A campanha promete... quem correligionários assim não precisa oposição...
RIBEIRÃO PRETO, SP, 20 de dezembro (Folhapress) - Em evento no qual anunciou a liberação de R$ 41 milhões do Ministério da Saúde para prefeituras da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), apenas um dos 14 prefeitos dos municípios beneficiados prestigiaram o ministro e pré-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha (PT).
Entre os faltosos, sete são de partidos da base de apoio do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que deverá disputar a reeleição: três do PTB e quatro do PSDB.
Outros três prefeitos do PT, de cidades beneficiadas com os recursos, também não compareceram.
Padilha minimizou o esvaziamento da cerimônia. "Não estou preocupado com o ato. Nossa preocupação é com a parceria, o grande envolvimento dos prefeitos. Nossa preocupação é com os recursos chegando nos municípios e nos hospitais", afirmou.
O baixo quórum de prefeitos foi notado pela anfitriã, a prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (PSD), que comentou as ausências com jornalistas após a cerimônia.
Dárcy havia transferido o evento da manhã de hoje da sede da prefeitura para o Theatro Pedro 2º, com medo de que não houvesse espaço no palácio Rio Branco, sede do governo.
A reportagem contou cerca de 80 presentes na plateia, que tem capacidade para 430 pessoas. A assessoria do ministro confirmou que os prefeitos das cidades contempladas foram convidados.
Padilha chegou ao evento acompanhado do empresário Maurilio Biagi Filho, recentemente filiado ao PR e cotado para ocupar o cargo de vice-governador na chapa petista.
O ministro disse que Biagi é uma "pessoa que está preparada para assumir qualquer responsabilidade no país", mas não confirmou se a chapa está definida. "2014 vamos conversar em 2014", disse. O empresário acompanhou ao lado de Padilha a entrevista coletiva do ministro para redes de TV após a cerimônia.
Também acompanharam Padilha no evento o deputado estadual Edinho Silva (PT) e o deputado federal Newton Lima (PT-SP).
Skaf
O deputado estadual Edinho Silva (PT), um dos articuladores da provável aliança com Biagi e o PR, afirmou que o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pré-candidato pelo PMDB. Paulo Skaf comete um "erro primário de política" ao atacar o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
A Fiesp é autora de uma das ações que levou o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) a vetar o aumento do IPTU em São Paulo. A outra ação foi movida pelo PSDB. Skaf tem feito do combate ao aumento de taxas uma de suas bandeiras eleitorais.
A decisão fez Haddad e Skaf protagonizarem uma disputa judicial que levou os dois ao STF (Supremo Tribunal Federal) ontem para conversar com o presidente da corte, Joaquim Barbosa. O caso deverá ser analisado pelo tribunal, após a prefeitura apresentar recurso.
"Ao escolher o Fernando Haddad como adversário ele está escolhendo o PT como adversário", afirmou Edinho. "Penso que ele está errando escolhendo o PT como adversário. Por que independentemente de quem vá ao segundo turno, nós vamos ter que conversar, e ele não deveria estar implodindo pontes", disse.
O deputado afirma que a postura de Skaf não inviabiliza neste momento uma eventual aliança no segundo turno, mas que ela "cria dificuldades" para o eleitor entender a aproximação dos partidos, caso ela ocorra.
O PMDB é o partido do vice-presidente da República, Michel Temer.
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