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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Anvisa pede aumento de taxas para cobrir despesas

Jaime César defendeu a aprovação de projetos que reforcem a legislação sanitária. Tramitam na Câmara pelo menos 396 proposições sobre o assunto.

Diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmaram, nesta quinta-feira, durante audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família, que a quantidade de trabalho no órgão aumentou 111% no último ano.

Eles cobraram a atualização da legislação sanitária, o aumento nas taxas praticadas e a aprovação de projetos que tramitam na Câmara dos Deputados.

O diretor de gestão institucional da Anvisa, Ivo Bucaresky, reclamou do déficit da agência. “Nós somos deficitários e o SUS [Sistema Único de Saúde] tem que financiar metade da agência, porque nossas taxas estão defasadas. Há 14 anos não há renovação das taxas”, afirmou Bucaresky.

Mas, para o deputado Mandetta (DEM-MS), não há qualquer cabimento em aumentar taxas. Ele propõe a diminuição da burocracia como forma de economizar dinheiro. “Quando se coloca que a saída de qualquer agência ou de qualquer órgão do governo é aumentar taxa, aumentar imposto, para que a burocracia possa funcionar, a primeira coisa é: qual é o custo? O que ela [agência] faz? Enxugue, diminua a burocracia, aumente a performance, para depois conversarmos sobre taxa”, afirmou.

Concurso público
Bucaresky reclamou também da falta de servidores. Segundo ele, apesar do último concurso, que efetivou cerca de 300 servidores, o órgão enfrenta dificuldades na criação de novos cargos. “Há 2.080 servidores no quadro efetivo, atualmente. A lei nos autoriza pouco menos de 1.400 [servidores]. Os demais são de outros órgãos que existiam antes da Anvisa e que foram absorvidos por ela”, explicou Bucaresky.

Para o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), a Casa sempre defenderá o concurso público e disse que o governo federal é responsável por financiar o órgão. “Nós precisamos que o Ministério do Planejamento libere os concursos para nós fortalecermos a agência. Nós precisamos fortalecer o orçamento da agência, porque ela não tem recurso suficiente para tocar as pesquisas, comprar materiais para fortalecer seus laboratórios, fortalecer as parcerias nacionais e internacionais”, disse Gomes de Matos.

Propostas na Câmara
Já o diretor-presidente interino da Anvisa, Jaime César de Moura, defendeu a aprovação de propostas que reforcem a legislação sanitária. Hoje, tramitam na Câmara pelo menos 396 proposições sobre o assunto. “É preciso identificar pontos convergentes nesses projetos para que possamos avançar”, sugeriu Moura.

Segundo o diretor-interino, boa parte da legislação – Decreto-Lei 986/69; e Leis 6360/76 e 6437/77 – da agência está desatualizada. A vinda dos diretores à Câmara, na avaliação de Moura, ajudará a discussão sobre essas propostas avançarem. “A primeira necessidade que a gente tem é a interlocução permanente com atores que são importantes dentro da saúde pública do País: a Câmara está entre eles.”

Reportagem – Thyago Marcel
Edição – Natalia Doederlein – foto - Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Agência Câmara Notícias

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