A Hi Technologies, empresa
graduada na Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec), foi a única representante
do Brasil inserida no relatório Starship Earth 2, um estudo que visa mostrar os
caminhos para que cada um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
da Organização das Nações Unidas (ONU), seja alcançado.
Adotados em setembro do ano
passado, os ODS estabelecem um prazo de até 2030 para que a humanidade vença
seus principais desafios, como pobreza, fome e falta de água. No caso da saúde,
a meta é assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em
todas as idades. Para cumprir este objetivo, uma das soluções é investir em
telemedicina, com sistemas simples e baratos que permitam obter facilmente
informações e diagnósticos dos pacientes, à distância, e colocá-los ao alcance
das equipes médicas.
Essa tecnologia já existe e é
desenvolvida por uma empresa brasileira: a Hi Technologies, única representante
do Brasil inserida no relatório Starship Earth 2. A Hi Technologies aparece no
estudo entre gigantes globais, como Tata, Danone, Symantec, NYK, Siemens, Marks
& Spencer, Iberdrola e Unilever.
De acordo com o Starship Earth
2, estas empresas estão impulsionando mudanças sustentáveis por meio de
inovações, parcerias e ajustes nos modelos de negócios. O CEO da HiT, Marcus
Figueredo, participou do lançamento do estudo nesta semana, na sede da ONU, em
Nova York, em parceria com o Global Compact, iniciativa da Organização das
Nações Unidas para encorajar empresas a adotar políticas de responsabilidade
social corporativa e sustentabilidade.
“Uma parte do futuro já está
sendo inserida em nosso presente. A Internet das Coisas, por exemplo, é técnica
e economicamente viável, e, como nosso produto Milli Coraçãozinho provou,
efetivamente salva vidas”, afirmou Marcus.
Desenvolvido ao longo de dez
anos, o Milli Coraçãozinho já examinou mais de 170 mil recém-nascidos em
hospitais no Brasil. Trata-se de um dispositivo portátil, que fornece uma
maneira simples, indolor e não invasiva de monitorar os níveis de oxigênio no
sangue do bebê e compartilhá-los pela internet com médicos, especialistas ou
outros profissionais da saúde. Esse monitoramento é importante porque níveis de
oxigênio abaixo de 95% indicam um possível defeito no coração da criança, que
dificilmente é detectado no parto ou nos primeiros exames, mas que afeta uma em
cada 100 crianças.
Além de conectar paciente e
equipe médica, também permite a obtenção de uma segunda opinião e uma
assistência personalizada de pacientes crônicos, idosos e gestantes de alto
risco. “A telemedicina terá um papel-chave na transição para um modelo em rede
que favorece a prevenção e a personalização do atendimento”, destaca Marcus.
“Os atuais sistemas de saúde, públicos ou privados, não são sustentáveis.
Existem tendências inexoráveis, como o número insuficiente de médicos, o
envelhecimento da população, a espiral de custos, o aumento de doenças não
transmissíveis (DNT) e o declínio da eficácia dos antibióticos que, fatalmente,
levarão ao colapso este modelo em alguns anos. Somente o custo das doenças
crônicas tem potencial de destruir os sistemas de cuidados com a saúde",
alerta.
Hi
Technologies
Fundada em 2004 pelos
estudantes de engenharia da computação Marcus Figueredo e Sérgio Rogal, a Hi
Technologies desenvolve produtos que conectam os profissionais de saúde com os
pacientes. Seu primeiro produto foi um software para monitorar remotamente os
sinais vitais de pacientes hospitalizados. Hoje, sua linha de produtos inclui
sensores de oxímetro, detector de apneia do sono, tele-ECG e monitor de parto,
além do já mencionado Milli Coraçãozinho. Estas soluções já são encontradas em
hospitais em 22 estados brasileiros e agora é usada em 15 países. Em janeiro
deste ano, 50% da empresa foi adquirido pela Positivo.
A Hi Technologies está agora
concentrando seus esforços em tecnologias para detectar HIV, dengue, sífilis e
Zika, além de monitorar o colesterol, diabetes e inúmeras outras condições de
saúde.
Intec
Empreendedores que queiram
participar do programa de incubação do Tecpar podem fazer, ao longo do ano, a
inscrição para concorrer a uma vaga em uma das duas unidades da Intec, em
Curitiba e em Jacarezinho. São ofertadas vagas para a modalidade residente
(quando a empresa fica nas dependências da Intec) e para a incubação não
residente, quando o empresário não se instala na incubadora, mas conta com o
apoio dos especialistas do instituto.
Podem participar do processo
de incubação pessoas físicas, como universitários, pesquisadores e
empreendedores que tenha um negócio inovador, ou ainda pessoas jurídicas. Ao
longo de 27 anos, a Intec já deu suporte tecnológico a mais de 90 companhias.
No momento, cinco empresas passam pelo programa de incubação: Beetech/Beenoculus,
LOT América, Werker, i9algo e Invento Engenharia.
Conheça a Intec pelo site
intec.tecpar.br/comoincubar.
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