, estima-se que até o final de 2016, haverá 596 mil novos casos de câncer no Brasil. De acordo com ele, o atendimento às pessoas com câncer no país alcança todos os estados da federação, mais ainda com acesso limitado a equipamentos e tratamentos, especialmente os de alta complexidade. “Essa ação requer uma força conjunta e intersetorial”. Pontuou, também, as ações da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (Portaria GM/MS 874/2013), que tem como objetivo, reduzir a incidência e mortalidade por câncer e as incapacidades pela doença, bem como contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos usuários com câncer, por meio de ações de promoção, prevenção, detecção precoce, tratamento oportuno e cuidados paliativos.

 Da ANVISA, o secretário executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), Leandro Pinheiro Safatle, destacou as características e a importância da regulação do mercado farmacêutico, além da representatividade dos medicamentos oncológicos no Brasil. Segundo dados apresentados por ele, os medicamentos oncológicos comercializados no Brasil podem ser classificados de acordo com subclasses terapêuticas de nível 4, sendo que os anticorpos monoclonais antineoplásicos e os inibidores de proteína quinase, juntos, somaram, em 2014, 49% do faturamento nesse mercado.

 Raquel Lisbôa, gerente geral de Regulação Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), apresentou no evento a contextualização da ANS como órgão vinculado ao Ministério da Saúde e seu papel na regulação assistencial. Segundo ela, dentre as ações da instituição, está a criação de grupos de trabalho com representantes de várias especialidades médicas, inclusive a de oncologia. Neste contexto, citou revisões importantes no rol de procedimentos disponíveis para o tratamento do câncer - a radioterapia com modulação da intensidade do feixe, para tumores da região da cabeça e pescoço e a cobertura para terapia antineoplásica oral com 37 medicamentos, em 2014, e a ampliação do uso da Abiraterona para câncer de próstata préquimioterapia, e do uso da Abiraterona para câncer de próstata préquimioterapia, em 2016, entre outros.

Para o coordenador de Oncologia do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (I'DOR, Brasil), Carlos Gil Ferreira, falta estratégia no Brasil para gerar maiores resultados nos tratamentos de câncer. “A medicina de precisão é a base futura da oncologia, entre outras doenças, com significativa economia de recursos”, argumentou. Criticou, na ocasião, o acesso a drogas necessárias ao tratamento, cada vez mais limitado no país, o que aumenta a judicialização da saúde. Como proposta de evolução, sugeriu a construção de um modelo que integre a pesquisa clínica e a inovação à produção e às políticas de saúde para a oncologia. E defendeu a criação de um laboratório de gestão de informação. “Isso poderia ajudar. Não conseguiremos avançar se não colocarmos todos os atores juntos”, finalizou.

Luciana Holtz de Camargo Barros, presidente do Instituto Oncoguia, apresentou as ações da entidade como suporte direto ao paciente com câncer. O desafio, segundo ela, é mudar a forma como as pessoas pensam a doença, especialmente no momento do diagnóstico. “Da prevenção ao vivendo com câncer”, acrescentou. Falou das inúmeras barreiras que o paciente enfrenta em diferentes casos, como câncer próstata, colo do útero e colorretal: “60% dos novos casos de câncer são descobertos em níveis avançados. Em média, são seis meses de espera para começar um tratamento no SUS”. De acordo com Luciana, na maioria das vezes, no momento do diagnóstico, o paciente está desinformado, assustado e frente a tratamentos defasados. “O paciente deve estar no centro. Diante de um diagnóstico, ele espera cura, qualidade de vida ou sobrevida, estabilização e controle da doença”, concluiu.

O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Gustavo Fernandes, defendeu que a oncologia requer equipes de saúde especializadas, multiprofissionais, interdisciplinares e transdisciplinares, e que a forma de atendimento oferecida hoje aos pacientes com câncer está muito aquém do ideal. “Pacientes com doenças graves, progressivas, sem proposta curativa, que ameacem a continuidade da vida, devem receber a abordagem dos Cuidados Paliativos desde seu diagnóstico”, exemplificou. Lembrou, ainda, que um paciente com câncer é parte de uma família, de um trabalho, de toda uma vida que será impactada. “Há pacientes que, mais do que un medicamento, precisam do dinheiro da passagem. O cuidado multidisciplinar, com outros enfoques além da doença, é fundamental”, completou.

