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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Ministério da Saúde libera R$ 3,4 milhões para projetos de fitoterápicos


O recurso será aplicado na compra de insumos, materiais de consumo, contratação de pessoal e capacitação de profissionais; outros R$ 594 mil viabilizarão compra de mobiliário e equipamentos

O fortalecimento e a ampliação da oferta de plantas medicinais e de fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS) é o objetivo de doze projetos selecionados por meio de edital que estão recebendo, do Ministério da Saúde, R$ 3,4 milhões. O recurso será aplicado na compra de insumos, materiais de consumo, contratação de pessoal e capacitação de profissionais. Outros R$ 594 mil serão distribuídos entre os projetos selecionados e poderão ser utilizados na compra de mobiliário e equipamentos.

Os projetos selecionados estão em cidades dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. O incentivo tem o objetivo de fortalecer os projetos e aumentar a oferta de plantas medicinais e de fitoterápicos - com segurança, eficácia e qualidade - no SUS.

Um deles é o projeto do município de Toledo, no Paraná. A secretaria municipal de Saúde produz e distribui as plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos para a comunidade dentro das unidades de saúde. Antes de tomar o medicamento, o paciente tem acesso, na rede pública de saúde, a uma consulta com o profissional prescritor. Após a receita médica, no caso de manipulados, os medicamentos são preparados na Farmácia Escola, parceira do projeto, e entregues gratuitamente aos usuários do SUS. Os tratamentos envolvem doenças de baixa gravidade tratáveis na atenção básica, como algumas respiratórias e digestivas, e o tratamento de determinados tipos de feridas.

Atualmente, o SUS oferta doze medicamentos fitoterápicos que são indicados, por exemplo, para uso ginecológico, tratamento de queimaduras, auxiliares terapêuticos de gastrite e úlcera, além de medicamentos com indicação para artrite e osteoartrite. De acordo com o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), os fitoterápicos mais utilizados na rede pública são o guaco, a espinheira-santa e a isoflavona-de-soja, indicados como coadjuvantes no tratamento de problemas respiratórios, gastrite e úlcera e sintomas do climatério, respectivamente.

“Desde 2012 o Ministério da Saúde vem apoiando projetos da cadeia produtiva de plantas medicinais e de fitoterápicos por meio de editais. Com este repasse de R$ 3,4 milhões, destinado a custeio, os municípios e estados já podem iniciar a execução de seus projetos. A ação visa à disponibilização de fitoterápicos no SUS, porque entendemos a importância deste recurso terapêutico para a população e para o país”, afirma o diretor de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior.

Os produtos fitoterápicos e plantas medicinais, assim como todos os medicamentos, são testados para o conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, e também para garantir  a qualidade do insumo. Cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e às Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estaduais o controle desses medicamentos.

CURSO PARA MÉDICOS – O Ministério da Saúde realizou, em 2012 o primeiro curso de Fitoterapia para Médicos, na modalidade de Educação à Distância (EAD). A primeira turma capacitou 300 profissionais de todas as regiões do país. Neste ano, uma segunda turma deverá fazer o curso, com previsão de 600 vagas para médicos de todo Brasil. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre o tema e sensibilizar profissionais de saúde e população para esta opção terapêutica, permitindo o acesso da população brasileira aos fitoterápicos com eficácia, segurança e qualidade.

Além disso, o Ministério da Saúde, por meio de eventos, busca promover a integração entre os setores produtivo, serviços de saúde, academia, Anvisa e demais ministérios, a fim de identificar as potencialidades para produção de medicamentos fitoterápicos.

PROGRAMA NACIONAL – Desde 2012, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, investiu mais de R$ 30 milhões em 78 projetos de plantas medicinais e fitoterápicos no âmbito do SUS.

Os projetos têm o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva nos municípios, estados e Distrito Federal, especialmente a oferta de fitoterápicos aos usuários do SUS. Os 78 projetos que já receberam recursos federais estão distribuídos por todas as regiões do país e foram estruturados a partir dos editais do Ministério da Saúde. Até o momento, são 31 iniciativas de arranjo produtivo local, 44 de assistência farmacêutica e três de desenvolvimento e registro sanitário de medicamentos fitoterápicos da Relação Nacional de Medicamentos (Rename) por laboratórios oficiais públicos.

NAS FARMÁCIAS - Atualmente, o mercado brasileiro comercializa diversos medicamentos fitoterápicos, simples e associados, com atuação em várias áreas do organismo humano. Para o Sistema Nervoso Central, por exemplo, são comercializados a Passiflora sp., Valeriana officinalis, Hypericum perforatum, Piper methysticum e Melissa officinalis.

Grupos de pesquisa sobre saúde mental vêm realizando estudos com medicamentos fitoterápicos indicados para tratamentos de doenças psiquiátricas, os quais demonstram resultados positivos. Por exemplo, estudos demonstram a superioridade da Passiflora incarnata em relação ao placebo no tratamento de sintomas da ansiedade, sendo suas conclusões classificadas como preliminares.

Posição semelhante é encontrada na monografia da Comunidade Europeia, que considera preliminares as evidências de eficácia ansiolítica da Passiflora, porém reconhece seu uso estabelecido tradicionalmente para “alívio de sintomas discretos de estresse mental e auxílio ao sono”.


