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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Doença de chagas é tema de debate do MSF




            “Doenças negligenciadas, das necessidades aos cuidados: uma história de luta pelo acesso à saúde” foi o tema do debate promovido pelo programa Médicos sem Fronteiras (MSF), na tarde da quarta-feira, dia 31, no auditório Ênio Cantarelli, do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape) Professor Luiz Tavares.

Na ocasião, o Lafepe foi representado pela coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento, Aila Santana, que falou sobre a estrutura do laboratório pernambucano e a produção do Benznidazol, usado para o tratamento da doença de Chagas. O Lafepe é o único laboratório público no mundo a produzir o medicamento, que em junho deste ano retomou a produção sem restrições.

            Dados apresentados pela assessora de doenças emergentes do MSF, Lúcia Brum, indicam que há, no mundo, 6 milhões de pessoas infectadas pelo parasita Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. O MSF desenvolve projetos de atenção aos pacientes com a doença de Chagas desde 1999, tendo atuado em diversos países da América Latina, como Honduras, Nicarágua, Guatemala, Brasil, Colômbia, Paraguai, e, atualmente, México e Bolívia. A organização desenvolveu atividades também em países considerados não endêmicos, como o projeto desenvolvido na Itália para oferecer atenção médica a imigrantes infectados.

Pernambuco, um dos estados endêmicos, conta com um programa realizado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) em parceria com o Ambulatório de Referência do Procape/Universidade de Pernambuco (UPE). Pioneiro no enfrentamento às enfermidades negligenciadas, o Programa Sanar desenvolve ações de diagnóstico precoce, tratamento e educação. Hoje, só no Procape, são tratados cerca de 2 mil pacientes.

Também participaram do debate o médico Wilson Oliveira Júnior, do Procape e da Casa de Chagas; Rafaela Demontes, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan); e Alexandre Meneses, da superintendência do Programa Sanar, desenvolvido pela Secretaria de Saúde de Pernambuco. Profissionais da área de saúde e pacientes com o Mal de Chagas acompanharam atentos às discussões.


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