Videos

Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Romário será relator da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência

O senador Romário (PSB-RJ) será o relator do projeto que cria a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, antes conhecido como Estatuto da Pessoa com Deficiência (SCD04/2015). O texto, de iniciativa do Senado, foi aprovado com modificações na Câmara dos Deputados no início de março e retornou ao Senado há poucos dias para ser revisado. A proposta passará na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), tendo Romário como relator, e de lá, seguirá direto para Plenário.

O anúncio da relatoria foi feito pelo presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), nesta quinta-feira (19), durante o evento de comemoração do Dia Internacional da Síndrome de Down, no auditório Petrônio Portela. Autor do projeto original aprovado no Senado, Paim explicou que, a depender da relatoria de Romário, a proposta pode ser votada na comissão e no Plenário rapidamente.

— Nossa intenção é assegurar que a lei vá à sanção ainda este semestre — afirmou.

Romário, que chorou ao saber que seria o relator da lei, prometeu mexer o mínimo possível no texto e contar com a ajuda da relatora da matéria na Câmara, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), para concluir seu parecer.

— Para mim é um grande começo, é um grande momento na minha vida política. Eu vou, dentro do que eu puder, tentar mexer o mínimo possível para que esse estatuto possa chegar logo ao Plenário. Estamos longe de ter uma política pública ideal para essa parcela da sociedade, mas, a partir desse estatuto, as pessoas com deficiência, com doenças raras, esse segmento da sociedade que é visto de uma forma diferente, principalmente, pelos nossos governantes, vão ter uma qualidade de vida melhor. É o que esperamos — declarou.

Dia Internacional da Síndrome de Down

Como presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), Romário reuniu nesta quinta entidades de deficientes e representantes do governo, da Câmara e do Senado, em um ato comemorativo ao Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março.

O evento contou com a presença do ministro dos Esportes, George Hilton; do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro e vice-presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons; da terceira secretária da Mesa da Câmara, deputada Mara Gabrili e do presidente da recém-criada Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara, deputado Aelton Freitas (PR-MG). Também estavam presentes o presidente da CDH, Paulo Paim, e os senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Hélio José (PSD-DF).

Para o ministro dos Esportes, o papel do governo e do Congresso é o de promover políticas públicas que venham fazer com as pessoas portadoras de deficiência tenham amparo legal para terem uma vida plena e com oportunidades.

— Acredito que vivemos um novo momento nas relações do poder público com as pessoas com deficiência — afirmou Hilton.

Ao longo do ato, crianças e adultos com síndrome de Down fizeram inúmeras apresentações culturais. A APAE-DF participou com a banda “Suzileia e o bando do sertão” e com a companhia teatral Circo de Solinha. A APAE de Goiás apresentou a peça “O príncipe e a rosa”. Houve ainda apresentação de dança cigana do grupo Namastê e uma participação especial de Breno Viola, ator do filme “Colegas”. Breno fez uma exibição de judô com o também judoca Yves Dupont – os dois devem participar das Paralimpíadas no Rio em 2016.

Visivelmente emocionado, na companhia da filha Ivy, Romário afirmou que eventos como esse servem para mostrar à população do que as pessoas com síndrome de Down são capazes – de trabalhar, de praticar esporte, de se expressar por meio da arte.

— Quando falamos de pessoas com necessidades especiais sempre há muito a ser feito. A gente precisa tocar os corações dos brasileiros. Fazer desabrochar esse amor que todos temos guardado deixar de lado o medo, deixar de lado o preconceito, e nos conectar ao nosso lado mais humano. Assumo aqui o compromisso de levar para a comissão de Educação esse debate, para que todas as leis a serem produzidas levem em consideração as pessoas com necessidades especiais e doenças raras. O único limite para alguém com Down é o limite do preconceito — alertou.


Jefferson Rudy/Agência Senado

0 comentários:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.