Projetos Selecionados em 2015:


Modalidade 1 – Apoio à estruturação ou consolidação da Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos

SMS Ajuricaba/RS

SMS Antônio Prado/RS

SMS Belo Horizonte/MG

SMS Juiz de Fora/MG

SMS Lajeado/RS

SMS Ouro Preto/MG

SMS Santo Ângelo/RS

SMS São Pedro do Iguaçu/PR


Modalidade 2 – Apoio à estruturação ou consolidação de Arranjo Produtivo Local

SMS Itapeva/SP

SMS Toledo/PR

SMS Umuarama/PR


Modalidade 3 – Apoio ao desenvolvimento e registro sanitário de fitoterápicos da RENAME

SES Rio de Janeiro

Por Victor Araújo, Agência Saúde

Diretrizes nos EUA facilitam acesso a pílula abortiva

A FDA (agência que regula medicamentos nos Estados Unidos) revisou as diretrizes para o uso legal damifepristona, um medicamento indutor de aborto aprovado no país no ano 2000. As regras devem baratear a droga e ampliar seu acesso.

Elas reduzem o número de consultas necessárias para se ter acesso legal à pílula abortiva— antes eram necessárias três consultas na maior parte dos Estados; agora, são duas.

O período em que a mulher pode fazer uso da pílula aumentou, passando de 49 para 70 dias após o início do seu último período menstrual.

A dosagem recomendada da droga também foi revista, passando de 600 mg para 200 mg. A maioria dos médicos considera que a dose anterior era muito alta, aumentando os custos e efeitos colaterais.

A mifepristona bloqueia os receptores de progesterona, hormônio fundamental para a gestação. Quando tomada com outro medicamento, o misoprostol, induz o aborto.

Em alguns Estados, como Texas, Dakota do Norte e Ohio, leis locais exigiam que os médicos seguissem a antiga orientação oficial da FDA, feita com base em evidências clínicas dos anos 1990. Os dados eram considerados ultrapassados por muitos médicos, que já prescreviam doses menores da droga de maneira off-label (fora da bula).

A Associação Americana de Ginecologia e Obstetrícia disse estar “satisfeita” pelo fato de a FDA ter aprovado diretrizes que refletem as pesquisas mais recentes sobre o uso da droga.


Fonte: Folha de S.Paulo

Fitoterápicos e ervas medicinais podem substituir medicamentos sintéticos no tratamento de algumas doenças

Projeto Florir em Toledo Paraná
Chá de boldo para auxiliar a digestão, de camomila para acalmar o corpo e facilitar o sono. Estes são exemplos, que fazem parte da sabedoria popular, de plantas medicinais que podem ser usadas para mal-estares do cotidiano.

Mas além de destes pequenos sintomas, plantas medicinais e fitoterápicos, medicamentos que tem a planta medicinal como matéria-prima, podem ser de grande ajuda no tratamento de diversas doenças. Em Toledo, no Paraná, desde 2012, um projeto subsidiado pelo Ministério da Saúde busca incentivar o uso destas substâncias como substituto ou complemento aos medicamentos sintéticos. “Hoje já temos mais de 140 pacientes que fazem uso desta opção terapêutica no ambiente do Sistema único de Saúde (SUS). Percebemos que muitos dos pacientes que vêm as unidades de saúde não precisam receber uma carga de medicamentos pesados. Sabemos que a qualidade de vida deles pode melhorar com o uso de fitoterápicos e que ele não vai ter tantos efeitos colaterais”, explica Elenir Rudek, farmacêutica responsável pelo no município.

Os fitoterápicos são utilizados em diversos tratamentos, como hipertensão, diabetes, saúde mental e tratamento de feridas. “Um exemplo que temos usado no município é a passiflora no tratamento da ansiedade em adultos e crianças maiores de 12 anos. Temos visto um excelente resultado em pessoas nos primeiros estágios de depressão e nos adolescentes. A espinheira santa, para tratar gastrite, substituindo medicamentos que podem trazer consequências no futuro, também tem sido destaque”, completa Elenir. Para ter acesso a esse tipo de tratamento em Toledo, o paciente tem acesso, na rede pública de saúde, a uma consulta específica para a fitoterapia. Após a prescrição médica, os componentes são manipulados e entregues gratuitamente.

Desde 2012, o Ministério da Saúde tem apoiado projetos da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos, por meio de editais. Para aumentar a oferta de plantas medicinais e fitoterápicos com segurança, eficácia e qualidade, o Ministério da Saúde selecionou em 2015, 12 projetos que receberam R$ 3,4 milhões para implementação na compra de insumos, materiais de consumo, contratação de pessoal e capacitação de profissionais. Nesta ação, está previsto ainda o repasse de recursos de investimento de R$ 594 mil que serão distribuídos entre os projetos selecionados e poderão ser utilizados na compra de mobiliário e equipamentos.

Noêmia Tavares, coordenadora da Assistência Farmacêutica Básica do Ministério da Saúde explica a importância de ampliar o acesso da população a este tipo de tratamento. “Esses medicamentos já possuem um amplo uso pela população e a política procura incentivar o uso racional deles. É muito importante ampliar os projetos que apoiem o desenvolvimento tendo em vista que o Ministério da Saúde possui uma politica de plantas medicinais e fitoterápicas instituída, que neste ano ela completa 10 anos de sua publicação, e um programa nacional para o assunto. É importante apoiar tanto financeiramente como através de capacitações de apoio técnico para execução das políticas em âmbito local”.

A cidade de Ajuricaba, no Rio Grande de Sul, acabou de receber a verba do edital e vai iniciar o projeto em 2016. “O projeto prevê dois eixos principais, que são a dispensação de medicamentos fitoterápicos no SUS e a capacitação, que prevê bolsas de pós-graduação em fitoterapia para médicos e a formação da sociedade, que deve acontecer em 12 encontros e formar 420 pessoas. Ainda disponibilizaremos algumas mudas de ervas medicinais para a população, entre elas, está a alcachofra, alecrim, calêndula, camomila, cavalinha entre outros”, explica Luis Fernando Nunes, farmacêutico e coordenador do programa.

