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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Dilma pede apoio de governadores para barrar matérias no Congresso Encontro dividiu opiniões na Câmara

Pela primeira vez em seu segundo mandato, a presidenta Dilma Rousseff reuniu-se com governadores em Brasília.
Durante a abertura do encontro, a presidente defendeu as medidas adotadas para controlar gastos como forma de atingir o reequilíbrio do orçamento e retomar o crescimento. Dilma também pediu apoio para a aprovação de matérias de interesse do governo que estarão na pauta do Congresso Nacional no segundo semestre, e destacou que a aprovação de alguns projetos em tramitação vão gerar mais despesas e afetar os estados.
"Nós temos consciência de que é importante sempre estabelecer parcerias, cooperações e enfrentar os problemas juntos. Nós queremos construir bases estruturais para um novo ciclo de desenvolvimento do nosso país."
Ichiro Guerra/Presidência da República
A reunião provocou opiniões divergentes na Câmara. O líder do governo, deputado José Guimarães, elogiou a iniciativa da presidente Dilma em chamar os governadores para a conversa. Ele avalia que o encontro contribui para recompor o pacto federativo, garantir a governabilidade e discutir a integração de políticas para o fortalecimento da Federação. Guimarães ressaltou a importância de várias propostas em discussão, como a unificação do ICMS, a compensação para os estados que perderem com fim da guerra fiscal, o Fundo de Desenvolvimento Regional e a repatriação de capitais.
Para o líder do governo, o encontro vai ajudar na aprovação de projetos em tramitação no Congresso que são de interesse do Planalto e na rejeição de propostas que onerem a União, estados e municípios. José Guimarães defendeu a conclusão da votação do ajuste fiscal no Senado e citou outra proposta na lista de prioridades do governo.
"A questão dessa nova proposta de repatriação de capitais, porque o governo precisa fazer caixa. É simples, precisamos de novas receitas para garantir os compromissos sociais e das políticas públicas. Temos que sair dessa agenda negativista que a oposição quer nos envolver e nos meter. Nós temos que pensar o país porque ninguém quer que o Brasil quebre. E o Brasil não vai quebrar porque temos uma economia sólida, O Brasil não é uma republiqueta qualquer que fica a grande mídia criando sensacionalismo de crise. Nós temos que ficar fora desse discurso e os governadores podem contribuir muito nessa nova agenda que estamos construindo para o segundo semestre. Não acredito que o presidente da Câmara vá colocar, como dizem alguns setores da imprensa, essa pauta-bomba. Não interessa a ninguém."
Já o vice-líder do Democratas Pauderney Avelino diz que o encontro com os governadores significa uma tentativa de buscar apoio e dividir responsabilidades. Ele avalia que em relação à pauta, os governadores têm pouco a ajudar.
"Acredito de desmontar a pauta-bomba ou a bomba da pauta e outras questões colocando encargos aos governadores, encargos esses que eles não têm, são da própria Presidência da República, é querer demais. Não tem governador que possa pedir a parlamentares de seus estados que possam colaborar quando nós entendemos que há um movimento nas ruas do Brasil e esses movimentos exigem, sobretudo, o fim da corrupção que se instalou no governo do PT."
Pauderney Avelino acredita que, no segundo semestre legislativo, em razão de novas CPIs, como a do BNDES e dos fundos de pensão, os problemas serão evidenciados. Segundo o deputado, também contribuem para uma situação nada confortável para o governo os 11 pedidos de impeachment contra a presidente da República e a apreciação das contas deste e de outros governos. Pauderney Avelino concluiu que "a pauta da Câmara está recheada e vai trazer muita dificuldade para o governo, independentemente de o presidente da Casa, Eduardo Cunha, ter se declarado como opositor do governo.
Reportagem — Idhelene Macedo


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