O Fórum contou com moderação do médico Jorge Sayde, da Coordenação Geral da Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde. “Sou do tempo que falar a palavra câncer significava uma sentença de morte. Os tempos mudaram para melhor. Mas ainda temos situações que dificultam a movimentação das tecnologias para os tratamentos”, disse. Segundo ele, mais de 80% do câncer são de causas externas, ou seja, relacionadas a costumes, hábitos, alimentação, tabagismo, exposição solar, entre outros fatores. “Precisamos de uma maior mobilização na promoção da prevenção do câncer. Por outro lado, a atenção básica também precisa ser melhorada”, concluiu.

O Programa Ação Responsável disponibilizou, em seu SITE, mais fotos do evento, bem como os slides das palestras apresentadas pelos conferencistas. É possível também acompanhar a página do Programa no Facebook para informações sobre as atividades programadas para o segundo semestre de 2016.

Avanços no tratamento do câncer: tecnologia, interdisciplinaridade e suporte ao paciente
Evento realizado: 22 de setembro de 2016, quinta-feira, das 9h às 14h
Local: auditório Senador Antônio Carlos Magalhães (Interlegis, Senado Federal).
Realização: Instituto Brasileiro de Ação Responsável.
Parceiras: Congresso Nacional; Ministério da Saúde; Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); Agência Íntegra Brasil e Interlegis
Patrocínio: Lilly, MSD, Bayer e AstraZeneca
Mais informações: (61): 3368-6044 e 3468-5696

Assessoria de Imprensa: 61 3573-4992 / 99114-4584 / 99170-0606
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Tecnologia de empresa graduada na Intec é destaque em relatório da ONU

A Hi Technologies, empresa graduada na Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec), foi a única representante do Brasil inserida no relatório Starship Earth 2, um estudo que visa mostrar os caminhos para que cada um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), seja alcançado.

Adotados em setembro do ano passado, os ODS estabelecem um prazo de até 2030 para que a humanidade vença seus principais desafios, como pobreza, fome e falta de água. No caso da saúde, a meta é assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Para cumprir este objetivo, uma das soluções é investir em telemedicina, com sistemas simples e baratos que permitam obter facilmente informações e diagnósticos dos pacientes, à distância, e colocá-los ao alcance das equipes médicas.

Essa tecnologia já existe e é desenvolvida por uma empresa brasileira: a Hi Technologies, única representante do Brasil inserida no relatório Starship Earth 2. A Hi Technologies aparece no estudo entre gigantes globais, como Tata, Danone, Symantec, NYK, Siemens, Marks & Spencer, Iberdrola e Unilever.

De acordo com o Starship Earth 2, estas empresas estão impulsionando mudanças sustentáveis por meio de inovações, parcerias e ajustes nos modelos de negócios. O CEO da HiT, Marcus Figueredo, participou do lançamento do estudo nesta semana, na sede da ONU, em Nova York, em parceria com o Global Compact, iniciativa da Organização das Nações Unidas para encorajar empresas a adotar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade.

“Uma parte do futuro já está sendo inserida em nosso presente. A Internet das Coisas, por exemplo, é técnica e economicamente viável, e, como nosso produto Milli Coraçãozinho provou, efetivamente salva vidas”, afirmou Marcus.

Desenvolvido ao longo de dez anos, o Milli Coraçãozinho já examinou mais de 170 mil recém-nascidos em hospitais no Brasil. Trata-se de um dispositivo portátil, que fornece uma maneira simples, indolor e não invasiva de monitorar os níveis de oxigênio no sangue do bebê e compartilhá-los pela internet com médicos, especialistas ou outros profissionais da saúde. Esse monitoramento é importante porque níveis de oxigênio abaixo de 95% indicam um possível defeito no coração da criança, que dificilmente é detectado no parto ou nos primeiros exames, mas que afeta uma em cada 100 crianças.

Além de conectar paciente e equipe médica, também permite a obtenção de uma segunda opinião e uma assistência personalizada de pacientes crônicos, idosos e gestantes de alto risco. “A telemedicina terá um papel-chave na transição para um modelo em rede que favorece a prevenção e a personalização do atendimento”, destaca Marcus. “Os atuais sistemas de saúde, públicos ou privados, não são sustentáveis. Existem tendências inexoráveis, como o número insuficiente de médicos, o envelhecimento da população, a espiral de custos, o aumento de doenças não transmissíveis (DNT) e o declínio da eficácia dos antibióticos que, fatalmente, levarão ao colapso este modelo em alguns anos. Somente o custo das doenças crônicas tem potencial de destruir os sistemas de cuidados com a saúde", alerta. 

