Pedro França/Agência Senado
O comando das comissões permanentes do Senado para os próximos dois anos começa a ser definido. Um entendimento entre lideranças partidárias permitiu a composição dos nomes levando-se em conta o tamanho de cada legenda.
O acordo foi festejado pelo senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB, partido com maior número de senadores.
— Tudo resolvido. Conseguimos entendimento de todos e restabelecemos a tradição de proporcionalidade na Casa. Podemos instalar as comissões a partir de hoje, e os presidentes devem ser eleitos por aclamação — explicou.
O PMDB, todavia, ainda não definiu os nomes dos presidentes das três comissões a que tem direito — Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Serviços de Infraestrutura (CI) e Assuntos Sociais (CAS). Mas Eunício acredita que a decisão não vai demorar.
— Tenho mais de um nome com pretensão de presidir a CCJ, e este é o momento mais difícil para o líder: escolher entre companheiros aquele que vai presidir. Acredito que ainda hoje terei como fazer as três indicações — disse ao deixar a reunião com lideranças no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros.
Outro partido que ainda tem vaga em aberto é o PT, que ainda não bateu o martelo sobre quem vai comandar a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O líder Humberto Costa (PT) espera definir no máximo até quinta-feira (26).
— Vamos ter essa definição de hoje para amanhã. Estamos esperando o entendimento entre o senador Delcídio e a senadora Gleisi. Caso não aconteça, vamos ter que resolver pelo voto. Mas estou otimista num acordo — explicou.
Ele também ressaltou o fato de ter havido entendimento entre oposicionistas e representantes da base do governo.
— Conseguimos algo que na eleição da Mesa não foi possível, o respeito à proporcionalidade. As escolhas foram atendidas de acordo com a pretensão de cada partido. A partir de agora as comissões podem começar a trabalhar — observou.
Ao PSDB coube a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), que deve ser presidida pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (SP). O líder da legenda, Cássio Cunha Lima, disse que ficou satisfeito com a escolha.
— O PSDB fez a escolha que desejava, principalmente após a crise na Venezuela. Diante da omissão do governo brasileiro e do fracasso da diplomacia nacional, o partido quer contribuir ocupando a [Comissão de] Relações Exteriores. Teremos um papel importante para tentar salvar a política externa do país — disse.
Agência Senado
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.