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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Mercadante pode dar Identidade ao Governo

Na avaliação de Rafael Cortez, cientista político, o petista terá um papel fundamental na Casa Civil porque o governo precisa de um alguém com uma postura mais proativa

A ida do atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para a chefia da Casa Civil, em substituição à ministra Gleisi Hoffmann, vai ajudar o governo da presidente Dilma Rousseff a ter uma figura com personalidade e autoridade política, neste ano em que a titular do Palácio do Planalto precisará estar na campanha pela sua reeleição. "Depois de Dilma, não há ninguém com força política e personalidade capaz de dar ao governo e à Casa Civil uma identidade, sobretudo em ano de corrida eleitoral", destaca o cientista político e professor do Insper Carlos Melo.
Na avaliação de Rafael Cortez, cientista político e analista da Tendências Consultoria Integrada, Mercadante terá um papel fundamental na Casa Civil porque o governo precisa de um alguém com uma postura mais proativa, além de melhorar seu canal de comunicação com vários setores e não apenas com o Congresso Nacional, neste ano de eleições gerais. "Certamente será um nome muito importante e se tiver êxito na missão e Dilma se credenciar para um segundo mandato, terá envergadura para ocupar uma posição de destaque no novo governo."

Indagado sobre a propagada informação de que um dos maiores desejos de Mercadante sempre foi ocupar a pasta da Fazenda, Cortez avalia que, num momento em que Dilma enfrenta o desafio de manter a credibilidade da política econômica e evitar o risco significativo de rebaixamento do rating do Brasil, a percepção do mercado não iria ser alterada apenas com a eventual mudança do titular do Ministério da Fazenda.

Sobre o assunto, Carlos Melo avalia que, apesar de ter afinidade com a economia, Mercadante deverá mesmo cumprir seu papel na Casa Civil, até mesmo porque, se fizer uma boa administração, vai se credenciar para postos mais altos e poderá, dependendo do resultado do pleito deste ano, ser um nome forte para disputar a Presidência da República pelo PT nas eleições gerais de 2018.

Para o especialista em marketing eleitoral Sidney Kuntz, um dos maiores desafios do futuro titular da Casa Civil será justamente driblar a sua postura mais altiva e adotar um perfil conciliador, negociador. "Mesmo no PT, Mercadante enfrenta resistências em razão de seu temperamento. E num posto estratégico como a Casa Civil, deverá exercitar a sua capacidade de articulador." Kuntz concorda com Melo e Cortez que, apesar de ter perdido muito prestígio ao longo do tempo, a Casa Civil ainda é um ministério estratégico que poderá alçar Mercadante a voos mais altos, caso ele faça uma boa gestão num ano em que a articulação política será muito exigida.

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