“Doenças negligenciadas, das necessidades aos cuidados: uma história de luta
pelo acesso à saúde” foi o tema do debate promovido pelo programa Médicos sem
Fronteiras (MSF), na tarde da quarta-feira, dia 31, no auditório Ênio
Cantarelli, do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape) Professor
Luiz Tavares.
Na ocasião, o
Lafepe foi representado pela coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento, Aila
Santana, que falou sobre a estrutura do laboratório pernambucano e a produção
do Benznidazol, usado para o tratamento da doença de Chagas. O Lafepe é o único
laboratório público no mundo a produzir o medicamento, que em junho deste ano
retomou a produção sem restrições.
Dados apresentados pela assessora de doenças emergentes do MSF, Lúcia Brum,
indicam que há, no mundo, 6 milhões de pessoas infectadas
pelo parasita Trypanosoma cruzi, causador da doença de
Chagas. O MSF desenvolve projetos de atenção aos pacientes com a doença de
Chagas desde 1999, tendo atuado em diversos países da América Latina, como
Honduras, Nicarágua, Guatemala, Brasil, Colômbia, Paraguai, e, atualmente,
México e Bolívia. A organização desenvolveu atividades também em países
considerados não endêmicos, como o projeto desenvolvido na Itália para oferecer
atenção médica a imigrantes infectados.
Pernambuco, um dos
estados endêmicos, conta com um programa realizado pela Secretaria Estadual de
Saúde (SES) em parceria com o Ambulatório de Referência do Procape/Universidade
de Pernambuco (UPE). Pioneiro no enfrentamento às enfermidades negligenciadas,
o Programa Sanar desenvolve ações de diagnóstico precoce, tratamento e
educação. Hoje, só no Procape, são tratados cerca de 2 mil pacientes.
Também participaram
do debate o médico Wilson Oliveira Júnior, do Procape e da Casa de Chagas;
Rafaela Demontes, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela
Hanseníase (Morhan); e Alexandre Meneses, da superintendência do Programa
Sanar, desenvolvido pela Secretaria de Saúde de Pernambuco. Profissionais da
área de saúde e pacientes com o Mal de Chagas acompanharam atentos às
discussões.
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