Novos projetos na área da saúde e novas unidades
no interior do Estado marcaram o ano de 2017 na área industrial do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Neste ano, o instituto assinou Termos de Compromisso com o Ministério da Saúde para fornecer seis novos medicamentos para o Sistema Único de Saúde e ainda consolidou a política de interiorização dos negócios.
no interior do Estado marcaram o ano de 2017 na área industrial do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Neste ano, o instituto assinou Termos de Compromisso com o Ministério da Saúde para fornecer seis novos medicamentos para o Sistema Único de Saúde e ainda consolidou a política de interiorização dos negócios.
Em dezembro, o Ministério da Saúde contratou o Tecpar para
o fornecimento de seis medicamentos usados no tratamento de câncer e de artrite
reumatoide. O ministério definiu que o Tecpar vai abastecer 50% do que é usado
hoje pelo SUS nos medicamentos Bevacizumabe e Infliximabe, 40% do Trastuzumabe,
30% do Adalimumabe e 20% do Etanercepte e do Rituximabe. O Trastuzumabe deve
ser fornecido no início do segundo semestre de 2018 e o Infliximabe no final do
ano que vem – os demais, devido à patente, só serão fornecidos a partir de
2019.
A partir de agora, as etapas previstas no programa de
Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) iniciam com fornecimento de
medicamentos ao SUS e transferência de tecnologia das indústrias farmacêuticas
ao Tecpar. As empresas parceiras para o fornecimento dos produtos são Axis
Biotec e Roche (Trastuzumabe), Orygen e Pfizer (Infliximabe, Rituximabe,
Adalimumabe e Bevacizumabe) e Cristália (Etanercepte).
O programa de busca fortalecer a indústria farmoquímica
brasileira e estimular a produção no Brasil de medicamentos distribuídos pelo
SUS. Segundo o diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, a contratação do
Instituto para ser o fornecedor desses medicamentos é resultado de esforços
iniciados em 2013 para o Tecpar diversificar sua plataforma tecnológica na área
da saúde.
“É importante para o Tecpar, por constituir a nova
plataforma tecnológica de produtos monoclonais do instituto, e ainda para
Sistema Único de Saúde, que será abastecido com produtos estratégicos para o
país por laboratório público”, salienta.
MARINGÁ - A produção dos novos medicamentos para qual o
Tecpar foi escolhido será feita em Maringá, onde o Instituto está instalado há
mais de 30 anos. Na cidade está em construção o Centro de Desenvolvimento e
Produção de Medicamentos Biológicos.
O Tecpar vai construir uma fábrica de finalização de
medicamentos e vacinas, que dará suporte à produção da vacina antirrábica, já
produzida pelo instituto, e aos demais medicamentos biológicos que serão
produzidos. A unidade de fill and finish tem como objetivo realizar a
formulação, envase, embalagem e armazenamento de medicamentos produzidos pelo
instituto. Nos próximos anos, novas plantas biológicas serão instaladas no
local.
PONTA GROSSA - Ainda em 2017, o Tecpar assinou, junto à
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o termo de comodato do
Laboratório de Produção de Medicamentos (Lapmed), unidade do instituto voltada
ao desenvolvimento de pesquisas e produção de medicamentos sintéticos,
localizado no campus Uvaranas da UEPG.
A utilização do espaço no Campus Ponta Grossa,
inicialmente, se dará com atividades de importação e distribuição de
medicamentos, com um laboratório de Controle da Qualidade e de Garantia da
Qualidade. Na sequência será implantada uma fábrica completa para a produção de
medicamentos em pequenos volumes, mas com significativo valor agregado.
ANTIRRÁBICA - Além de novos produtos, o Tecpar continuou
fornecendo para o Ministério da Saúde vacinas que produz há décadas, no Centro
de Desenvolvimento e Produção de Imunobiológicos, no campus CIC, em Curitiba.
Este ano, o Instituto foi contratado para fornecer mais 30 milhões de doses da
vacina para serem utilizadas nas campanhas de vacinação de cães e gatos.