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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Deputados sugerem regulação de preços para o setor de próteses e órteses

Vários deputados da CPI da Máfia das Próteses e Órteses sugeriram em audiência pública nesta quinta-feira (23) alguma forma de regulação de preços para o setor para evitar distorções que os consumidores e o sistema de saúde não conseguem detectar.
A diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Martha Oliveira, afirmou que, dependendo da região, o preço de um stent coronário varia de R$ 4 mil a R$ 27 mil. Já um marcapasso pode custar R$ 29 mil ou R$ 90 mil.

A diretora também mostrou que existe uma diferença grande entre o custo inicial de um produto e o preço final após o pagamento de seguros, fretes, impostos, comissões de médicos e lucros, entre outros custos. Neste caminho, uma prótese específica passou de R$ 2 mil para R$ 18 mil.

Martha ainda citou estudos que estimam entre 40% e 50% os casos em que uma segunda opinião médica poderia mudar a indicação de cirurgia para outro procedimento menos oneroso e mais eficaz.

Hoje, segundo ela, no sistema de planos de saúde, cabe ao médico a indicação, mas a operadora pode pedir justificativa para o procedimento e três marcas de próteses para escolha. Se houver divergência, ainda é possível acionar uma junta médica.

PadronizaçãoDe maneira geral, tanto a diretora da ANS quanto o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jaime Cesar Oliveira, explicaram que existem grupos no governo trabalhando na padronização de nomenclaturas das próteses e órteses e diversas melhorias no sistema de qualificação dos produtos e monitoramento de preços.

Outra medida é a elaboração de protocolos clínicos bem definidos com o objetivo de reduzir as dúvidas sobre a necessidade de determinados procedimentos.

O secretário de saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis, disse que as liminares judiciais no estado relacionadas a diversas demandas da saúde, inclusive órteses e próteses, já correspondem a quase metade do total desse tipo de ação no País.

Segundo ele, a situação é favorecida pela falta de uma assistência técnica aos juízes e por médicos que ganham comissões para a indicação de materiais: "O item começa com um preço de fábrica, termina com um preço de venda e tem na intermediação disso a comissão do médico. Como se isso fosse alguma coisa defensável, imagino que isso é absolutamente irregular".

Regulação de mercado
O deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE) defendeu que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, que é um conselho ministerial, amplie suas funções: "Porque talvez seja a agência que tenha o maior know how para isso. É a agência que já faz os medicamentos e pode vir a fazer também. É uma maneira de tentar resolver pelo menos a questão da precificação. Você não vai resolver o problema do mau médico, aquele que opera sem necessidade. Esse infelizmente é um caso de polícia".

Outra proposta que surgiu na audiência foi o estímulo à produção nacional de órteses e próteses.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Newton Araújo
Agência Câmara Notícias'


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