Convênio entre laboratório público baiano e Cristália prevê construção
de unidade de produção de fármacos para combate a tumores e à anemia falciforme
O laboratório
público Bahiafarma e o laboratório Cristália assinaram, nesta segunda-feira
(22), o memorando de entendimentos para a construção, em Vitória da Conquista,
de uma unidade de produção de medicamentos. Sairão da fábrica, que passará a
ser a subsidiária da Bahiafarma na cidade, fármacos para tratamento de tumores
(tamoxifeno e capecitabina) e da doença falciforme (hidroxiureia), a fim de
atender à demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o País. Também está
prevista a exportação desses medicamentos para a América Latina. Estima-se que
sejam criados 300 postos de trabalho diretos na unidade.
“A subsidiária da
Bahiafarma solucionará definitivamente a demanda dos pacientes com anemia
falciforme, visto que o mercado brasileiro sofre com irregularidade no
abastecimento do medicamento importado”, afirma o secretário da Saúde da Bahia,
Fábio Vilas-Boas, que participou da cerimônia, também acompanhada pelo
governador Rui Costa.
Vilas-Boas ressalta
que a Bahia registra a maior incidência da doença no Brasil, por se tratar de
uma disfunção que atinge principalmente a população negra. “São mais de 4 mil
pessoas cadastradas na Fundação de Hemoterapia e Hematologia da Bahia (Hemoba)
com a doença, que deve ser diagnosticada logo após o nascimento, por meio do
teste do pezinho”, aponta “Estima-se que a cada 650 nascidos vivos um possui a
doença e traço falciforme.”
O
diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, destaca que a assinatura do
convênio “é mais um passo no processo de expansão da Bahiafarma como um centro
indutor de um pólo industrial farmoquímico e biotecnológico no Estado”. “Além
de representar a ampliação dessa indústria no Estado, a produção desses
medicamentos vai significar, para o SUS, sensível redução de custos para sua
aquisição.”
medicamentos estratégicos
na ultima reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), o
que o coloca como potencial participante do sistema de Parcerias para o
Desenvolvimento Produtivo (PDPs) – acordos de transferência de tecnologia entre
laboratórios privados e públicos – e o qualifica para compra centralizada por
parte do Ministério da Saúde. A Bahiafarma pleiteia que os outros dois
medicamentos também passem a integrar a lista de medicamentos estratégicos.
“Além disso, serão
criados empregos qualificados no interior da Bahiafarma, haverá domínio local
de um processo tecnológico avançado e estratégico e o Estado passará a ter uma
nova e importante fonte de receita, contribuindo, ainda mais, para a
descentralização do Complexo Industrial da Saúde no País”, ressalta Ronaldo
Dias.
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