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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Produto natural capaz de combater o mosquito



Inovação e consciência ambiental são palavras que marcam o estudo sobre óleos essenciais para o combate do Aedes aegypti

Já imaginou utilizar orégano e cravo da índia no combate ao mosquito da dengue? A pesquisadora da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Alzira Batista Cecílio, está desenvolvendo um estudo, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), que propõe o uso de óleos feitos a partir de dez plantas naturais como larvicida. Na atual fase do projeto, o orégano e o cravo da Índia são as plantas que possuem mais enfoque por terem resultados já comprovados, com 100% de eficácia na eliminação das larvas em até 24h após a aplicação do produto.

Para a produção do larvicida, é necessária a extração do óleo das plantas, no qual estão substâncias que são essenciais para o combate do Aedes. “Sabe-se que no óleo retirado do orégano a substância que prevalece é o carvacol e no cravo é o eugenol. O que estamos fazendo é um estudo para saber a composição química desses óleos, para depois adicionar substâncias que possam estabilizar o produto em ambiente externo”, explica Alzira.

Além do aumento dos casos de dengue a cada ano, a pesquisadora esclarece sobre as principais motivações do projeto. Segundo ela, houve uma preocupação em fazer um produto natural, pois aqueles presentes no mercado são sintéticos e contaminam o meio ambiente. “Nosso larvicida é natural, além de ser degradado mais rapidamente. Isso nos motiva a pesquisar produtos desse tipo, que possam causar o mínimo de impacto ambiental”, afirma. Alzira complementa que, além da perspectiva ambiental, a partir da criação do produto espera-se que o cidadão tenha mais responsabilidade no combate ao mosquito. “É necessário alertar que o combate aos focos precisa ser constante. O produto deve ser tido como um auxiliar, caso contrário, qualquer ação que seja feita a respeito será inválida”, salienta.

Quanto às perspectivas da disponibilidade do larvicida no mercado, Alzira é positiva. “Estamos na fase de finalização do produto para patenteá-lo. Esperamos que até o final desse semestre possamos ter finalizado esse processo”, finaliza.

Assessoria de Comunicação Social
(31) 3314-4577

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