Hi Technologies
Fundada em 2004 pelos estudantes de engenharia da computação Marcus Figueredo e Sérgio Rogal, a Hi Technologies desenvolve produtos que conectam os profissionais de saúde com os pacientes. Seu primeiro produto foi um software para monitorar remotamente os sinais vitais de pacientes hospitalizados. Hoje, sua linha de produtos inclui sensores de oxímetro, detector de apneia do sono, tele-ECG e monitor de parto, além do já mencionado Milli Coraçãozinho. Estas soluções já são encontradas em hospitais em 22 estados brasileiros e agora é usada em 15 países. Em janeiro deste ano, 50% da empresa foi adquirido pela Positivo.

A Hi Technologies está agora concentrando seus esforços em tecnologias para detectar HIV, dengue, sífilis e Zika, além de monitorar o colesterol, diabetes e inúmeras outras condições de saúde.

Intec
Empreendedores que queiram participar do programa de incubação do Tecpar podem fazer, ao longo do ano, a inscrição para concorrer a uma vaga em uma das duas unidades da Intec, em Curitiba e em Jacarezinho. São ofertadas vagas para a modalidade residente (quando a empresa fica nas dependências da Intec) e para a incubação não residente, quando o empresário não se instala na incubadora, mas conta com o apoio dos especialistas do instituto.


Podem participar do processo de incubação pessoas físicas, como universitários, pesquisadores e empreendedores que tenha um negócio inovador, ou ainda pessoas jurídicas. Ao longo de 27 anos, a Intec já deu suporte tecnológico a mais de 90 companhias. No momento, cinco empresas passam pelo programa de incubação: Beetech/Beenoculus, LOT América, Werker, i9algo e Invento Engenharia.

Conheça a Intec pelo site intec.tecpar.br/comoincubar.



Tecpar firma acordos na área da saúde com empresas europeias

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) firmou importantes acordos com empresas estrangeiras da área da saúde durante a viagem de negócios do diretor-presidente, Júlio C. Felix, à Europa. Os acordos incluem projetos para o desenvolvimento de produtos para o tratamento de câncer e hemoderivados.

Em Portugal, o Tecpar firmou memorando de entendimentos com a indústria farmacêutica portuguesa Bluepharma, para que as empresas estudem a viabilidade de proporcionar ao mercado brasileiro medicamentos sintéticos para o combate do câncer.

O diretor-presidente explica que o tratamento oncológico utiliza tanto medicamentos biológicos quanto sintéticos. Como o Tecpar já tem garantido pelo Ministério da Saúde o desenvolvimento de medicamentos biológicos usados para o tratamento de diversos tipos de câncer, a linha em Ponta Grossa vem a complementar a produção de medicamentos oncológicos do Tecpar, pontua Felix.

Proteína humana
Uma equipe técnica do Tecpar foi a Estocolmo, na Suécia, onde foi realizada uma visita a sua parceira para transferência de uma plataforma tecnológica na área de proteína humana, segmento no qual a companhia europeia tem experiência de mais de 30 anos.
A visita tem o nome técnico de technical due diligence, procedimento que consiste em um processo de avaliação para que a equipe possa confirmar in loco os dados disponibilizados pela companhia. Colaboradores do instituto já passaram pelo treinamento para o início da transferência de tecnologia.

Dengue
O diretor-presidente esteve ainda na França, onde, em Lyon, se reuniu com representantes da Sanofi Pasteur, com a qual o Governo do Paraná tem um acordo para o fornecimento da vacina contra a dengue. O Tecpar é o parceiro na disponibilização da vacina para a Secretaria de Estado da Saúde e na França discutiu a colaboração na área.

Felix ressalta que os projetos são importantes para a saúde pública brasileira e são parte das ações do Tecpar como centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), em especial na área da saúde. “A parceria com essas indústrias envolve outras tecnologias de interesse do país, do instituto e do laboratório, que vão atender a saúde pública com medicamentos de alta tecnologia e valor agregado”, ressalta o diretor-presidente.

Tecpar
O Tecpar é uma empresa pública do Governo do Estado e tem 76 anos de atividade. Os negócios do instituto são divididos em quatro grandes unidades: Soluções Tecnológicas, para dar apoio às empresas que buscam inovar; Empreendedorismo Tecnológico Inovador, com suas incubadoras tecnológicas e com os parques tecnológicos, como o Parque Tecnológico da Saúde; Educação, com qualificação para o mercado privado e ainda com desenvolvimento de capacitações para servidores municipais de prefeituras paranaenses; e Indústria Farmacêutica e Biotecnológica, com desenvolvimento e produção de kits diagnósticos veterinários, vacina antirrábica e produção de medicamentos de alto valor agregado para a saúde pública brasileira.

