O painel internacional
“Desafios enfrentados pelas autoridades reguladoras e esforços para superá-los”
foi a atividade do segundo dia da VIII Reunião das Autoridades Reguladoras
Nacionais de Referencia Regional (ARNr), encontro realizado pela primeira vez no
Brasil, na manhã desta quarta-feira (4/5), no auditório da Anvisa.
As Autoridades Reguladoras
Nacionais de Referência Regional (Arnr), definidas por critérios firmados pela
Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), compõem um bloco formado pela Anvisa,
Health Canada, Confepris (México), Invima (Colômbia), Anmat (Argentina) e
Cecmed (Cuba). O FDA (Estados Unidos) se encontra atualmente em processo de
avaliação pela Opas e, tão logo seja finalizada a avaliação, deixará se ser
observador e passará a integrar a iniciativa.
Nesta oitava reunião da ARNr
foram discutidos, entre outros temas, a elaboração de projetos relacionados às
boas práticas regulatórias, vigilância pós-comercialização e atividades de
fiscalização, autorização, registro e licenciamentos de produtos e
estabelecimentos, dispositivos médicos e relação com outras iniciativas globais
de harmonização e convergência regulatórias para serem implementados dentro da
Rede Pan-Americana de Harmonização Farmacêutica, a Rede Parf/Opas. Além disso
foram discutidos resistência antimicrobiana, desabastecimento de medicamentos e
medicamentos para cuidados paliativos.
No primeiro bloco do painel
internacional, o representante da Opas, Jose Pena, abordou a avaliação de
capacidades como instrumento de cooperação internacional. E Javier Cruz
(Invima) descreveu o esforço do governo da Colômbia para criar uma política
farmacêutica.
“Os preços dos nossos
medicamentos não estavam sujeitos a nenhuma forma de controle”, contou Javier
Cruz. “Custavam três vezes o preço praticado nos países europeus e foi
necessário remover barreiras que impediam a concorrência e fomentavam a
elevação dos preços”.
Ariel Arias, da Health Canada,
disse durante sua apresentação que “agências reguladoras que decidem de forma
diferente, tendo à mão o mesmo pacote de dados, de informação, não cometem
erros, apenas tomam a decisão que melhor se ajusta às variáveis que são a sua
realidade”.
No segundo bloco, o
representante do FDA, Philip Budashewit, falou sobre convergência regulatória.
Como exemplo, ele comparou seu país, os Estados Unidos, ao Canadá. “São
sistemas de saúde muito diferentes, apesar da proximidade geográfica, mas isso
não significa que não possamos caminhar para a convergência em muitos
aspectos”.
Julio Sanchez, da Confepris,
explicou como foi adotada a introdução dos medicamentos genéricos no México, a
partir de uma política deflagrada pelo governo daquele país em 2010, a partir
de uma decisão de sua Suprema Corte em relação ao respeito às patentes. “A
diferença média de preço do genérico em relação ao medicamento de referência
hoje é de 60%, o que tem extraordinário impacto nas compras públicas”.



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