Videos

Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Imóveis visitados para combate ao Aedes aegypti ultrapassam 10,9 milhões

Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC), do Governo Federal, registra mais 3,4 milhões de domicílios trabalhados e notificados quando comparado esta semana com a anterior
Cresceu o número de imóveis visitados no Brasil pelos agentes de saúde e militares das Forças Armadas para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e Zika. Foram registradas 3,4 milhões a mais de vistorias que o levantamento da semana anterior. As visitas já superaram 10,9 milhões de domicílios, o que representa 22,2% dos 49,2 milhões previstos, conforme balanço da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) de Enfrentamento à Microcefalia, instituída pelo Governo Federal para o enfrentamento ao Aedes e à microcefalia.
O relatório contabiliza 3.183 municípios visitados, dos 5.570 definidos para serem vistoriados pelas equipes de combate em todo o País. Ao todo, 22 estados e o Distrito Federal registraram cobertura de visitas domiciliares no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Paraíba continua com o maior número percentual de imóveis trabalhados, com 74,6%. Na sequência, aparecem Piauí (56,99%), Sergipe (47,49%) e Rondônia (46,65%) em quantidade de visitas domiciliares.
São Paulo é o estado com mais imóveis visitados, totalizando 2,6 milhões, com 21,6% de cobertura, seguido do Rio de Janeiro, com 1,9 milhão (38,3%) e Minas Gerais, com 1,2 milhão (24%). Os estados do Amazonas, Amapá, Rio Grande do Sul e Roraima não enviaram dados relativos às visitas, até o fechamento do balanço, às 10 horas desta quinta-feira.
Durante as visitas, foram identificados 355 mil imóveis com focos do mosquito, ou seja, 3,25% do total. Além disso, houve a recusa de acesso a 45.719 imóveis. Houve, ainda, 2,7 milhões de domicílios fechados. A meta é reduzirmos esse índice de infestação para menos de 1% de domicílios com foco.
“Esse crescimento do alcance dos domicílios demonstra que está havendo forte comprometimento dos estados e municípios no registro das informações das visitas domiciliares e no combate ao vetor”, destacou o secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira. Segundo o coordenador da Sala Nacional, Marcus Quito o aumento das visitas e a eliminação de focos do mosquito ocorreram por conta da intensificação das ações locais e, também, dos quatro estados que passaram a inserir dados no sistema federal: Alagoas, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências. Desde dezembro, os 266 mil agentes comunitários de saúde reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências. Eles se juntaram aos 6.188 profissionais das equipes de Atenção Domiciliar/Melhor em Casa (SAD) e aos 46 mil agentes de combate às endemias que já realizam o serviço junto à comunidade. Além disso, 3.219 militares das forças armadas estão reforçando, em 19 estados, as ações de eliminação dos focos do mosquito da dengue.
SALA DE SITUAÇÃO - O Governo Federal instalou a Sala Nacional de Coordenação e Controle do Aedes aegypti e para o Enfrentamento à Microcefalia para gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito. A sala faz parte do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, em resposta à declaração Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.
A estratégia do governo federal é intensificar a mobilização nos diversos setores da sociedade. Coordenada pelo Ministério da Saúde, a Sala Nacional é composta pelos ministérios da Integração, da Defesa, do Desenvolvimento Social, da Educação e da Secretaria de Governo da Presidência da República, além de outros órgãos convidados. Todos os estados e o Distrito Federal instalaram suas salas de situação e estão desenvolvendo ações de mobilização e combate ao mosquito.
Com videoconferências semanais com todas as unidades da federação, a sala nacional gerencia e monitora a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito em todo o país. As boas experiências de combate ao Aedes aegypti também são divulgadas.
RECURSOS – Os recursos federais destinados para o combate ao mosquito Aedes aegypti cresceram 39% nos últimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão neste ano. Para 2016, a previsão é de um incremento de R$ 580 milhões, uma vez que o valor chegará a R$ 1,87 bilhão. Também foi aprovado no orçamento um adicional de R$ 500 milhões para o combate ao Aedes. Além das ações de apoio a estados e municípios, a Pasta realiza a aquisição de insumos estratégicos, compra e distribuição de larvicidas, adulticidas (fumacê) e kits de diagnósticos, bem como o pagamento dos agentes de endemias.
MICROCEFALIA - Até o dia 23 de janeiro, foram registrados 4.180 casos suspeitos de microcefalia relacionada com algum agente infeccioso causador de malformação congênita. Estão entre os agentes infecciosos causadores da malformação: Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes Viral e vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) e ocorreram em 830 municípios de 24 unidades da federação.

Nome da UF
População
Domicílios Urbanos
Municípios Total
Municípios com Visitas
Domicílios trabalhados
%Imóveis trabalhados
Total
204.482.459
49.226.767
5.570
3.183
10.935.303
22,21%
Paraíba
3.972.202
829.761
223
211
636.292
76,68%
Piauí
3.204.028
568.312
224
164
326.075
57,38%
Sergipe
2.242.937
441.799
75
65
212.165
48,02%
Rondônia
1.768.204
338.453
52
51
159.243
47,05%
Ceará
8.904.459
1.809.492
184
174
768.372
42,46%
Rio de Janeiro
16.550.024
5.079.579
92
85
1.947.870
38,35%
Mato Grosso do Sul
2.651.235
655.482
79
58
228.778
34,90%
Espírito Santo
3.929.911
928.725
78
56
290.823
31,31%
Acre
803.513
144.543
22
8
43.264
29,93%
Rio Grande do Norte
3.442.175
712.246
167
159
215.861
30,31%
Maranhão
6.904.241
1.073.972
217
128
296.653
27,62%
Minas Gerais
20.869.101
5.187.234
853
712
1.249.418
24,09%
Mato Grosso
3.265.486
755.026
141
73
188.165
24,92%
São Paulo
44.396.484
12.344.236
645
579
2.666.877
21,60%
Tocantins
1.515.126
316.497
139
52
63.573
20,09%
Alagoas
3.340.932
638.112
102
68
121.680
19,07%
Goiás
6.610.681
1.698.379
246
171
303.892
17,89%
Pernambuco
9.345.173
2.091.157
185
15
350.649
16,77%
Bahia
15.203.934
3.035.107
417
174
471.881
15,55%
Distrito Federal
2.914.830
750.633
1
1
90.704
12,08%
Paraná
11.163.018
2.839.072
399
146
179.925
6,34%
Santa Catarina
6.819.190
1.691.851
295
26
97.551
5,77%
Pará
8.206.923
1.320.605
144
7
25.592
1,94%

Por Diogo Caixote, da Agência Saúde 
Atendimento à Imprensa - (61) 3315-3587/3580

0 comentários:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.