O objetivo da rede é formular
e discutir ações de desenvolvimento tecnológico e pesquisa, combate ao vetor e
assistência à saúde da população
As ações e políticas para o
enfrentamento ao vírus Zika e as doença relacionadas ao vírus contarão com a
colaboração de especialistas. Isso é o que prevê Rede Nacional de Especialistas
em Zika e doenças correlatas – Renezika, criada pelo Ministério da Saúde por
meio da Portaria 1.046/2016, publicada no Diário Oficial da União. Um dos
objetivos da rede é formular e discutir as pesquisas e o desenvolvimento
tecnológico no combate ao mosquito Aedes aegypti, que além de dengue e
Chikungunya, transmite o Zika.
A Renezika será formada por
gestores da saúde, pesquisadores e representantes da sociedade civil, que
ficarão responsáveis por formular e discutir ações e políticas para o
enfrentamento ao Zika e às doenças relacionadas ao vírus. A secretaria
executiva da rede será formada por técnicos das diversas Secretarias do
Ministério da Saúde e ficará responsável pela proposição de eixos de ações
prioritárias para o debate, sistematizar as informações relativas às atividades
do grupo e buscar fontes de financiamento para o desenvolvimento de suas ações.
A expectativa é que os membros
da Rede enriqueçam os debates e decisões para um melhor entendimento das
doenças e aprimoramento da assistência às vítimas do Zika. “A rede facilitará a
integração do Ministério da Saúde com especialistas e instituições que têm
atuação relevante no enfrentamento da infecção pelo Zika, microcefalia e
doenças decorrentes”, afirmou o Ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Também é objetivo da rede,
dentre outros, fortalecer as ações e desenvolvimento de pesquisa de combate ao
vetor e assistência à saúde; estimular o desenvolvimento de estudos sobre o
Zika; municiar o Ministério com informações sobre pesquisas no campo da
vigilância, prevenção e controle do vírus e ajuda na mobilização social,
atenção à saúde e desenvolvimento científico e tecnológico. A rede ainda
contribuirá na elaboração de documentos e protocolos que envolvam o vírus Zika
e outras doenças relacionadas. “A rede é um importante passo na busca por dados
que auxiliem a descoberta sobre as doenças ocasionadas pelo vírus Zika”,
enfatizou Barros.
PESQUISAS – O investimento em
novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e
à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal. A previsão do
Ministério da Saúde é investir um total R$ 258 milhões em pesquisas e no
desenvolvimento de vacinas, soros e testes diagnósticos nos próximos quatro
anos.
Uma nova tecnologia que está
em desenvolvimento é a vacina contra o vírus Zika, resultado da parceria
firmada entre o Instituto Evandro Chagas (PA), do Ministério da Saúde, e a
Universidade Medical Branch do Texas, Estados Unidos. A nova vacina estará
disponível para os testes pré-clínicos (em primatas e camundongos) em novembro.
A vacina deverá ser administrada em dose única e utilizará o vírus Zika
atenuado. Inicialmente, o público-alvo da imunização serão mulheres em idade
fértil.
Também estão previstos
recursos dos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Haverá ainda mais R$ 550 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para o
desenvolvimento, produção e comercialização de tecnologias relacionadas.
Victor Maciel, da Agência
Saúde
Atendimento à Imprensa
(61) 3315-3174 / 3580
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