O diretor do Departamento e
DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, apresentou nesta terça-feira, 29,
na abertura da Reunião de Coordenadores Estaduais e Municipais (capitais) de
Hepatites Virais, em Brasília, as ações e perspectivas do Ministério da Saúde
sobre tratamento e prevenção das cinco formas do agravo - vírus A, B, C, D e E.
Dentre os dados apresentados,
estão os números de medicamentos distribuídos. Em 2015, receberam o novo
tratamento da hepatite C 7.459 pacientes entre outubro e dezembro. Entre
janeiro e março de 2016, já são mais 7.609 pacientes atendidos. “Em menos de um
ano, estamos com uma média de atendimento superior à de toda a história da
hepatite C”, afirmou Mesquita.
Ainda segundo o diretor, a
taxa de cura, que antes era inferior a 50% nos pacientes em tratamento, agora é
superior a 90%. “A expectativa é que seja cumprida a meta de 30 mil
atendimentos em um ano, entre os meses de outubro de 2015 e de 2016”, disse.
O coordenador de Hepatites
Virais do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Marcelo Naveira, avalia
que a reunião fortalece a integralidade do SUS, em uma ação que envolve
municípios, estados e o governo federal no atendimento aos pacientes. “O evento
é uma oportunidade para expor soluções em conjunto, em que o exemplo de um
estado ou município pode servir para outro”, explicou. “Estamos dentro do
cronograma da proposta de oferecer 30 mil tratamentos em um ano e já
conseguimos em seis meses, entre outubro de 2015 e março de 2016, distribuir
pouco mais da metade disso (15.068 unidades)”.
Para a Coordenadora Estadual
de Hepatites Virais da Secretaria Pública de Saúde do Pará, Cisalpina Cantão, o
apoio do Ministério da Saúde na distribuição dos medicamentos colaborou para o
trabalho desenvolvido nas 13 regionais de saúde que atendem seu estado. “A
parceria permitiu diminuir as dificuldades locais no combate e tratamento às
hepatites virais. O nosso planejamento, aliado à ajuda do Ministério da Saúde,
permitiu que tivéssemos retorno no atendimento aos pacientes”. Antes de receber
os novos medicamentos, foi realizado trabalho de monitoramento e capacitação
com profissionais de saúde e com as comunidades da capital e das cidades do
interior do Pará. “Muitas pessoas nem sabiam o que era hepatite ou que estavam
com a doença”.
Atualmente, são 400 pacientes
que realizam o tratamento com o novo medicamento em seus municípios (antes,
precisavam se deslocar até a capital).
O coordenador geral de IST,
Aids e Hepatites Virais do Acre, Nelson Roberto de Araújo Guedes, disse que não
houve dificuldades para realizar o cadastro e atendimento aos pacientes em seu
estado, uma vez que, antes do recebimento dos medicamentos, já havia um
trabalho de apoio com os pacientes. “Já fazíamos o monitoramento. Assim, a
partir do uso dos novos medicamentos, obtivemos êxito, pois nenhum paciente
abandonou o tratamento e não houve nenhum caso de reação adversa”. No Acre, são
atendidos 248 pacientes com os novos medicamentos e há uma fila de espera de
outras 90 pessoas com hepatite C.
Para o diretor Fábio Mesquita,
o relato dos gestores revela que as experiências apresentadas demonstram a
realidade de cada região. “Assim, aperfeiçoamos o acesso do paciente, que é
nosso objetivo final”, acrescentou.
OUTRAS HEPATITES - A atuação
do Departamento vai muito além da hepatite C. O DDAHV prepara, com a ajuda de
especialistas, um novo protocolo de tratamento da hepatite B e suas
coinfecções, em especial a infecção conjunta com a hepatite Delta.
Nos últimos anos, o Brasil
também investiu na ampliação das vacinações para hepatites A e B. O país
investe também em estudos para o enfrentamento da hepatite D, reunindo
especialistas de países vizinhos da região amazônica, na qual se concentram os
casos da doença. Em Rondônia, foi iniciado um estudo sobre a hepatite E.
Fonte: Assessoria de
Comunicação/ Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
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