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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal - Ministro defende o acesso universal e gratuito à Saúde

Durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal, Arthur Chioro ressaltou o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate à desigualdade social

Nesta segunda-feira (26), durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu os princípios de isonomia e universalidade na constituição do Sistema Único de Saúde (SUS). A sessão foi convocada pelo ministro do STF, Dias Tofolli, para debater o Recurso Extraordinário 581488, que propõe a diferença de classe de internamento hospitalar no SUS. Entre outras medidas, a proposta apresenta a possibilidade de usuários do SUS optarem por acomodações e médicos mediante o pagamento destes serviços.

Durante o debate, o ministro da Saúde ressaltou a importância do Sistema Único de Saúde como uma conquista de toda a sociedade brasileira. “Até a criação do SUS, o acesso dos brasileiros a um cuidado em saúde era mediado pela sua condição econômica, de empregabilidade, sua capacidade de consumo. A partir da Constituinte Cidadã, o Brasil assume de forma inequívoca que saúde é um direito de todos e dever do Estado”, disse Chioro.

Atualmente, o SUS atende a 200 milhões de brasileiros, com 1,4 bilhão de consultas médicas, 11,3 milhões de internações e é o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo, representando quase 100% dos procedimentos do país.

O ministro também ressaltou que 50,2 milhões de brasileiros têm acesso a planos de saúde e ainda assim utilizam o serviço público de saúde. Somente de 2011 a 2014, a União arrecadou mais de R$ 322 milhões com o ressarcimento de planos privados para o SUS, representando o dobro do montante da última década. “Temos uma parte da população que tem acesso aos dois sistemas e, portanto, a uma oportunidade de um tratamento diferenciado. Mas essa utilização mista não pode significar privilégios ou dificuldade no acesso para parte da população. A autonomia e liberdade contratual já são garantidas e aplicadas nas normas e legislação vigente no nosso país.”

Por Maressa Ribeiro, da Agência Saúde.

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