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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Brasil e Colômbia criam Sala de Coordenação do combate ao Aedes aegypti

Objetivo é possibilitar troca de informações e desenvolvimento de ações conjuntas entre os municípios de fronteira

Dois municípios que estão localizados na região de fronteira entre Brasil e Colômbia ganharam mais um reforço no combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, Chikungunya e vírus Zika. Tabatinga e Leticia terão Sala Binacional de Coordenação e Controle ao Aedes. A ação conjunta permitirá que os dois municípios compartilhem informações epidemiológicas e realizem estratégias comuns de enfrentamento ao mosquito. A Sala terá apoio técnico da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC).

A Sala Binacional iniciará os encontros a partir de junho e contará com três representantes de cada cidade. A Secretaria de Saúde do município de Tabatinga, município brasileiro, cedeu o espaço físico e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS - AM) doou os equipamentos como computadores, freezer e geladeira para estoque das amostras. Os encontros acontecerão em Tabatinga, sempre na última sexta-feira de cada mês.

O objetivo dos dois países é replicar ações exitosas de combate ao mosquito, como por exemplo, as Brigadas contra o Aedes, onde equipes vigilância em saúde treinam representantes da sociedade civil, estudantes, funcionários de empresas públicas e privadas, igrejas e associações comunitárias sobre o ciclo de vida do mosquito, especificidades dos criadouros da região e métodos de prevenção. “Os que são treinados replicam o que aprendem em suas instituições ou comunidades, tornando-se assim multiplicadores de boas práticas”, cita Bernardino Albuquerque, coordenador da Sala Estadual do Amazonas.

INCENTIVO À CRIAÇÃO DE SALAS - O incentivo à criação de unidades regionais e municipais tem sido uma meta perseguida pela Sala Nacional de Combate e Controle, criada no final do ano passado. Marta Damasco, coordenadora nacional da Sala, afirma que o espaço de composição internacional reforçará as atividades já realizadas no lado brasileiro e ampliará a ação de combate. “Quanto mais pessoas envolvidas na luta contra o Aedes aegypti tivermos, mais completo e eficaz será o trabalho”, comemora a coordenadora.

O coordenador da Sala Estadual do Amazonas, Bernardino Albuquerque, ainda enfatiza que a cooperação onde a circulação de pessoas das duas nacionalidades é ação imprescindível para o combate ao mosquito nos dois países. ‘É impossível combater o vetor unilateralmente nesses dois locais onde há casas que possuem o quarto num país e a cozinha em outro. Temos que discutir ações integradas na região e esse local bilateral possibilitará uma maior integração entre os gestores’, ressalta.

VISITAS - Nesse quarto ciclo de enfrentamento ao vetor, iniciado em 1º de maio, as equipes de combate ao Aedes aegypti visitaram 18,3 milhões de imóveis brasileiros até o dia 27, às 10 horas. Foram 15,3 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 3,09 milhão de estabelecimentos que estavam fechados ou houve recusa para acesso. Até o momento, 4.227 dos 5.570 municípios brasileiros registraram as visitas ao Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).

O primeiro ciclo da mobilização, realizado entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso. No segundo, em março, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti alcançaram 34,9 milhões de imóveis brasileiros, sendo 29,2 milhões efetivamente vistoriados. No terceiro ciclo, realizado no mês de abril, foram visitados mais de 28,3 milhões de imóveis nacionais, sendo 23,5 milhões efetivamente vistoriados e 4,7 milhões de estabelecimentos que ou estavam fechados ou houve recusa para acesso.

Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de aproximadamente 5 mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

UF
Municípios com Visitas
% Visitas Realizadas
Total Imóveis Trabalhados
Total Fechados e Recusados
Total
4.227
27,31%
15.227.666
3.098.732
RO
44
29,04%
132.597
5.159
AC
8
25,75%
51.851
3.167
AM
24
15,25%
126.270
8.880
RR
15
46,27%
56.581
5.959
PA
115
29,17%
453.541
83.252
AP

0,00%
0
0
TO
120
67,25%
280.224
20.711
MA
201
50,42%
711.364
33.825
PI
97
20,86%
163.095
12.519
CE
169
32,97%
777.882
44.986
RN
158
34,97%
304.302
56.012
PB
81
20,53%
231.032
10.742
PE
97
8,03%
178.995
48.407
AL
33
6,45%
45.959
11.463
SE
67
51,14%
248.518
64.173
BA
405
35,30%
1.406.925
160.537
MG
727
41,06%
2.480.081
472.170
ES
62
33,45%
345.067
106.165
RJ
77
17,74%
972.711
222.885
SP
612
27,50%
3.281.596
1.208.936
PR
320
22,72%
696.807
151.728
SC

0,00%
0
0
RS
433
19,87%
716.441
105.642
MS
50
21,48%
166.803
24.918
MT
74
7,83%
75.271
6.734
GO
237
62,60%
1.253.680
213.183
DF
1
9,31%
70.073
16.579

Por Juliana Hack, da Agência Saúde

Atendimento à Imprensa - (61) 3315-3587/3

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