POLÍTICA NACIONAL - Em 2006 foi publicada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e destinado recurso específico para apoio ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos no âmbito do SUS. Desde 2012, são 78 projetos apoiados, totalizando investimento superior a R$ 30 milhões. Esses projetos visam fortalecer a cadeia produtiva nos municípios, estados e DF, especialmente a oferta de fitoterápicos aos usuários do SUS. Os 78 projetos, que já receberam recursos federais, encontram-se distribuídos por todas as regiões do país e foram estruturados a partir dos editais do Ministério da Saúde. Até o momento, são 31 iniciativas de arranjo produtivo local, 44 de assistência farmacêutica e 3 de desenvolvimento e registro sanitário de medicamentos fitoterápicos da Rename por laboratórios oficiais públicos.

Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

Debate com gestores analisa tratamento e prevenção das hepatites virais

O diretor do Departamento e DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, apresentou nesta terça-feira, 29, na abertura da Reunião de Coordenadores Estaduais e Municipais (capitais) de Hepatites Virais, em Brasília, as ações e perspectivas do Ministério da Saúde sobre tratamento e prevenção das cinco formas do agravo - vírus A, B, C, D e E.
Dentre os dados apresentados, estão os números de medicamentos distribuídos. Em 2015, receberam o novo tratamento da hepatite C 7.459 pacientes entre outubro e dezembro. Entre janeiro e março de 2016, já são mais 7.609 pacientes atendidos. “Em menos de um ano, estamos com uma média de atendimento superior à de toda a história da hepatite C”, afirmou Mesquita.

Ainda segundo o diretor, a taxa de cura, que antes era inferior a 50% nos pacientes em tratamento, agora é superior a 90%. “A expectativa é que seja cumprida a meta de 30 mil atendimentos em um ano, entre os meses de outubro de 2015 e de 2016”, disse.

O coordenador de Hepatites Virais do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Marcelo Naveira, avalia que a reunião fortalece a integralidade do SUS, em uma ação que envolve municípios, estados e o governo federal no atendimento aos pacientes. “O evento é uma oportunidade para expor soluções em conjunto, em que o exemplo de um estado ou município pode servir para outro”, explicou. “Estamos dentro do cronograma da proposta de oferecer 30 mil tratamentos em um ano e já conseguimos em seis meses, entre outubro de 2015 e março de 2016, distribuir pouco mais da metade disso (15.068 unidades)”.

Para a Coordenadora Estadual de Hepatites Virais da Secretaria Pública de Saúde do Pará, Cisalpina Cantão, o apoio do Ministério da Saúde na distribuição dos medicamentos colaborou para o trabalho desenvolvido nas 13 regionais de saúde que atendem seu estado. “A parceria permitiu diminuir as dificuldades locais no combate e tratamento às hepatites virais. O nosso planejamento, aliado à ajuda do Ministério da Saúde, permitiu que tivéssemos retorno no atendimento aos pacientes”. Antes de receber os novos medicamentos, foi realizado trabalho de monitoramento e capacitação com profissionais de saúde e com as comunidades da capital e das cidades do interior do Pará. “Muitas pessoas nem sabiam o que era hepatite ou que estavam com a doença”.

Atualmente, são 400 pacientes que realizam o tratamento com o novo medicamento em seus municípios (antes, precisavam se deslocar até a capital).

O coordenador geral de IST, Aids e Hepatites Virais do Acre, Nelson Roberto de Araújo Guedes, disse que não houve dificuldades para realizar o cadastro e atendimento aos pacientes em seu estado, uma vez que, antes do recebimento dos medicamentos, já havia um trabalho de apoio com os pacientes. “Já fazíamos o monitoramento. Assim, a partir do uso dos novos medicamentos, obtivemos êxito, pois nenhum paciente abandonou o tratamento e não houve nenhum caso de reação adversa”. No Acre, são atendidos 248 pacientes com os novos medicamentos e há uma fila de espera de outras 90 pessoas com hepatite C.

Para o diretor Fábio Mesquita, o relato dos gestores revela que as experiências apresentadas demonstram a realidade de cada região. “Assim, aperfeiçoamos o acesso do paciente, que é nosso objetivo final”, acrescentou.

OUTRAS HEPATITES - A atuação do Departamento vai muito além da hepatite C. O DDAHV prepara, com a ajuda de especialistas, um novo protocolo de tratamento da hepatite B e suas coinfecções, em especial a infecção conjunta com a hepatite Delta.

Nos últimos anos, o Brasil também investiu na ampliação das vacinações para hepatites A e B. O país investe também em estudos para o enfrentamento da hepatite D, reunindo especialistas de países vizinhos da região amazônica, na qual se concentram os casos da doença. Em Rondônia, foi iniciado um estudo sobre a hepatite E.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Governo vai recomendar uso da pílula do câncer como suplemento alimentar

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, disse hoje (30) que o governo buscará a autorização para venda e legalização da fosfoetanolamina como suplemento alimentar. “Nossa proposta é que seja legalizado como suplemento alimentar para tirar a substância do mercado paralelo. Que ganhe as prateleiras das farmácias e lojas especializadas”, disse ele, sobre a substância que ficou conhecida popularmente como a “pílula do câncer”.

“Se a substância vier a ser suplemento, ela não substitui nenhum tratamento médico e medicamentos já com eficácia comprovada contra a doença”, ressaltou o ministro.

Essa recomendação será feita porque o composto produzido pela Universidade de São Paulo (USP) não é tóxico, segundo Pansera. Ele afirmou que, como há demanda da população pela legalização da substância, o melhor caminho é autorizar sua venda como suplemento alimentar até que se concluam as pesquisas que investigam sua eficácia contra o câncer.

“As pessoas estão consumindo essa pílula, não sei de onde, não sei como, e isso está mitificando a substância. Existem defesas apaixonadas contra e a favor. Existe lei aprovada, veja a dimensão. O nosso objetivo é jogar a luz da ciência sobre o fato”, disse.

