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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Inovações em saúde devem ir além das perspectivas financeira e mercadológica, aponta estudo da OPAS/OMS

Para os pacientes receberem medicamentos apropriados a suas necessidades clínicas, em doses adequadas às particularidades individuais, por período de tempo adequado e com baixo custo, deve haver constante fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), não apenas sob as perspectivas financeira e mercadológica, mas também sob a ótica da saúde pública. Essa é uma das conclusões do fascículo “PD&I: o uso racional ‘nasce’ antes do medicamento”, lançado neste mês pela Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil.

A publicação integra a série “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica”. O objetivo é fornecer aos profissionais, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) informações confiáveis e isentas, com base nas melhores evidências científicas disponíveis.

O fascículo aponta que a constante inovação no setor é necessária porque a situação de saúde de uma população possui caráter dinâmico (surgimento de novas doenças; ressurgimento de antigas; resistência microbiana; mudanças de hábitos e padrões de vida) e que os cenários produtivo e mercadológico são repletos de incertezas (medicamentos de alto custo; doenças negligenciadas; dependência do mercado externo; medicamentos de baixa qualidade com pouca efetividade e segurança), o que exige contínuo avanço/aprimoramento do “arsenal” farmacoterapêutico disponível.

De acordo com o consultor nacional de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde da OPAS/OMS, Felipe Dias Carvalho, indústrias “por vezes voltam seus esforços de PD&I para nichos de mercado, focando doenças, agravos ou parcelas da população que possam representar um público consumidor e gerador de lucro para a companhia, deixando em segundo plano as reais necessidades e o interesse da sociedade, que devem ser ressaltados de modo a estabelecer uma relação do tipo ganha-ganha, na qual ambas sejam beneficiadas”.

Carvalho ressalta ainda que, para racionalizar o uso de tecnologias e fazer frente a esforços distorcidos de PD&I que eventualmente são realizados e que podem resultar na criação de tecnologias com má relação desfechos/custos, de pouco interesse sob o ponto de vista epidemiológico ou de difícil acesso devido à existência de patentes, é fundamental o papel do Estado como ente catalisador para atender as demandas sociais por tecnologias de saúde, mobilizando sua estrutura de gestão e de PD&I (universidades, instituições de pesquisa, laboratórios produtores, órgãos reguladores, agências de fomento). “Se necessário, lançando mão de parcerias com instituições/companhias privadas, de modo a potencializar sua capacidade de dispender esforços na busca de novas e acessíveis soluções para os problemas de saúde pública”, afirma.

A versão completa da série “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica” pode ser acessada no site da OPAS/OMS.

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