A FDA (agência que regula
medicamentos nos Estados Unidos) revisou as diretrizes para o uso legal
damifepristona, um medicamento indutor de aborto aprovado no país no ano 2000.
As regras devem baratear a droga e ampliar seu acesso.
Elas reduzem o número de
consultas necessárias para se ter acesso legal à pílula abortiva— antes eram
necessárias três consultas na maior parte dos Estados; agora, são duas.
O período em que a mulher pode
fazer uso da pílula aumentou, passando de 49 para 70 dias após o início do seu
último período menstrual.
A dosagem recomendada da droga
também foi revista, passando de 600 mg para 200 mg. A maioria dos médicos
considera que a dose anterior era muito alta, aumentando os custos e efeitos
colaterais.
A mifepristona bloqueia os
receptores de progesterona, hormônio fundamental para a gestação. Quando tomada
com outro medicamento, o misoprostol, induz o aborto.
Em alguns Estados, como Texas,
Dakota do Norte e Ohio, leis locais exigiam que os médicos seguissem a antiga
orientação oficial da FDA, feita com base em evidências clínicas dos anos 1990.
Os dados eram considerados ultrapassados por muitos médicos, que já prescreviam
doses menores da droga de maneira off-label (fora da bula).
A Associação Americana de
Ginecologia e Obstetrícia disse estar “satisfeita” pelo fato de a FDA ter
aprovado diretrizes que refletem as pesquisas mais recentes sobre o uso da
droga.
Fonte: Folha de S.Paulo
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.