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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

EPIDIOLEX aprovado para teste em humanos pelo FDA - medicamento composto por 98% de CANABIDIOL com indicação para tipos raros de Epilepsia; sindrome de DRAVET, sindrome de Lennox-Gastaut

Teste com medicamento à base de maconha é liberado nos EUA
Fonte: O Globo
Notícia publicada em: 23/11/2013
Autor: Flávia Milhorance

Um medicamento para o tratamento de epilepsia à base de maconha pode estar disponível no mercado a partir do ano que vem nos Estados Unidos. A expectativa é da GW harmaceuticals, que conseguiu junto à FDA, a agência reguladora de remédios do país, a aprovação para testes em humanos do Epidiolex, fórmula líquida oral com 98% de canabidiol (CBD), um dos componentes da planta Cannabis sativa (maconha).

Segundo o laboratório, a substância não é alucinógena e tem efeito anticonvulsivante. Os testes clínicos serão feitos em 125 crianças com tipos raros de epilepsia: síndrome de Dravet, síndrome de Lennox-Gastaut e outras síndromes epilépticas pediátricas, geralmente resistentes aos medicamentos hoje disponíveis.

A notícia foi comemorada pelo professor de Psicofarmacologia da Unifesp e diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), Elisaldo Carlini. Ele conta que há 40 anos o seu grupo de pesquisa, em parceria com universidades de Alemanha e Israel, publicou artigos relacionando as propriedades farmacológicas da planta em epilépticos. Eles também viram seu potencial de amenizar os sintomas da esclerose múltipla.

O próprio GW Pharmaceuticals tem, desde a década de 1990, a aprovação do governo britânico para a produção do ativex, fórmula que contém o CBD para o tratamento das dores da esclerose. Outros 20 países conseguiram a liberação de seus órgãos reguladores. O Brasil não está nesta lista.

— O nosso país está pelo menos 100 anos atrasado nesta discussão. Em 1910, importávamos da França a cigarrilha grimault, com extrato de maconha, que era prescrita para asma e insônia. Agora, não conseguimos nem mais importar a substância para pesquisa. No universidade, lutamos para tirar este obscurantismo da medicina brasileira — criticou Carlini.

Outros estudos vêm analisando os efeitos dos extratos da maconha na diminuição dos sintomas do mal de Alzheimer, esquizofrenia, ansiedade e outros males.

Mas o tema polêmico é visto com desconfiança pela psicanalista Ivone Ponczek, diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), da Uerj. Apesar de favorável à descriminalização da droga, ela pondera seu uso medicinal.

— Claro que se for cientificamente comprovado que a maconha é útil para aliviar sintomas de dor, é um caso a se pensar. Mas acho que está faltando muita pesquisa para isso — comenta Ivone. — A medida poderia abrir margem a outros usos. É muito fácil conseguir uma receita médica. E além disso, a morfina tem uso terapêutico, mas atendemos com muita frequência pessoas viciadas na substância, geralmente profissionais de saúde, que têm mais acesso às drogas.

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