O ministro se reuniu na manhã de hoje (30) com parlamentares e pesquisadores para tratar do tema e disse que vai encaminhar a recomendação tanto para o Congresso Nacional quanto para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele informou que a Anvisa investigou o que há sobre a fosfoetanolamina pelo mundo e não existe solicitação de patente e nem estudos em aberto com a substância, seja como alimento, suplemento alimentar ou medicamento.

Histórico

Sintetizada há mais de 20 anos, a fosfoetanolamina sintética foi estudada pelo professor Gilberto Orivaldo Chierice, hoje aposentado, quando ele era ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da USP, campus de São Carlos. Algumas pessoas tiveram acesso gratuito às cápsulas contendo a substância, produzidas pelo professor, porém sem aprovação da Anvisa. Esses pacientes usavam a pílula como se fosse um medicamento contra o câncer.

Em junho de 2014, uma portaria da USP determinou que substâncias em fase experimental deveriam ter todos os registros antes de serem distribuídas à população. Desde então, pacientes que tinham conhecimento das pesquisas passaram a recorrer à Justiça para ter acesso às pílulas.

No dia 22 de março, o Senado aprovou o projeto de lei para resolver essa questão do acesso e que garante aos pacientes com câncer o direito de usar a fosfoetanolamina, mesmo antes de ela ser registrada e regulamentada pela Anvisa. O projeto está nas mãos da presidenta Dilma Rousseff, para sanção ou veto. O ministro Pansera não quis comentar a provação do projeto.

A Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC) se manifestou, em nota, dizendo que não apoia a legalidade da chamada pílula do câncer. A Anvisa também se posicionou dizendo que vê com preocupação a aprovação do projeto, já que a fosfoetanolamina é uma substância utilizada há 20 anos de maneira ilegal e que nunca foi testada de acordo com as metodologias científicas internacionalmente utilizadas para comprovar sua segurança e eficácia.

Assim, diante da expectativa gerada em torno do efeito antitumoral da fosfoetanolamina, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação criou, no ano passado, um grupo de trabalho para testar a chamada pílula do câncer. O objetivo é investigar os efeitos da substância e esclarecer se ela é efetiva no combate à doença.

Fase de testes

O Ministério da Saúde tem R$ 10 milhões em recursos para serem usados nas pesquisas, sendo que R$ 2 milhões já foram gastos, segundo o ministro.

O conjunto de experimentos in vitro feitos para testar a toxicidade da pílula mostraram que o composto possui 32% de fosfoetanolamina e o restante de monoetanolamina e outros sais, resultantes da sintetização da substância. Nenhum deles é tóxico, segundo o ministro, se administrados na quantidade estabelecida pela USP, três cápsulas de 330 miligramas cada, por dia.

A fase de testes com animais também já está concluída e o relatório com os resultados avançados deve ser divulgado entre 15 e 20 de abril, segundo Pansera. Nessa fase, tanto o composto, quanto as substâncias separadas foram testadas para câncer de pâncreas e melanoma. “Nossa ideia é continuar as pesquisas e seguir os testes nas fases pré-clínica e clínica, com seres humanos”, adiantou o ministro. “Tudo que estamos fazendo segue o roteiros necessário para comprovação de um medicamento”, completou.

Fabricação do suplemento

Pansera explicou que a Anvisa tem um processo específico de liberação de suplementos alimentares e, caso seja legalizada a utilização da fosfoetanolamina dessa forma, o ministério irá procurar o laboratório habilitado pelo governo de São Paulo para produzir a pílula. Se não houver interesse desse laboratório, o ministro disse que algum instituto público de pesquisa poderá escalonar a produção, até que o mercado se ajuste à demanda.

*Com colaboração da repórter Camila Boehm

Edição: Maria Claudia

Autor: Andreia Verdélio ? Repórter da Agência Brasil*

Centro de pesquisa clínica de Bio-Manguinhos/Fiocruz investe em atividades de ensino

O Centro Coordenador de Pesquisa Clínica Heitor Beltrão, localizado no Centro Municipal de Saúde (CMS) de mesmo nome, na Tijuca, foi construído com o objetivo de sediar pesquisas clínicas desenvolvidas pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Posteriormente, em consonância com a missão da Fiocruz, que integra atividades de pesquisa e ensino, procurou-se disponibilizar a infraestrutura do local para instituições de ensino. Estas atividades, que ocorrerão sob supervisão de professores, preferencialmente, no intervalo entre uma pesquisa clínica e outra, têm como objetivo dar retorno à população e aos profissionais de saúde locais (dados epidemiológicos, por exemplo) e também dados complementares aos estudos clínicos de Bio-Manguinhos (vigilância ativa de eventos adversos pós-vacinação, por exemplo). A primeira turma terá início em abril.

“Estamos atualmente em fase de finalização de convênio com a Faculdade de Medicina da Unirio, para a criação de uma disciplina eletiva de pesquisa clínica para alunos de graduação, cuja parte prática será desenvolvida no centro coordenador. A equipe da Assessoria Clínica [Asclin] participou da gravação de videoaulas para ser utilizadas neste curso. Com convênio já firmado com a UFRJ, estamos aguardando propostas do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ) para parcerias no desenvolvimento de projetos com alunos de graduação e pós-graduação”, contou a coordenadora da Asclin, Maria de Lourdes Maia.