 Além disso, o instituto atende demandas do Governo do Estado, sendo executor de projetos na área de energias renováveis e empreendedorismo tecnológico.

Saiba mais sobre o instituto em www.tecpar.br.






Vital Brazil investe em pesquisas para melhoria dos soros

Na semana passada, o Instituto Vital Brazil recebeu os pesquisadores Jochen Bick (formado pela Universidade de Jena, Alemanha, doutorando da Universidade Técnica de Zurique - ETH-Zurique), e Paula de Carvalho Papa (professora associada da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo - FMVZ-USP), para ministrarem um curso para pesquisadores do Instituto. O objetivo foi aproximar o Instituto das instituições convidadas, para que, juntos, desenvolvam pesquisas que melhorem a eficácia dos soros antipeçonhentos que o Instituto fluminense produz.

“A descoberta da especificidade do soro, realizada pelo cientista Vital Brazil, ou seja, que para cada espécie de animal era preciso um soro específico, representou um grande avanço no tratamento dos acidentados e, até hoje, salva milhares de vidas. Atualmente os cientistas entendem que este tratamento pode ser melhorado, evitando não apenas a morte, mas também possíveis sequelas. O Instituto Vital Brazil está trabalhando para isso: que o soro seja um tratamento perfeito”, informa o presidente do Instituto, Edimilson Migowski.

Para isso, cerca de 20 colaboradores do Instituto participaram do curso "Transcriptômica: análises e validações”. A transcriptômica é uma técnica de sequenciamento e análise genéticos de um organismo. No caso do Instituto Vital Brazil, os pesquisadores utilizam a técnica em células das glândulas produtoras de veneno em diversas serpentes.

 “A ideia principal é elaborar um mapa do veneno de cada população de serpentes. Isso porque uma mesma espécie de serpente pode ter o veneno diferenciado de acordo com o local em que viva, por exemplo.”, explica Rafael Cisne, diretor científico do Instituto. Ainda de acordo com Cisne, a aproximação com as duas Universidades, principalmente com a de Zurique, ajudará o Vital Brazil a desvendar tal mapa mais rapidamente. “O Instituto está discutindo uma parceria de bilaterização com a Universidade de Zurique. Essa bilaterização visa o aperfeiçoamento técnico da equipe de pesquisadores do Vital Brazil. Ainda assim, é uma pesquisa de longo prazo”, pondera.

O Instituto Vital Brazil, ligado à Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, é um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros e um dos quatro fornecedores de soros hiperimunes para o Ministério da Saúde, que os distribui por todo o Brasil. No Instituto, são produzidos antídotos contra tétano, raiva e antipeçonhentos, usados no tratamento de acidentes com cobras, aranhas e escorpiões. Os soros produzidos nos laboratórios oficiais não podem ser encontrados em farmácias e não são vendidos a particulares. São aplicados nos Polos de Atendimento, rede de hospitais estrategicamente localizados, para atendimento gratuito aos acidentados.



Funed leva exposição de ciência para feira da UFMG

O novo caminhão do Projeto Ciência em Movimento (PCM), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), equipado com recursos tecnológicos que oferecem aos visitantes experiências interativas com o mundo da ciência, estará aberto para exposição na 17º UFMG Jovem, no campus da universidade. O caminhão estará estacionado no gramado em frente ao prédio da Reitoria, no dia 16/9, entre 9h e 17h e no dia 17/9, entre 9h e 16h.

O objetivo do Programa Ciência em Movimento, criado em 2012 pela Funed, é levar conhecimento científico e tecnológico para as cidades mineiras, estabelecendo uma relação de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, valorizando a linguagem popular em temáticas como ciência, saúde e cultura.

Em 2015, mais de 36 mil pessoas visitaram as 20 exposições itinerantes do caminhão, realizadas em 15 cidades do estado. Neste ano, com a chegada de mais um caminhão, dez municípios já receberam as exposições do PCM, que colaboram para difundir e popularizar o conhecimento científico.


UFMG Jovem
A 17ª UFMG Jovem é uma feira de ciências destinada aos professores e alunos das escolas de educação básica e dos cursos de licenciatura de Minas Gerais. Organizado pela Diretoria de Divulgação Científica (DDC) da UFMG, o evento tem como objetivo incentivar o intercâmbio de trabalhos técnico-científicos e produções culturais.

