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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Instituições assinam acordo para construção de fábrica de biomedicamentos

 Governo do Estado do Rio de Janeiro, o BNDES, o Instituto Vital Brazil (IVB), a empresa Bionovis e a Fiocruz assinaram, nesta quarta-feira (2/7), um termo de acordo para que sejam investidos R$ 550 milhões e gerados 150 empregos diretos, nos próximos três anos. A empresa de biotecnologia instalará, na cidade do Rio de Janeiro, um laboratório de pesquisa e desenvolvimento, uma unidade industrial e um centro de distribuição no Campus Mata Atlântica da Fundação, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A iniciativa representa um importante passo para a ciência, tecnologia e produção de insumos de base biotecnológica para abastecer o SUS com produtos importantes para a saúde pública. O Governo do Estado do Rio de Janeiro reconheceu a importância da iniciativa e publicará um decreto oferecendo incentivos fiscais para a instalação da Bionovis. A assinatura integra o projeto de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) do Governo Federal. A nova fábrica produzirá diferentes medicamentos para tratamento do câncer, artrite e outras doenças. O evento contou com as presenças do governador Luiz Fernando Pezão, e dos presidentes da Bionovis, Odnir Finotti, do BNDES, Luciano Coutinho, do Instituto Vital Brazil, Antonio Werneck, e da Fiocruz, Paulo Gadelha, além do secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
O presidente da Bionovis, Odnir Finotti, o governador Luiz Fernando Pezão, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na solenidade de assinatura do contrato, realizada na Fundação (Foto: Peter Ilicciev)

O governador Pezão afirmou que o governo estadual fomentou a criação de polo de inteligência e conhecimento na Ilha do Fundão, com a instalação de 11 centros de pesquisa, e que a implantação da Bionovis em Curicica se insere na mesma estratégia de investir em projetos que firmem o estado no caminho da inovação tecnológica. O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, lembrou que a proposta revela a sinergia entre direitos – como aqueles garantidos pela Constituição, como o direito pleno e universal à saúde – e conquistas sociais. “Aquela região onde está o Campus Mata Atlântica da Fundação, na qual começamos a atuar há 15 anos, apresentava alto risco de degradação, de vulnerabilidade social e uma total falta de propostas para a comunidade do entorno da então Colônia Juliano Moreira. Hoje a Fiocruz faz parte da revitalização daquela área e atua também em projetos de desenvolvimento integrado, como o PAC”.
Para o secretário Carlos Gadelha, “um Estado inovador precisa ter projetos fortes, musculatura e parcerias que viabilizem a produção em escala, o que amplia o acesso da população a medicamentos. A saúde só será um direito garantido na prática se houver capacidade tecnológica e base produtiva e de inovação”. Segundo ele, a Fiocruz e o Vital Brazil se destacam nas PDPs da área da saúde. Das 100 PDPs do setor, 35 têm a participação da Fiocruz e 12 do IVB. Ou seja, quase metade delas está no Rio de Janeiro”. O presidente da Bionovis, Odnir Finotti, afirmou que “nada é mais inovador do que produzir biomedicamentos. É uma vergonha que o Brasil não produza esses medicamentos. Mas com a nova fábrica vamos virar a página”.
Segundo dados do Ministério da Saúde, existe uma necessidade de incentivar o complexo industrial farmacêutico em decorrência de seu caráter estratégico para a assistência à saúde e como etapa indispensável a assegurar a soberania tecnológica e o bem-estar social. Além disso, a Portaria Interministerial 128/2008 estabelece diretrizes, entre as quais se destaca a necessidade de dar maior eficiência à produção pública de medicamentos na busca de ampliar o acesso da população.
A Bionovis é resultado de uma joint-venture entre as empresas EMS, Aché, Hypermarcas e União Química e tem como missão ser a primeira empresa privada brasileira especializada em medicamentos biológicos. A Bionovis tem investimentos previstos de R$ 500 milhões para os próximos cinco anos. Criada em 2012, com o apoio do governo federal, estará voltada à produção de biossimilares, usados no tratamento de doenças complexas. Será a primeira grande empresa brasileira a entrar nesse mercado, cujas importações custaram ao governo R$ 6 bilhões no ano passado – 46% de todo o gasto governamental com medicamentos importados. O Instituto Vital Brazil, do governo estadual, será um dos parceiros para desenvolvimento de medicamentos biológicos, em parceria com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz).
Os produtos desenvolvidos no Brasil pela Bionovis poderão chegar ao mercado em três anos, prazo que expiram as patentes dos medicamentos de referência. Em um ano, o laboratório de pesquisa da companhia também deve estar pronto. Os medicamentos serão vendidos ao Ministério da Saúde para distribuição gratuita aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A produção nacional desses medicamentos deve gerar uma economia de mais de 460 milhões de reais aos cofres públicos, em cinco anos. No mundo, a indústria de biológicos movimenta cerca de US$ 160 bilhões e no Brasil, US$ 6 bilhões. O Brasil é completamente dependente de importações desses medicamentos, que equivalem a 46% de tudo o que é gasto pelo país em medicamentos importados.
Parcerias
As Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) são resultado da estratégia do Governo Federal para integrar setores públicos e privados, a fim de estimular a fabricação de medicamentos no Brasil e, assim, fortalecer o Complexo Industrial da Saúde. As PDPs são um avanço no campo da saúde, estimulam a independência em relação aos importados e ainda reduzem custos para o Ministério. O Instituto Vital Brazil retomou a produção de medicamentos com as assinaturas de convênios com o Ministério da Saúde e já tem 12 assinaturas de PDPs. A primeira a ser entregue foi a Rivastigmina, em 2012, seguida pelo Imatinibe, que é o primeiro oncológico feito em parceria com uma empresa do Governo do Rio de Janeiro.

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