Um encontro foi realizado com representantes de Bio-Manguinhos, UFRJ, Secretaria Municipal de Saúde (SMS/RJ) e CMS Heitor Beltrão em fevereiro. Maria de Lourdes conta que, na ocasião, a Superintendência de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, bem como a diretora do CMS Heitor Beltrão, a médica Patrícia Rollo, sentiram-se contempladas com a possibilidade de análise de informações importantes. “Muitas vezes, esses dados não eram apreciados devido à rotina pesada da equipe. Agora, com os alunos, será possível um estudo mais aprofundado de todos os programas existentes no posto, revertendo em melhorias no atendimento à população”, concluiu a coordenadora.


Fonte: Gabriella Ponte (Bio-Manguinhos/Fiocruz)

UNA-SUS/UFMA abre inscrições para curso de Gestão e Financiamento das Ações da Vigilância em Saúde

UNA-SUS/UFMA abre inscrições para o curso de Gestão e Financiamento das Ações da Vigilância em Saúde. As inscrições podem ser realizadas até 28 de julho, pelo site: http://www.unasus.ufma.br/vigilancia/. Esse é o primeiro de 12 cursos que serão oferecidos por meio do Curso de Formação em Vigilância em Saúde, que têm como objetivo prover saberes referentes ao modelo de Vigilância centrado na pessoa, família e comunidade, considerando particularidades culturais, de gênero e níveis de diversidade da população.
Como todas as ofertas da UNA-SUS, o curso é gratuito. A carga horária é de 30 horas.

O curso visa contextualizar e coletivizar o processo de planejamento por meio dos instrumentos legais previstos no Sistema Único de Saúde. Conhecer esses instrumentos permitirá ao aluno compreender o planejamento, acompanhamento e monitoramento das ações programadas e executadas pelas diversas áreas da Vigilância em Saúde.

Para tanto, o curso descreve os instrumentos de Gestão e planejamento do SUS instituídos pelos atos normativos do PLANEJASUS e a sua aplicabilidade na Vigilância em Saúde.

Podem se inscrever qualquer profissional atuante no SUS, prioritariamente os vinculados à Vigilância em Saúde, nos âmbitos federal, estadual e municipal, assim como acadêmicos da área de saúde.

Fonte: UNA-SUS/UFMA

Inscrições abertas para o processo seletivo do 11º Curso de Especialização em Saúde da Família

A Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, em parceria com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES do Ministério da Saúde, por intermédio da Universidade Aberta do SUS – UNA-SUS, torna público o Processo Seletivo de alunos para o 11º Curso de Especialização em Saúde da Família.

O objetivo é qualificar profissionais de nível superior que atuam como membros de equipes de saúde da família ou em outras modelagens da Atenção Básica em Saúde a uma atuação segundo preceitos da Atenção Primária à Saúde no âmbito da atenção integral ao indivíduo, à família e à comunidade.

O curso será realizado na modalidade a distância por meio do ambiente virtual de aprendizagem via Internet, com um único encontro presencial obrigatório.

Para participar do Processo Seletivo o candidato deverá preencher completamente o formulário de "Inscrição" somente via on-line (Internet) - será necessária Carta de anuência do Gestor Municipal do SUS.

As vagas serão distribuídas da seguinte forma:

1- será garantida, no mínimo, uma vaga para cada município do Estado de São Paulo.

2- as demais vagas serão ofertadas de acordo com a distribuição da população por município e CIR, conforme o ANEXO I – Regiões de Saúde do Estado de São Paulo e vagas disponibilizadas.

Segue o link do edital 60/2016 para maiores informações, divulgação e inscrições.


** ATENÇÃO **As inscrições estarão abertas no período de 22/03 a 05/04/2016.

Fonte: UNIFESP

Avaliação de novas drogas precisa ser descentralizada, diz diretor da Anvisa

O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, participou, nesta terça (29), em São Paulo, do fórum “O Futuro do Combate ao Câncer”, realizado pela jornal Folha de São Paulo. Integrante da mesa "Entraves à pesquisa de novas drogas no Brasil", Barbosa falou, entre outros pontos, sobre  o desafio que é garantir o padrão de qualidade para liberação dos medicamentos no mercado. "A Anvisa começou, no ano passado, a fazer algo que deveria ser o padrão: responder sobre os protocolos de pesquisa. Para medicamentos mais complexos, de novas moléculas, são mais de 180 dias para avaliação", afirmou.

Ao lado de Eduardo Motti, consultor na área de pesquisa clínica, e de Sérgio Queiroz, pesquisador da Unicamp na área de farmácia, Jarbas Barbosa afirmou que a centralização da análise também torna inviável a rapidez nas autorizações. Atualmente, novas drogas para o tratamento do câncer podem demorar até um ano para ser aprovadas pela Anvisa. "A articulação com universidade e outros órgãos regulatórios e de pesquisa ainda não ocorre como deveria. Se não descentralizarmos o processo de avaliação ética, sempre teremos essa barreira".

Outro ponto levantado por Barbosa seria a qualidade das pesquisas clínicas apresentadas à Anvisa. Por conta de deficiências técnicas e ausência de dados requeridos, muitas vezes os medicamentos que estão na fase um, quando são submetidos às pesquisas clínicas, demoram para ser avaliados apropriadamente. "Essa fase poderia demorar uma semana, mas acaba levando de três a quatro meses por causa do vai e vem de dados que não estão na pesquisa original”.

Com informações da Folha de São Paulo

Confira o vídeo do Fórum no link



Ministério da Saúde realiza mobilização para incentivar vacinação contra HPV

Deverão ser vacinadas meninas de 9 a 13 anos. A vacina irá reforçar as ações de prevenção do câncer do colo do útero e tem 98% de eficácia

O Ministério da Saúde realiza uma mobilização nacional para incentivar as meninas de 9 a 13 anos a se vacinarem contra o HPV. Para reforçar a estratégia, foi lançada nesta quarta-feira (30) campanha publicitária, que tem como objetivo sensibilizar pais e responsáveis sobre a importância da imunização. Com o slogan “Proteja o futuro de quem você ama”, a campanha será veiculada entre os dias 3 e 15 de abril e é protagonizada pela atriz Carolina Kasting e sua filha de 13 anos.

