Waldemir Barreto/Agência Senado
A senadora Ângela Portela (PT-RR) alertou hoje (28) em Plenário que o Brasil precisa de ações preventivas e educativas para dar visibilidade ao tratamento dos cânceres de mama e de colo do útero. Seu pronunciamento foi feito após participar de debate realizado nesta quarta-feira na Comissão de Assuntos Sociais.
A senadora lembrou que o câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas aumenta muito entre as mulheres após os 50 anos. Em 2013, houve 14.388 mortes por conta da doença e este ano o Ministério da Saúde prevê 57.120 novos casos. Já o câncer de colo do útero causou a 5.340 brasileiras em 2014.
Ângela destacou que o Brasil avançou no diagnóstico dessas doenças, mas que o país precisa garantir às mulheres de todo o país o acesso aos exames preventivos, como o papanicolau e a mamografia, já que o diagnóstico precoce e a prevenção aumentam as chances de cura. Ela lamentou que muitas mulheres tenham que esperar até seis meses pelo exame de mamografia, por exemplo.
- É preciso que a gente esteja atento essa questão. Não podemos deixar que nossas mulheres que precisam de tratamento preventivo morram sem o diagnóstico precoce que dá possibilidade de viver muito mais e até de cura. Um relevante estudo da Suécia, com 133 mulheres durante quase três décadas, mostrou que a mamografia regular pode reduzir em 30% as mortes por câncer de mama - ressaltou.
Após observar que seu estado, Roraima, tem um elevado índice de câncer de mama, com 21,8 casos em cada grupo de 100 mil mulheres, a senadora lamentou que a estrutura estadual destinada ao tratamento do câncer seja insuficiente para atender a necessidade dos roraimenses.
Durante seu discurso, a parlamentar ainda saudou o Dia do Servidor Público, comemorado hoje. “Sem os servidores, as instituições não funcionariam”, observou.
Agência Senado
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