O grupo EMS, de Hortolândia (SP), comandado pelo empresário Carlos Sanchez, disparou na liderança no mercado de genéricos. Dados do IMS Health mostram que a companhia nacional encerrou 2013 com participação de 31,07%, enquanto sua principal concorrente, a Medley, do grupo francês Sanofi, ficou com 19,35%. A Hypermarcas, terceira no ranking, ficou com participação de 12,61%.
Arquirrivais no mercado nacional de genéricos, a Medley e a EMS disputam palmo a palmo cada ponto porcentual de participação e comprimido vendido nesse segmento. A briga pela liderança começou a ficar acirradíssima nos dois últimos anos.
Até 2011, a Medley reinava absoluta nesse mercado. Entre o fim de 2012 e o início do ano passado, o grupo Sanofi promoveu uma verdadeira reestruturação na sua gestão, provocada pela perda de participação da companhia nesse setor. Além da mudança no comando da Medley, com a chegada do executivo Wilson Borges, ex-CEO do laboratório italiano Zambon, o presidente do grupo Sanofi, Heraldo Marchezini, deixou a empresa. O executivo Patrice Zagamé, ex-Novartis, assumiu o comando da farmacêutica no Brasil.
A perda de participação da Medley, que era comandada pela família Negrão até o fim de 2009, quando foi adquirida pelo grupo francês, tem sido significativa. Em 2013, a companhia fechou com 19,35%, queda de 7,1 pontos porcentuais sobre 2012. Em 2012, a Medley tinha 31,2%.
Avanço
Gigantes desse setor, como a Hypermarcas, querem avançar nesse vácuo deixado pela vice-líder. Em 2012, a companhia, dona da Neo Química, encerrou o ano com fatia de 10,01% e subiu para 12,6% no ano passado.
Outras farmacêuticas, que estão entre as dez maiores no ranking, também mudaram de posição. A Teuto, que tem a Pfizer como acionista, saltou da quinta em 2012 para a quarta no ano passado, com participação de 8%. A nacional Eurofarma subiu para a quinta maior (em 2012 era a sexta). O Aché, com 6,24% em 2013, caiu para sexta posição (no ano anterior era o quarto). As companhias Prati-Donaduzzi, Novartis, Nova Química e Merck, respectivamente, completam as dez maiores.
Levantamento da Pró Genéricos mostra que até o fim do ano dez novos medicamentos de referência (inovadores) devem ter suas patentes vencidas. Esses produtos registram, juntos, receita de cerca de R$ 750 milhões, que pode ser absorvida, em boa parte, pelos laboratórios de genéricos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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