A meta é vacinar cerca de 1,7 milhões de meninas de nove anos em todos os 5.570 municípios do país e também incluir as de 10 a 13 anos que ainda não se vacinaram ou não completaram as duas doses necessárias para a efetiva imunização. O secretário de Vigilâncias em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi ressaltou a importância de aplicar duas doses da vacina, sendo que a segunda seis meses após a primeira. “Só assim, essas meninas poderão chegar à idade adulta livre da ameaça de uma doença como a câncer do colo de útero, hoje responsável pela quarta causa de morte na população feminina brasileira”, enfatizou o Secretário.

Veja aqui a apresentação dos dados da mobilização

A vacina HPV quadrivalente faz parte do calendário nacional e está disponível em cerca de 36 mil  salas de vacinação de todo o país. Além disso, as meninas poderão ser vacinadas nas escolas públicas e particulares. A Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, explicou a importância dessa estratégia. “Pesquisas em todo o mundo demonstram que envolver as escolas é a melhor forma de alcançar altos índices de cobertura, essenciais para conseguirmos um impacto relevante em termos de saúde púbica. Isso irá permitir que o Brasil tenha a chance de, nos próximos anos, ter um geração de mulheres livres do câncer de colo de útero”. A recomendação do Ministério é que as secretarias de saúde articulem junto às de educação a operacionalização das ações junto às escolas. “Assim, cada município define sua estratégia de vacinação de acordo com a logística e realidades locais”, completou a diretora.

CAMPANHA PUBLICITÁRIA - O filme protagonizado por Carolina Kasting e sua filha de 13 anos será veiculado em todo o país, durante o período da mobilização. Além disso, haverá peças para rádio e mobiliário urbano, como adesivos para ônibus e cartazes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Brasília, Fortaleza, Curitiba e Salvador.

Além das adolescentes de 9 a 13 anos, o que inclui também a população indígena na mesma faixa etária, também devem receber a vacina meninas e mulheres vivendo com HIV/Aids de 9 a 26 anos. Atualmente existem no Brasil, cerca de 59 mil mulheres de 15 a 26 anos vivendo com HIV e aids. Para meninas e mulheres vivendo com HIV e aids, o esquema vacinal consiste na administração de 3 (três) doses. A segunda dose deve ser administrada dois meses depois da primeira e, a terceira, seis meses após a primeira (0, 2 e 6 meses).

O Ministério da Saúde investiu R$ 1,1 bilhão para a compra de 32 milhões de doses nos últimos três anos. A vacina adotada pelo Ministério da Saúde é a quadrivalente que confere proteção contra quatro subtipos de HPV (6; 11; 16 e 18). Esta vacina é destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem efeito demonstrado nas infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida.

A vacinação previne contra câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas ou displásicas; verrugas genitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano (HPV), contribuindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade.


BALANÇO - No acumulado de 2014 e 2015, 4,5 milhões de meninas foram imunizadas com a segunda dose da vacina contra o HPV, correspondendo a 92,3% do público alvo. Até 29 de março, 3,4 milhões de meninas de 9 a 11 anos foram vacinadas com a primeira dose contra HPV. Isso representa 69,5% das meninas nessa faixa-etária público-alvo (4,8 milhões). Quanto à segunda dose, até essa data, 2,1 milhões de meninas foram imunizadas, 0 que representa 43,73% do público-alvo.

CÂNCER - O Câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais frequentes entre mulheres brasileiras e a quarta causa de morte na população feminina, atrás do câncer de mama e colorretal. Receber a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Portanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 70% infectadas pelos tipos 16 e 18, que são de alto risco para o desenvolvimento câncer do colo do útero. Estudos apontam que 265 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 16 mil novos casos e cerca de 5,4 mil óbitos em 2016.

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) reafirmam que, após dez anos de uso desta vacina nos programas de imunização de diversos países, há evidências significativas de sua segurança, eficácia e eficiência na prevenção do câncer do colo do útero. Nesse sentido, as mudanças no Calendário Nacional de Vacinação do Brasil, que passaram a valer no país a partir de janeiro de 2016, estão em conformidade com as recomendações da OPAS/OMS e são benéficas para a população.

A mais recente avaliação feita pelo Comitê Global Consultivo sobre Segurança de Vacinas da OMS foi divulgada em 2014 e destacam que já são mais de 175 milhões de doses distribuídas no mundo e mais países oferecendo a vacina por meio de programas nacionais de imunização, constatando, mais uma vez, a segurança dos produtos disponíveis.

Em relação ao impacto da vacinação HPV, um estudo americano realizado entre 2003 e 2012 em mulheres, revelou que a prevalência de HPV diminuiu de 11,5% para 4,3% entre as mulheres com idade de 14 a 19 anos, após 6 anos da introdução da vacina HPV quadrivalente. Nas mulheres com idade entre 20 e 24 anos, esta redução foi de 18,5% para 12,1%.  E, entre as mulheres sexualmente ativas, com idade entre 14 a 24 anos, a prevalência foi menor em vacinados (≥1 dose) comparado com mulheres não vacinadas: 2,1% e 16,9%, respectivamente.

Destaca-se que a introdução e ampliação dessa vacina foram possíveis mediante um acordo de transferência de tecnologia entre o Ministério da Saúde, por meio Instituto Butantan e do Laboratório produtor da vacina, MerckSharpDohme (MSD).  A transferência está sendo feita de forma gradual, sendo que, até o final de 2018, a produção da vacina HPV quadrivalente deverá ser 100% nacional.