Com a presença do novo caminhão do PCM, os visitantes da feira terão a oportunidade de conhecer o veículo, que é equipado com maquetes virtuais que mostram como é feita a produção de soros e o que é feito nos laboratórios de pesquisa da Funed, sala de projeção e microscópios adaptados para o espaço. O veículo conta com uma área de aproximadamente 70m², com diversas atividades interativas e novas instalações. Os visitantes terão acesso também a três tótens informativos (monitores touch que permitirão interação por meio de jogos virtuais) com os temas animais peçonhentos, biodiversidade e uso de medicamentos. Será possível, ainda, observar serpentes e colmeias interativas, através do sistema vídeo mapeado (projeção de imagens em impressões 3D).

Além do caminhão, o evento conta ainda com oficinas, apresentações culturais e a mostra dos trabalhos acadêmicos.

Serviço:

UFMG Jovem, com a presença do novo caminhão do Programa Ciência em Movimento

Data: 16 e 17 de setembro

Local: Campus da UFMG (Av. Antônio Carlos, 6627, Belo Horizonte)

ACS Funed: comunicacao@funed.mg.gov.br / 31 3314-4577

Senado debate avanços no tratamento do câncer

O Senado Federal será palco, no próximo dia 22, da primeira edição do fórum “Avanços no tratamento do câncer”. O evento, que é gratuito e está com inscrições abertas, tem como objetivo discutir o tema com foco em ações que envolvem tecnologia, interdisciplinaridade e suporte ao paciente

“Até 2030 os casos de câncer terão um aumento em torno de 50% - cerca de 22 milhões de novos casos”. A estimativa é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta a doença como uma das principais causas de morte no mundo, hoje com mais de 32 milhões de casos. Os dados não são menos alarmantes no Brasil, onde o câncer já representa a terceira causa de óbito. O tema demanda, cada vez mais, a implementação de ações emergenciais de prevenção, diagnóstico e tratamento, com esforço conjunto e multilateral. Neste contexto, o Programa Ação Responsável realiza, no dia 22 de setembro, no auditório do Interlegis (Senado Federal), o fórum “Avanços no tratamento do câncer: tecnologia, interdisciplinaridade e suporte ao paciente”. Interessados podem se inscrever pelo site www.acaoresponsavel.org.br, gratuitamente.­

O cenário atual do câncer no Brasil, as políticas de controle e tratamento do câncer, os aspectos regulatórios em oncologia, os desafios da interdisciplinaridade e novas tecnologias, bem como o suporte ao paciente com câncer, estão entre os temas principais que serão abordados no fórum, com ênfase na divulgação de informações relevantes sobre a doença e discussão da assistência oncológica - o acesso, a qualidade das tecnologias ofertadas, os avanços no tratamento e os direitos dos pacientes. O fórum “Avanços no tratamento do câncer” reúne representantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, setor privado, setor acadêmico, profissionais da Saúde, instituições nacionais e internacionais, Terceiro Setor e sociedade em geral.

O câncer no Brasil - O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima a ocorrência de 600 mil novos casos de câncer no país, apenas no biênio 2016-2017. Apesar dos números, nos últimos anos, o diagnóstico e o tratamento dos diferentes tipos da doença obtiveram avanços expressivos - que se traduzem na esperança a mais aos que têm acesso às inovações. O desafio, porém, está na atenção dada ao diagnóstico precoce do câncer. Incontáveis casos, passíveis de detecção precoce, ainda são diagnosticados tardiamente, ou em estágios avançados. O problema da doença no Brasil ganha ainda maior relevância devido ao seu perfil epidemiológico, sendo tema de discussão constante nas agendas políticas e técnicas de todas as esferas de governo.

Serviço:
Avanços no tratamento do câncer: tecnologia, interdisciplinaridade e suporte ao paciente
Data: 22 de setembro de 2016, quinta-feira, das 9h às 14h
Local: auditório Senador Antônio Carlos Magalhães (Interlegis, Senado Federal).
Realização: Instituto Brasileiro de Ação Responsável.
Parceiras: Congresso Nacional; Ministério da Saúde; Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); Agência Íntegra Brasil e Interlegis
Patrocínio: Lilly, MSD, Bayer e AstraZeneca
Mais informações: (61): 3368-6044 e 3468-5696


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