Quem toma algum medicamento ou
muitos tipos diferentes de uma vez só, deve ficar antento a alguns cuidados
para se manter seguro. Há quem tome um medicamento por dia, uma vez por semana, de seis em seis
horas ou de oito em oito. Muitas vezes, manter tudo isso dentro da ordem pode
ser difícil. Existem vários fatores que interferem no uso de medicamentos e
consequentemente no resultado do tratamento, como por exemplo, esquecer de
tomar, utilizar uma dose maior ou menor, trocar os horários, entre outros motivos.
O Blog da Saúde preparou
algumas dicas simples, mas práticas,
juntamente com a neurogeriatra, Tamara Checcacci, do Hospital Federal do
Lagoa, no Rio de Janeiro, que podem ajudar nesse processo. As dicas podem ser
úteis para idosos, cuidadores e familiares.
Tome o medicamento como
prescrito
Assim como foi prescrito pelo
médico, mantenha as instruções dadas a você.
Não pule e nem acumule doses. Se está com dúvidas sobre o quanto um
medicamento pode fazer bem ou não, converse com um profissional qualificado e
evite ouvir terceiros.
Um medicamento indicado a você
pode não fazer bem a outra pessoa ainda que ela esteja com o mesmo problema.
Evite tomar qualquer medicamento que não
tenha sido prescrito especificamente para você.
Em nenhuma hipótese decida por
si abandonar o tratamento sem acompanhamento e orientação de um
especialista. Ainda que você esteja se
sentindo melhor. “A maioria das doenças
são trataveis e controláveis na medida em que o paciente tenha disciplina e
faça a adesão ao tratamento. No caso da
diabetes, por exemplo, mesmo que o paciente considere que em num momento a
glicemia está normal, deve levar isso ao médico. O diabetes é uma doença
crônica e a melhora é esperada quando o paciente está em tratamento”, informa a
neurologista.
A automedicação é extremamente
perigosa podendo levar desde a piora do quadro de um paciente até consequências
mais graves. “Se o paciente tiver um comprometimento nos rins e não se manter
ao prescrito, ele vai ter uma metabolização e uma eliminação diferente do
medicamento. Isso pode ser um problema”, reforça a médica.
Se o médico te indicou um
medicamento específico, verifique ainda no consultório se é possível tomar um
similar ou mesmo o genérico, se o preço
for atrativo.
Você sabe a diferença entre
medicamento similar e genérico?
É possível encontrar no
mercado medicamentos genéricos e similares. Com relação ao tratamento, não há
diferença no uso de um ou de outro. Entretanto o genérico é um tipo de
medicamento que não possui marca específica; no rótulo contém apenas o
princípio ativo e a embalagem é caracterizada pela letra “G”, abreviação de
genérico. Já os medicamentos similares possuem marca e nome comercial. A
embalagem é caracterizada de acordo com o laboratório que produz.
Mantenha a lista dos medicamentos
visível
Anote o que você está tomando
e quais são os horários de cada medicamento. Mantenha uma lista com você e
outra em casa, a vista de todos.
Atualize a lista a cada consulta ou mudança e inclua também orientações
específicas como “tomar após o café da manhã” ou “30 minutos antes do almoço”.
Sua lista deve incluir o nome
exato do medicamento, se é similar ou genérico. Também anote por que você está
tomando cada medicamento, caso tome mais de um, a dosagem (por exemplo, 300
mg), e quantas vezes você precisa tomar por dia.
Considere dar uma cópia para
um amigo ou um ente querido, que você
confia, para que ele possa te ajudar, especialmente, em caso de emergência ou até mesmo quando
você estiver viajando e por alguma
razão, perdeu as orientações.
Faça o acompanhamento
periódico necessário com seu médico
Não importa se você usa o
medicamento há muito tempo, ou se é recentemente. O acompanhamento de rotina é
necessário. Periodicamente é preciso reavaliar se o medicamento é a melhor
opção para o paciente e rever horários,
a frequência com que o paciente tomará aquele medicamento e a dosagem,
segundo o neurologista com especialização em geriatria, Tamara Checcacci, do
Hospital Federal do Lagoa.
“Essas coisas podem mudar e não quer dizer que, pelo fato do paciente usar aquele tratamento
por um período, vai ser assim pela vida inteira.Quando prescrevo algo e eles me
perguntam se é para a vida inteira,
brinco: Nem o papa é para a vida toda”, a médica explica. Ela acredita
que esse acompanhamento garante a eficácia do tratamento e também a segurança
do próprio paciente.
Esteja ciente das potenciais
interações medicamentosas e efeitos adversos que um medicamento pode trazer
Algumas pessoas são alérgicas
a alguns medicamentos ou a substâncias que o compõem e ainda não conhecem. Se
conhecerem, poderão conseguir gerenciar um possível evento adverso com mais
facilidade.
Ainda que o caso não seja de
alergia, outras situações merecem atenção também, como interações medicamentosas:
Um medicamento interfere na
forma como outro afeta no corpo impedindo que o resultado seja benéfico.
Uma preparação ou suplemento
afeta a ação de um medicamento;
Um alimento ou bebida não
alcoólica reage com o medicamento que você está tomando;
Uma bebida alcoólica interage
com o medicamento.
Você pode descobrir isso caso
aconteça com você, mas não espere o efeito dessas combinações. Saiba mais sobre
possíveis interações e os possíveis efeitos adversos de seus medicamentos, mas
não use a internet para isso. Converse com o médico ou farmacêutico, anote as
dúvidas, faça uma lista e peça informações claras e objetivas sobre o assunto.
Insista sempre para não sair do consultório sem respostas.
Você ainda pode fazer isso
lendo cuidadosamente os rótulos e as informações que acompanham seus
medicamentos prescritos.
fonte: blog da saúde
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