Para marcar o Dia Mundial da
Saúde, a Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização
Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil apresentou nesta quinta-feira (7), uma
panorama da diabetes no mundo. A doença está crescendo em todo o mundo e é agora
mais comum nos países em desenvolvimento. O número de pessoas vivendo com
diabetes quase quadruplicou em 24 anos. Estima-se que 422 milhões de adultos no
mundo (8,5% da população) viviam com diabetes em 2014. Em 1980, havia 108
milhões (4,7%).
As principais complicações que
podem estar relacionadas à diabetes são cegueira, insuficiência renal,
amputação de membros inferiores e outras consequências em longo prazo que
impactam significativamente na qualidade de vida.
De acordo com o Representante
da OPAS/OMS no Brasil, Joaquín Molina, para prevenir mortes e complicações
causadas por essa doença é necessário disponibilizar serviços de saúde
acessíveis com equipamentos para diagnóstico e monitoramento; educar o paciente
para promover uma dieta saudável, atividade física e autocuidado; dar acesso a
medicamentos essenciais para o controle da diabetes, como a insulina; checar
regularmente possíveis complicações e realizar tratamento precoce.
“A OPAS/OMS pede aos governos
e Estados dos países que garantam o acesso a medicamentos e tecnologias
essenciais para a diabetes, mesmo que ainda inadequado em países de renda média
e baixa, onde muitas das pessoas com diabetes vivem. No caso do Brasil, essa
garantia de acesso ao atendimento da saúde é explícita através do SUS para
todos seus cidadãos, e está funcionando. O Programa Mais Médicos tem inúmeros
exemplos de boas práticas e sucesso na luta contra a diabetes e outras doenças
crônicas”, afirmou Molina.
Na ocasião, o Ministério da
Saúde brasileiro apresentou a pesquisa Vigitel 2015 (Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que aponta
que um em cada cinco brasileiros consome doces em excesso, cinco vezes ou mais
na semana. O índice é ainda maior entre os jovens: 28,5% da população de 18 a
24 anos possui alimentação com excesso de açúcar. Nessa faixa etária, 30%
também costuma beber refrigerantes diariamente. O Vigitel monitora fatores de
risco para doenças crônicas, atualmente responsáveis por 72% dos óbitos no país.
Foram entrevistados por telefone 54 mil adultos (18 anos ou mais) que vivem nas
capitais brasileiras.
O Ministério da Saúde também
lançou o Manual do Pé Diabético para orientar profissionais de saúde na
assistência ao paciente. Cerca de 20% das internações por essa doença se devem
a lesões nos membros inferiores e 85% das amputações não traumáticas são
precedidas de feridas.
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