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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

CFM avalia canabidiol para uso para fins medicinais


O Conselho Federal de Medicina recebeu, em plenária realizada em Brasília, cientistas, médicos e pesquisadores que apresentarem estudos retrospectivos e prospectivos relativos ao canabinoide apontando os resultados promissores já obtidos.

Com o objetivo de contribuir com os debates em torno da liberação para uso medicinal do canabidiol (CBD), derivado canabinoide da cannabis sativa, a autarquia federal solicitou que os pesquisadores apontem as doses seguras, quais efeitos adversos, quais interações medicamentosas possíveis, para quais patologias podem ser liberadas, quais deverão ser melhor pesquisadas e quais não se aplicaria em hipótese alguma.

O projeto consta da pauta da Comissão de Novos Procedimentos Médicos do CFM será levadoç hoje (22) ao plenário para aprovação. O Conselho Federal de Medicina se manifestou favorável às pesquisas com quaisquer substâncias ou procedimentos para enfrentar doenças, desde que regidos pelas regras definidas pelo Sistema de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP) e aplicados em centros acadêmicos de pesquisa.

Desde junho o CFM emitiu nota de esclarecimentos objetivando garantir a informação e o perfeito entendimento da comunidade médica, da população e das autoridades da diferença entre o canabinoides” (isolados, titulados e pesquisados para fins medicinais) com o produto in natura para uso fumado ou ingerido por não ter valores científico ou terapêutico,

Registro e prescrição - O canabidiol circula entre as substâncias vetadas pelas Autoridades Sanitárias e pela Polícia Federal. A ANVISA já vem discutindo o tema que já fez parte da pauta de maio da Diretoria Colegiada, cuja proposta é de retirar o canabidiol da lista de substâncias de uso proscrito para entrar para a lista de substâncias de controle especial (comercializado com receita médica de duas vias). A dúvida prevalente em relação ao marco regulatório se baseia na necessidade da realização de ensaios clínicos passando a registrar o produto como medicamento e não como complemento alimentar como é comercializado em alguns estados americanos.

O CFM defende a capacidade e o âmbito da competência do profissional médico para prescrever qualquer substância, inclusive as proibidas como atualmente é classificado o canabidiol, caso não exista a mudança de proscrito para controlado a prescrição poderá ser realizada com o conceito de uso compassivo, ou seja, inserindo o paciente no escopo de um projeto de pesquisa, sempre respeitando sua autonomia e informando-o sobre o diagnóstico, prognóstico, riscos e objetivos de cada tratamento.

Igualmente o CFM se manifesta contrário a descriminalização e a legalização das “cannabis indica e sativa” para consumo “recreativo”, até por estar alinhado com as políticas de combate ao tabagismo e alcoolismo, ajudando e defendendo a construção de leis restritivas e, nessa circunstância, seria um contrassenso defender à liberação de um produto que sob o ponto de vista médico põe em risco a saúde da população.

A expectativa é de que a Comissão de Novos Procedimentos Médicos aprove a prescrição médica livre em todo território nacional, cercada de todos os cuidados com a segurança, eficácia do produto, notificando e apresentando ao paciente e/ou seus responsáveis diretos todos os potenciais riscos e eventuais efeitos, defendendo ainda a realização de ensaios clínicos como preconizado pelo CEP/CONEP para o registro sanitário do produto no Brasil.

Espera-se a publicação sobre a prescrição a nível nacional, ainda este mês.

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