Agência Saúde

Saúde libera R$ 31 milhões para Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul

O estados foram contemplados e poderão ampliar e melhorar os serviços de média e alta complexidade oferecidos pelo SUS

As populações do Paraná, Aparecida de Goiânia (GO) e Gravataí (RS) ganharam um reforço na ordem de R$ 31 milhões para ampliar e melhorar os serviços de média e alta complexidade oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As portarias que autorizam a liberação dos recursos foram publicadas no Diário Oficial da União nesta terça-feira (29).

A Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná/HOESP foi contemplada com R$ 6 milhões para ajudar a custear os serviços oferecidos pela instituição. O valor será enviado via Limite Financeiro de Média e Alta Complexidade (Teto Mac), em 10 parcelas mensais de R$ 600 mil. Para o município de Aparecida de Goiânia (GO) foi liberado R$ 13 milhões, que será incorporado ao Teto Mac local, para ampliar a oferta de serviços à população usuária do SUS na rede hospitalar da região.

O estado do Rio Grande do Sul também foi contemplado e o município de Gravataí receberá R$ 12 milhões para custear e qualificar os serviços de média e alta complexidade oferecidos pela Rede de Urgência e Emergência local. A decisão foi tomada para recompor e atualizar os valores pagos via Teto Mac ao gestor local. Os valores serão repassados aos respectivos fundos Estaduais e Municipais de Saúde, responsáveis por gerenciar a verba e distribuí-la para as instituições e serviços contemplados pelas portarias.

TETO MAC – O Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar é um dos componentes do Bloco da Atenção de Média e Alta Complexidade e destina-se ao financiamento dos procedimentos e de incentivos permanentes, transferidos mensalmente, para custeio de ações de média e alta complexidade. No caso do Paraná, o valor não será incorporado de forma permanente ao Teto Mac, mas será enviado e pago em 10 parcelas mensais.

Por meio desse recurso, os estados custeiam serviços como consultas, exames, diagnósticos, tratamentos clínicos e cirúrgicos, reabilitações, acompanhamento pré e pós-operatório, UTI, transplantes, tratamento de doenças raras e obesidade, ortopedia, neurologia, queimados, cardiovascular entre outros serviços de média e alta complexidade.

Por Gustavo Frasão, da Agência Saúde

Inovações em saúde devem ir além das perspectivas financeira e mercadológica, aponta estudo da OPAS/OMS

Para os pacientes receberem medicamentos apropriados a suas necessidades clínicas, em doses adequadas às particularidades individuais, por período de tempo adequado e com baixo custo, deve haver constante fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), não apenas sob as perspectivas financeira e mercadológica, mas também sob a ótica da saúde pública. Essa é uma das conclusões do fascículo “PD&I: o uso racional ‘nasce’ antes do medicamento”, lançado neste mês pela Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil.

A publicação integra a série “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica”. O objetivo é fornecer aos profissionais, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) informações confiáveis e isentas, com base nas melhores evidências científicas disponíveis.

O fascículo aponta que a constante inovação no setor é necessária porque a situação de saúde de uma população possui caráter dinâmico (surgimento de novas doenças; ressurgimento de antigas; resistência microbiana; mudanças de hábitos e padrões de vida) e que os cenários produtivo e mercadológico são repletos de incertezas (medicamentos de alto custo; doenças negligenciadas; dependência do mercado externo; medicamentos de baixa qualidade com pouca efetividade e segurança), o que exige contínuo avanço/aprimoramento do “arsenal” farmacoterapêutico disponível.

De acordo com o consultor nacional de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde da OPAS/OMS, Felipe Dias Carvalho, indústrias “por vezes voltam seus esforços de PD&I para nichos de mercado, focando doenças, agravos ou parcelas da população que possam representar um público consumidor e gerador de lucro para a companhia, deixando em segundo plano as reais necessidades e o interesse da sociedade, que devem ser ressaltados de modo a estabelecer uma relação do tipo ganha-ganha, na qual ambas sejam beneficiadas”.

Carvalho ressalta ainda que, para racionalizar o uso de tecnologias e fazer frente a esforços distorcidos de PD&I que eventualmente são realizados e que podem resultar na criação de tecnologias com má relação desfechos/custos, de pouco interesse sob o ponto de vista epidemiológico ou de difícil acesso devido à existência de patentes, é fundamental o papel do Estado como ente catalisador para atender as demandas sociais por tecnologias de saúde, mobilizando sua estrutura de gestão e de PD&I (universidades, instituições de pesquisa, laboratórios produtores, órgãos reguladores, agências de fomento). “Se necessário, lançando mão de parcerias com instituições/companhias privadas, de modo a potencializar sua capacidade de dispender esforços na busca de novas e acessíveis soluções para os problemas de saúde pública”, afirma.

A versão completa da série “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica” pode ser acessada no site da OPAS/OMS.

Medicamentos terão alta acima da inflação

O setor farmacêutico sofre os efeitos da grave crise econômica e o brasileiro paga a conta. Pela primeira vez, em mais de 10 anos, os medicamentos poderão ter aumentos acima da inflação. A expectativa é de que o governo aprove reajuste anual de 12,5% para os remédios. Os novos preços começam a valer em 31 de março, mas é aconselhável que o consumidor faça pesquisa, uma vez que o valor só deve ser alterado quando os estoques forem renovados.

As oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na mudança, segundo explicou o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. “Cerca de 95% da matéria-prima utilizada na indústria farmacêutica é importada”, disse.

A produtividade do setor foi negativa, o que significa que a mão de obra contratada produziu menos do que no ano anterior. Com a anulação dos fatores de produtividade, o governo determinou apenas uma faixa de reajuste para todas as categorias de medicamentos. “Antes, os remédios que tinham mais concorrência, como anti-iflamatórios, por exemplo, recebiam reajuste integral. Já produtos para câncer (com menos concorrência) tinham reajuste menor. Agora todos os produtos sofrerão a mesma alta”, ressaltou o Mussolini.

