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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Impasse com PMDB faz Dilma adiar anúncio de reforma ministerial

O Palácio do Planalto anunciou, minutos antes da viagem da Presidenta, o adiamento para a semana que vem do anúncio da reforma administrativa, previsto para essa semana, depois que um impasse com o PMDB da Câmara impediu que a presidente Dilma Rousseff fechasse a redistribuição dos ministérios.

Em nota, o governo informou que a presidente está fazendo um “proveitoso diálogo” com os partidos aliados e que lideranças pediram o adiamento “para que mais consultas possam ser realizadas”. 

No dia 15 deste mês, depois de uma cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma havia prometido que entregaria a reforma até esta semana, antes de embarcar para Nova York, onde participa da abertura da 70ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O desenho das mudanças administrativas estava basicamente fechado até começar a crise com o PMDB, maior aliado e partido do vice-presidente da República Michel Temer.

Dilma procurou o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e ofereceu duas vagas: Saúde e um outro ministério que, no entendimento do governo, seria a manutenção do Turismo com Henrique Eduardo Alves.

Duas outras pastas ficariam com a bancada do partido no Senado e uma quinta, o Ministério da Infraestrutura, que uniria Aviação Civil e Portos, seria entregue a Eliseu Padilha, homem de confiança de Temer e com quem a presidente tem um bom relacionamento.

© REUTERS/Ueslei Marcelino Presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto
No entanto, Picciani reivindicou não apenas a Saúde, mas a pasta de Infraestrutura a ser criada.
Ao ser informado que a presidente planejava manter Portos e Aviação Civil separados para contemplar o filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), Helder, que perderia o Ministério da Pesca, o líder do PMDB ameaçou reunir a bancada e retirar o apoio se os deputados não recebessem outro ministério, já que Alves, apesar de ter apoio de boa parte dos deputados peemedebistas, não é do grupo de Picciani, explicou à Reuters uma fonte ligada ao partido.
Na noite de quarta-feira, depois de uma longa sessão de reuniões na Vice-Presidência, parte do PMDB mais próxima a Temer havia fechado questão nos nomes atuais.

Em vez de cinco, o partido ficaria com seis ministérios, como o próprio vice-presidente chegou a confirmar, mantendo assim o mesmo número de ministérios que tem atualmente.
Os titulares de Turismo e Saúde seriam indicados pela Câmara, as pastas de Agricultura, com a atual ministra Kátia Abreu, e Minas e Energia, que se manteria com Eduardo Braga, seriam da bancada no Senado, além de Aviação Civil e Portos.

De acordo com fontes ligadas a Temer, o vice-presidente chegou a considerar pacificada a distribuição de cargos. Hoje, no final da manhã, depois de receber o recado de Picciani, Dilma chamou Temer para informá-lo que, devido ao impasse e a necessidade de conversar mais com o PMDB, o anúncio da reforma será feito apenas na semana que vem.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu, Maria Carolina Marcello e Leonardo Goy; Edição de Maria Pia Palermo e Eduardo Simões



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