O foco da visita foi o
trabalho de diagnóstico das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti
Foto: Brito/Saúde-DF
Representantes da embaixada do Japão conheceram, nesta quinta-feira (14), o Laboratório
Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF). O objetivo da
delegação - composta pelo primeiro secretário, Terutaka Hirose, e pela
conselheira e adida médica, Shino Natori – foi conhecer o funcionamento da
estrutura, em especial, como é feito o diagnóstico das doenças transmitidas
pelo Aedes Aegypti: Dengue, Zika e Chikungunya.
"No nosso país, em razão
do rigoroso inverno, não temos muitos casos autóctones (originários da região)
dessas doenças. A maioria das pessoas já vem com esse diagnóstico. Mas há
muitos japoneses querendo vir para o Brasil por causa das Olimpíadas em 2016,
por isso, estamos coletando informações para orientá-los. A partir desse
trabalho, fomos informados sobre o Lacen e viemos conhecer o seu funcionamento",
disse a médica, Shiho Natori.
A visita, acompanhada pelo
diretor do Lacen, Eduardo Filizzola, foi iniciada pelo Núcleo de Virologia,
ligada à Gerência de Biologia Médica, onde são feitos os exames para
identificar Dengue, Zika e Chikungunya. No local, também são realizados exames
para detecção de febre amarela, hepatites, HIV, rotavírus, rubéola, sarampo,
parvovírus e doenças respiratórias, como a influenza.
A farmacêutica e bioquímica,
Grasiela Araújo da Silva, contabilizou que a equipe chega a realizar, diariamente,
em um aparelho denominado 'termociclador', cerca 90 exames de dengue, zika e
chikungunya, sendo 30 de cada. "Até o quinto dia útil de relatos de
sintomas do paciente, nós realizamos o diagnóstico pela metodologia PCR, que
identifica os antígenos [pesquisa do vírus] e, até o sétimo dia, utilizamos a
metodologia Elisa, que identifica a produção dos anticorpos", explicou
Grasiela, ao informar que o resultado é obtido em até duas horas.
Após conhecer o Núcleo de
Virologia, os japoneses também visitaram a área de microbiologia integrada. O
local é referência no Centro-Oeste em análise de resistência bacteriana, ou
seja, em investigação de bactérias multirresistentes aos medicamentos.
"Esse trabalho é feito
pela biologia molecular, que identifica os genes resistentes das bactérias.
Esse tema tem relevância global, porque as bactérias são constantes causas de
infecções hospitalares, que precisam ser investigadas para sabermos quais delas
são multirresistentes", explicou o farmacêutico e bioquímico, Célio Faria,
profissional considerado uma das referências nacionais no assunto.
O grupo, que agradeceu pela
recepção, também passou por setores como a gerência de medicamentos e
toxicologia, onde são realizadas as testagens de potência dos remédios, e
núcleo de parasitologia e micologia, que identifica parasitas e fungos.
Ailane Silva,
Agência Saúde
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