Já foram vacinadas 41,9 milhões de
pessoas em todo o país. A vacina é segura e considerada uma das medidas mais
eficazes na prevenção de casos graves por gripe.
Balanço do Ministério da Saúde,
divulgado nesta segunda-feira (29), mostra que mais de 41,9 milhões de pessoas
já se vacinaram contra a gripe neste ano. O quantitativo representa 84,3% do
público-alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas consideradas com mais riscos
de desenvolver complicações causadas pela doença. A campanha nacional foi
iniciada no dia 04 de maio em todo o país e prorrogada pelo Ministério da Saúde
no dia 05 de junho.
Mais de 60% dos estados brasileiros
atingiram a meta até o momento. Ao todo, 16 estados e o Distrito Federal já
vacinaram mais de 80% do público-alvo. No Amapá foram 91,5%; Espírito Santo
(90,2%); Goiás (89,5%); Paraná (89,2%); Santa Catarina (89%); Distrito Federal
(88,3%); Minas Gerais (87%); Rondônia (86,4%); Maranhão (86,1%); Pará (85,8%);
Amazonas (85,8%); Tocantins (85,4%); Alagoas (85,1%); Rio Grande do Sul (84%);
Paraíba (83,4%); Rio de Janeiro (81,9%); Mato Grosso do Sul (80,8%).
Para a coordenadora do Programa
Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues, o cumprimento
da meta ratifica o sucesso da estratégia utilizada na campanha. “O Brasil está
entre os países que mais ofertam vacinas gratuitamente. Nesta campanha, mais
uma vez, cumprimos o papel de proteger a população”, avalia a coordenadora.
Também foram aplicadas 7,78 milhões
de doses nos grupos de pessoas com comorbidade, população privada de liberdade
e trabalhadores do sistema prisional. Além do público-alvo da campanha,
receberam a vacina outras 559 mil pessoas. Após o encerramento da campanha nacional,
no dia 05 de junho, o Ministério da Saúde recomendou aos estados, que não
atingiram a meta, a continuidade da vacinação. Ficou a cargo dos estados e
municípios, no entanto, avaliar se já tinham sido esgotadas todas as
possibilidades de vacinação dos grupos-alvo. A partir desta análise, os estados
foram orientados a definir o novo público a ser incluído na campanha, de acordo
com as necessidades locais.
Para a campanha deste ano, o
Ministério da Saúde adquiriu 54 milhões de doses. Vale ressaltar que a vacina
da gripe tem duração de um ano, não devendo ser devolvida. A definição dos
grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS),
além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do
comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais
suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
A vacina disponibilizada pelo
Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe
determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Ela é
segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de
complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode
reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a
75% a mortalidade por complicações da influenza.
Como o organismo leva, em média, de
duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe
após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O
período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.
Para receber a dose, é importante
levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com
doenças crônicas, ou com outras condições clínicas especiais, também precisam
apresentar prescrição médica, especificando o motivo da indicação da vacina.
Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema
Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados
para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.
PREVENÇÃO – A
transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias
respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou
espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram
em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério
da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção, tais
como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e
espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.
Em caso de síndrome gripal, a
recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina
contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do
vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente
durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.
Também é importante lembrar que,
mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente
se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar,
imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor
na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas
articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por
mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e
prostração.
REAÇÕES ADVERSAS – Após a
aplicação da vacina pode ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção,
eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas comuns, cujos efeitos
costumam passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com
história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que
tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante
procurar o médico para mais orientações.
Abaixo tabela com doses aplicadas por
UF
Total de doses aplicadas (exceto em
pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do
sistema prisional)
Estado
|
Total – 29 DE JUNHO
|
||
População prioritária
|
Doses aplicadas
|
Cobertura vacinal (%)
|
|
RONDONIA
|
300.828
|
259.999
|
86,43
|
ACRE
|
170.051
|
115.619
|
67,99
|
AMAZONAS
|
857.933
|
735.711
|
85,75
|
RORAIMA
|
146.408
|
104.472
|
71,36
|
PARA
|
1.479.953
|
1.269.639
|
85,79
|
AMAPA
|
138.071
|
126.293
|
91,47
|
TOCANTINS
|
289.772
|
247.443
|
85,39
|
NORTE -
TOTAL
|
3.383.016
|
2.859.176
|
84,52
|
MARANHAO
|
1.384.208
|
1.192.319
|
86,14
|
PIAUI
|
641.840
|
510.799
|
79,58
|
CEARA
|
1.762.872
|
1.341.490
|
76,1
|
RIO
GRANDE DO NORTE
|
666.632
|
525.941
|
78,9
|
PARAIBA
|
850.986
|
709.547
|
83,38
|
PERNAMBUCO
|
1.882.286
|
1.490.654
|
79,19
|
ALAGOAS
|
640.516
|
545.020
|
85,09
|
SERGIPE
|
408.627
|
322.447
|
78,91
|
BAHIA
|
2.899.055
|
2.193.293
|
75,66
|
NORDESTE
- TOTAL
|
11.137.022
|
8.831.510
|
79,3
|
MINAS
GERAIS
|
4.099.373
|
3.567.398
|
87,02
|
ESPIRITO
SANTO
|
716.729
|
646.226
|
90,16
|
RIO DE
JANEIRO
|
3.619.929
|
2.965.505
|
81,92
|
SAO
PAULO
|
8.964.148
|
7.015.658
|
78,26
|
SUDESTE
- TOTAL
|
17.400.179
|
14.194.787
|
81,58
|
PARANA
|
2.231.301
|
1.991.080
|
89,23
|
SANTA
CATARINA
|
1.261.543
|
1.123.095
|
89,03
|
RIO
GRANDE DO SUL
|
2.513.420
|
2.112.307
|
84,04
|
SUL -
TOTAL
|
6.006.264
|
5.226.482
|
87,02
|
MATO
GROSSO DO SUL
|
577.761
|
466.918
|
80,82
|
MATO
GROSSO
|
614.122
|
487.011
|
79,3
|
GOIAS
|
1.207.592
|
1.080.878
|
89,51
|
DISTRITO
FEDERAL
|
498.302
|
439.919
|
88,28
|
CENTRO-OESTE
- TOTAL
|
2.897.777
|
2.474.726
|
85,4
|
TOTAL
|
40.824.258
|
33.586.681
|
82,27
|
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