Paraná, São
Paulo, Amapá, Espírito Santo e DF já atingiram a meta de 80%; campanha termina
nesta sexta-feira (20)
A campanha nacional contra a
influenza já vacinou 35,4 milhões de brasileiros em todo o País. O número
representa 71% do público-alvo, formado por 49,8 milhões de pessoas
consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe. A meta é vacinar, no
mínimo, 80% desse público, até esta sexta-feira (20), quando termina a
campanha. Quatro Estados e o Distrito Federal alcançaram suas metas de
vacinação contra a gripe.
De acordo com o balanço, os
Estados do Paraná (85,2%), São Paulo (85%), Amapá (81,7%), Espírito Santo
(81,2%) e o Distrito Federal (80,9%) já atingiram a meta de vacinação para este
ano. Outros quatro Estados alcançaram boa cobertura vacinal até o momento:
Santa Catarina (79,1%), Rondônia (77,1%), Rio Grande do Sul (76,5%) e Goiás (74%).
O desempenho foi possível porque o Ministério da Saúde iniciou o envio das
vacinas no dia 1º de abril, o que possibilitou a antecipação da vacinação em
vários Estados. Cem por cento das doses já foram enviadas aos Estados, que, por
sua vez, têm a responsabilidade de encaminhá-las aos municípios.
“As pessoas integrantes do
grupo prioritário têm até esta sexta-feira para comparecer aos postos de saúde
e receberem a vacina. É importante reforçar a importância da vacinação às
gestantes para garantir a sua proteção e a saúde do seu bebê”, alerta o
secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi. O
secretário lembrou que o grupo das gestantes é o que apresentou menor adesão à
campanha até o momento, com menos de 60%. A vacina, disponibilizada pelo
Ministério da Saúde, protege contra os três subtipos do vírus da gripe
determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1,
A/H3N2 e Influenza B).
Até o momento, a Região Sul
apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a
influenza, com 80,1%, seguida pelas regiões Sudeste (76,2%); Centro-Oeste
(67%); Norte (63,8%) e Nordeste (58,4%). Dentre os grupos prioritários para a
vacinação, os trabalhadores de saúde apresentam, até o momento, a maior cobertura,
com 3,5 milhões de doses aplicadas, o que representa 86,5% dos profissionais a
serem vacinados. Em seguida estão as puérperas, com 291.203 vacinadas (79,4%);
15,2 milhões de idosos (72,9%); crianças de seis meses a menores de cinco anos
(quatro anos, 11 meses e 29 dias), com 8,5 milhões de vacinados (66,5%); e 1,3
milhão de gestantes (56,6%).
Com 241,7 mil doses aplicadas,
38,8% dos indígenas já foram vacinados. Como a vacinação desse grupo é
realizada em áreas remotas, a atualização dos dados segue outra dinâmica.
Também foram aplicadas 6,4 milhões de doses nos grupos de pessoas com
comorbidade; população privada de liberdade e trabalhadores do sistema
prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, o que inclui
pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo
não há meta específica de vacinação.
“Em todo o País, 22 Estados da
Federação puderam adiantar suas vacinações, o que permitiu a alta cobertura
vacinal alcançada até este momento. A vacina é segura e evita complicações e
até a morte pela doença”, explicou o secretário Nardi, reforçando que agora é a
hora de se vacinar e se proteger no inverno. “Após a vacinação, o corpo leva
duas a três semanas para gerar os anticorpos necessários para a proteção”,
alertou o secretário.
A escolha dos grupos
prioritários segue recomendação da OMS. Essa definição também é respaldada por
estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções
respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados
os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Estudos
demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de
hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da
influenza.
Doses
Na última sexta-feira (13), o
Ministério da Saúde finalizou o envio de doses da vacina contra a influenza aos
Estados. No total, foram disponibilizadas 54 milhões de doses da vacina para
imunizar as 49,8 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo da
campanha. O excedente, que neste ano é de mais de 4 milhões de doses, é chamado
de reserva técnica e faz parte da estratégia de vacinação. Portanto, o
Ministério da Saúde reafirma que não há falta de vacina e que todo o
público-alvo da campanha será vacinado. Desde o dia 1º de abril, as doses da
vacina estão sendo enviadas, em etapas, aos Estados. A entrega aos municípios,
por sua vez, é responsabilidade dos Estados.
Todos os anos o Ministério da
Saúde recebe a vacina em etapas do laboratório produtor e, à medida em que
chegam as doses, são distribuídas, imediatamente, aos Estados. A partir do
recebimento das vacinas, os Estados podem definir estratégias de contenção,
conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo. A Campanha
acontece em todo o País até o dia 20 de maio.
Casos
Neste ano, até 9 de maio,
foram registrados 2.808 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Desse
total, 2.375 por influenza A (H1N1), sendo 470 óbitos, com registro de um caso
importado (o vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim
Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde.
O Brasil possui uma rede de
unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de
saúde de todas as unidades federadas do País, que monitoram a circulação do
vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome
respiratória aguda grave (SRAG).
A Região Sudeste concentra o
maior número de casos (1.381) influenza A H1N1, sendo 1.209 no Estado de São
Paulo. Outros Estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul
(198); Paraná (165); Goiás (153); Santa Catarina (102); Pará (101); Rio de
Janeiro (70); Bahia (67); Distrito Federal (63); Paraíba (12); Alagoas (12);
Rio Grande do Norte (11); Mato Grosso (7); Amapá (2); Rondônia (1); Roraima
(1); Maranhão (1); Piauí (1) e Sergipe (1).
Com relação ao número de
óbitos, São Paulo registrou 223, seguido por Rio Grande do Sul (39); Goiás
(26); Paraná (24); Rio de Janeiro (23); Santa Catarina (21); Pará (16); Bahia
(15); Minas Gerais (14); Espírito Santo (14); Pernambuco (10); Mato Grosso do
Sul (9); Paraíba (8); Ceará(6); Distrito Federal (6); Rio Grande do Norte (5);
Mato Grosso (4); Alagoas (2); Amapá (2) e Maranhão (1).
Fonte: Portal Brasil, com
informações do Ministério da Saúde



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