Ele alertou para a elevada tributação do país. “Somos um dos únicos países do mundo que têm carga tributária sobre medicamentos”, disse. A média mundial é de 6% de impostos sobre medicamentos e no Brasil é de 30%. Segundo ele, a cada R$ 10 pagos pelo consumidor, R$ 3 são impostos. “Não fica nem na mão da indústria nem na mão do varejo”, definiu.

O aposentado Mário Xavier da Costa, 68, é cliente fiel da mesma farmácia há mais de 10 anos. Por mês, os gastos dele chegam a R$ 400. “Eu sempre compro no mesmo lugar, assim garanto um bom desconto”, explicou. Além disso, ele disse que, para tentar driblar os preços altos, sempre compra genéricos, mesmo que os médicos insistam em passar medicamentos de um laboratório específico. “Tem genérico que chega a ser a metade do valor dos de marca. Sempre que possível, levo o mais barato”, contou.

Peso no bolso

Sem um sistema de saúde eficiente, os gastos com medicamentos, muitas vezes, consomem boa parte da renda familiar. O aposentado Antônio Amaral, 74, por exemplo, gasta tudo que recebe do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), um salário mínimo, em farmácias. A mulher dele está doente, internada em uma UTI, e os remédios são comprados para ela. “Faço bicos como pintor para conseguir me alimentar, já que os remédios consomem toda a minha renda”, explicou.

Os medicamentos têm os preços controlados pelo governo, que realiza reajustes anuais com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Além disso, segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), outros três fatores são usados para definir as faixas de correção, sendo eles produtividade, concorrência das classes terapêuticas e forças econômicas, como câmbio e energia elétrica. “O cálculo do governo mostra com clareza que até a indústria farmacêutica está sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil enfrenta”, afirmou Antônio Britto, presidente executivo da Interfarma.

O proprietário de farmácia Antônio Nereu, 68, já sente os efeitos dos aumentos previstos para o próximo mês. “Os consumidores que estão cientes do valor mais alto têm optado por estocar remédios de uso contínuo, como os de diabetes e hipertensão. Estão fazendo de tudo para fugir da alta e aproveitar os últimos dias do preço antigo”, explicou.


Fonte: Correio Braziliense

Ministério da Saúde lança mobilização para incentivar vacinação contra HPV

O ministério da  Saúde lança nesta quarta-feira (30), em Brasília, Campanha de Mobilização para incentivar a vacinação contra HPV deste ano. A vacina irá reforçar as ações de prevenção do câncer do colo do útero.

A coletiva será transmitida pela Web Rádio Saúde (webradio.saude.gov.br/radio) e pelo Twitter (@minsaude).

Mobilização para incentivar vacinação contra HPV

Data: 30 de março (quarta-feira)
Horário: 10h30

Local: Auditório Emílio Ribas - Edifício sede do Ministério da Saúde – Bloco G, Esplanada dos Ministérios – Brasília (DF)

Diretoria da Anvisa faz reunião pública nesta terça-feira às 14h30

A Diretoria Colegiada da Anvisa faz nesta terça-feira (dia 29/03), a 7ª Reunião Ordinária Pública de 2016. O encontro teve o horário alterado para às 14h30min.

Na ocasião, serão analisados cerca de duas centenas de recursos administrativos interpostos pelo setor regulado relativos a registros de medicamentos, fitoterápicos e equipamentos hospitalares, entre outros.

Será analisado também o Projeto de Lei do Senado nº 31/2015, de autoria do Senador Álvaro Dias, que altera as Leis nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, sobre regulamentação do registro e da importação de medicamentos órfãos.

O encontro será na sala de reuniões da Diretoria Colegiada da Agência. Térreo, bloco E, sede da Anvisa. Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), trecho 05, área 57. Brasília - DF.


Ministério da Saúde divulga cronograma de envio da vacina contra gripe

O Ministério da Saúde esclarece que, a partir do dia 1º de abril, inicia o envio  da vacina contra a influenza de 2016. A entrega aos municípios, por sua vez, é responsabilidade dos estados.

Nas três primeiras remessas (1º a 15 de abril), os estados receberão 25,6 milhões de doses, que corresponde a 48% do total a ser enviado para a campanha deste ano. Desse montante, serão entregues 5,7 milhões de doses para São Paulo.

A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo, observando a reserva adequada do produto para a campanha nacional. A Campanha acontece em todo o país do dia 30 de abril a 20 de maio, sendo o dia 30 de mobilização em todo o país.

O cronograma de distribuição aos estados é elaborado de acordo com a entrega da vacina pelo laboratório produtor. As vacinas serão enviadas em seis remessas.

Total de doses enviadas nas duas primeiras entregas (1º a 15 de abril)


PREVENÇÃO - o Ministério da Saúde reforça que, além da vacinação, a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a infecção por influenza. Medidas de higiene, como lavar sempre as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de doenças respiratórias, são algumas destas medidas.

MEDICAMENTO - Cabe ressaltar que todos os estados estão abastecidos com o Fosfato de Oseltamivir, medicamento para tratar a doença, que devem  disponibilizá-lo em suas unidades de saúde. É importante que o medicamento seja administrado nas 48 horas do início dos sintomas. 

VACINAÇÃO – A Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza tem como objetivo reduzir as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus na população alvo da campanha, como gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, as quais têm mais risco de adoecer.

No ano passado, a Campanha imunizou 84,3% do público-alvo, ultrapassando a meta de vacinar 80% do público alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença.

Da Agência Saúde