Pessoas também podem ser acometidas pela doença. Funed é produtora do
soro antirrábico para humanos
A campanha de vacinação em Belo
Horizonte contra raiva em animais será neste sábado, 19. Cães e gatos
devem receber a vacina antirrábica, única forma de proteção da doença. Podem
ser vacinados os animais com mais de três meses de vida que não estejam em
período de gestação e lactação.
Quando o animal é acometido da doença,
ele apresenta mudanças em seu comportamento. Nos cães, por exemplo, há
salivação excessiva, hábito alimentar e latido diferentes, paralisia das patas
traseiras, dentre outras. Já os gatos ficam bastante agressivos, têm falta de
apetite, pupilas dilatadas e costumam dar mordidas no ar.
Humanos também podem ser contaminados
pela raiva. Caso uma pessoa seja mordida,
o recomendado a se fazer, segundo o Ministério da Saúde, é procurar
imediatamente atendimento médico para tomar a vacina. A contaminação não ocorre
somente pela mordida ou arranhão do animal, já que a saliva dele também fica
contaminada. Como é uma doença, quase sempre, fatal, é necessário se prevenir
contra ela. Vacinar anualmente os animais, não mexer com cães e gatos de rua,
principalmente quando estiverem se alimentando ou dormindo, não tocar em
animais silvestres e morcegos, são algumas precauções.
Nos humanos
A Fundação Ezequiel
Dias (Funed) é produtora do soro antirrábico humano (usado em humanos com
finalidade de cura da raiva) desde 1990. A partir do ano de 2013, a produção
passou a ser compartilhada com o Instituto Butantan e o Instituto Vital Brazil.
Nos meses de
julho e agosto de 2015, a Funed repassou ao Ministério da Saúde, por meio
da Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de
Insumos (CENADI), 27.412 ampolas de soro. Segundo cronograma, em janeiro de
2016, serão entregues mais 5.588, fechando um total de 33 mil ampolas.
Outra doença
conhecida por atacar cães, mas que também acomete humanos é a leishmaniose. A
leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose causada por protozoários do gêneroLeishmania e
transmitida aos animais e humanos por insetos flebotomíneos (conhecido como
mosquito-palha). A LV é caracterizada por febre alta, perda substancial de
peso, anemia, hepatomegalia (aumento do fígado) e esplenomegalia (aumento do
baço). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), se deixada sem tratamento,
a forma visceral tem uma taxa de letalidade próxima a 100%. Mundialmente, há
uma estimativa de 400 mil novos casos de LV por ano, sendo que cerca de 97% dos
casos de LV nas Américas ocorre no Brasil.
A OMS relata que nas últimas décadas,
a LV tem passado por um processo de urbanização e os cães são considerados os
principais reservatórios responsáveis pela persistência da doença nas áreas
endêmicas. A Fundação Ezequiel Dias é
referência nacional no diagnóstico da Leishmaniose Visceral, realizando também
o controle de qualidade dos laboratórios da rede de leishmaniose de Minas
Gerais e dos Lacens (Laboratórios Centrais) de outros estados. A Fundação
recebe, em média, 250 amostras por mês para sorologia da Leishmaniose visceral
canina (LVC).
Andreza Pain, chefe
do Serviço de Doenças Parasitárias da Funed informa que Minas Gerais possui várias regiões
endêmicas para a Leishmaniose Visceral Canina e Humana, incluindo a grande BH.
“O Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral em Minas está
estruturado conforme as diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS).
Os pilares deste programa são a vigilância dos casos humanos, o controle
do vetor e do reservatório, bem como ações de educação em saúde”, destaca.
Texto: Junio Santos



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