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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Arrecadação deverá fechar 2014 sem crescimento real, estima Receita

A diminuição das estimativas oficiais para o crescimento da economia e as receitas do Refis da Crise menores que o esperado leva a Receita Federal a prever estagnação para a arrecadação federal em 2014. Segundo o secretário adjunto do órgão, Luiz Fernando Teixeira Nunes, a arrecadação deverá encerrar o ano sem crescimento real (acima da inflação).

De janeiro a outubro, a arrecadação federal acumula crescimento real de 0,45%, com desaceleração em relação ao aumento acumulado até setembro (0,67%). O secretário adjunto estima crescimento próximo de zero até dezembro, mas admitiu que o resultado pode ficar negativo. Sem crescimento real, a arrecadação nominal sobe apenas o equivalente à inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Tendo em vista as variáveis colocadas no relatório, o comportamento do parcelamento dos contribuintes [Refis da Crise] e das demais receitas mês a mês, alteramos nossas previsões para este ano”, declarou o secretário. “O crescimento ficará próximo de zero, mas pode ser um pouco mais ou um pouco menos”, completou. Caso a variação real fique negativa, a arrecadação nominal até sobe no ano, porém menos que a inflação pelo IPCA.

Ao longo de 2014, a frustração de receitas e o baixo crescimento da economia fizeram a Receita diminuir a estimativa de crescimento real da arrecadação mês a mês. No início do ano, o Fisco projetava expansão de 3,5% acima da inflação. A projeção caiu para 2% em setembro e menos de 1% em outubro.

Um dos principais instrumentos usados para reforçar o caixa do governo em ano de crise econômica, o Refis da Crise também teve a estimativa reduzida. Inicialmente, a Receita projetava que o parcelamento especial de dívidas com a União renderia de R$ 18 bilhões a R$ 22 bilhões para o governo. Agora, o secretário adjunto estima que a renegociação renderá em torno de R$ 18 bilhões, podendo, no entanto, ficar inferior a esse valor.

De agosto a outubro, o Refis da Crise reforçou o caixa do governo em R$ 10,4 bilhões. A Receita estima arrecadar R$ 3,3 bilhões em novembro e dezembro com o pagamento regular das parcelas, mais R$ 3 bilhões com a possibilidade de quitação antecipada de 30% do parcelamento e o abatimento de prejuízos fiscais de anos anteriores dos 70% restantes. Além disso, a reabertura do prazo de adesão, que começou no último dia 14 e vai até 1º de dezembro, deverá render de R$ 1 bilhão a R$ 1,3 bilhão, o que resulta numa arrecadação total entre R$ 17,6 bilhões e R$ 18 bilhões.

Em relação aos principais tributos, os maiores responsáveis pela queda da arrecadação em 2014 são o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), cuja receita caiu 10,81% de janeiro a outubro descontado o IPCA. Segundo Nunes, a queda da lucratividade das empresas tem levado grandes companhias, principalmente instituições financeiras, a reduzirem a estimativa mensal de lucros e lançarem balancetes que suspendem o pagamento dos dois tributos.

“Na maioria dos casos, trata-se de grandes empresas. Apesar de serem poucas, elas são representativas em termos de arrecadação”, explicou o secretário adjunto da Receita. Outro fator que impactou a arrecadação neste ano foi o recolhimento extraordinário, em 2013, de R$ 4 bilhões de IRPJ, de CSLL e do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Como a operação não se repetiu neste ano, a base de comparação foi afetada.

Em termos numéricos, o fator que mais contribuiu para a queda real na arrecadação foram as desonerações, que tiveram impacto de R$ 84,5 bilhões de janeiro a outubro, R$ 21,6 bilhões a mais que no mesmo período do ano passado. As principais medidas de redução de tributos foram a desoneração da folha de pagamento, com perdas de R$ 15,9 bilhões, e a retirada do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do PIS e da Cofins de mercadorias importadas, que fez o governo perder R$ 3 bilhões de arrecadação no ano.

Wellton Máximo, editor Juliana Andrade da Agencia Brasil

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