O diretor-presidente da
Anvisa, Jarbas Barbosa, participou, nesta terça (29), em São Paulo, do fórum “O
Futuro do Combate ao Câncer”, realizado pela jornal Folha de São Paulo.
Integrante da mesa "Entraves à pesquisa de novas drogas no Brasil",
Barbosa falou, entre outros pontos, sobre
o desafio que é garantir o padrão de qualidade para liberação dos medicamentos
no mercado. "A Anvisa começou, no ano passado, a fazer algo que deveria
ser o padrão: responder sobre os protocolos de pesquisa. Para medicamentos mais
complexos, de novas moléculas, são mais de 180 dias para avaliação",
afirmou.
Ao lado de Eduardo Motti,
consultor na área de pesquisa clínica, e de Sérgio Queiroz, pesquisador da
Unicamp na área de farmácia, Jarbas Barbosa afirmou que a centralização da
análise também torna inviável a rapidez nas autorizações. Atualmente, novas
drogas para o tratamento do câncer podem demorar até um ano para ser aprovadas
pela Anvisa. "A articulação com universidade e outros órgãos regulatórios
e de pesquisa ainda não ocorre como deveria. Se não descentralizarmos o
processo de avaliação ética, sempre teremos essa barreira".
Outro ponto levantado por
Barbosa seria a qualidade das pesquisas clínicas apresentadas à Anvisa. Por
conta de deficiências técnicas e ausência de dados requeridos, muitas vezes os
medicamentos que estão na fase um, quando são submetidos às pesquisas clínicas,
demoram para ser avaliados apropriadamente. "Essa fase poderia demorar uma
semana, mas acaba levando de três a quatro meses por causa do vai e vem de
dados que não estão na pesquisa original”.
Com informações da Folha de
São Paulo
Confira o vídeo do Fórum no
link
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.