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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Quatro filhotes de corais nascem no serpentário Funed

  
Após aprimorar os métodos de criação de serpentes, a Fundação Ezequiel Dias (Funed), por meio do Serviço de Animais Peçonhentos (SAP), propiciou a eclosão de quatro ovos de corais verdadeiras, da espécie Micrurus frontalis.

Recebida do município de Lagoa Santa, a serpente, que já chegou fecundada na Fundação, passou por uma triagem, de forma que a espécie pudesse ser identificada e encaminhada à quarentena, como explica Rômulo Toledo, chefe do SAP. “Assim que a serpente chega à Funed, fazemos a identificação, biometria (peso, tamanho, sexo, condições de saúde) e a inserimos em um isolamento, com duração mínima de 60 dias. Todo esse processo é feito para que a coral consiga fazer a adaptação do ambiente silvestre para o cativeiro”.

Logo que a serpente fez a postura, os profissionais do SAP montaram uma incubadora para o desenvolvimento dos ovos (1ª foto). “Monitoramos constantemente a temperatura, a umidade da caixa e a ventilação, prevenindo o surgimento de fungos, que podem inviabilizar o desenvolvimento dos embriões”, esclarece Rômulo. Agora que eclodiu, um dos grandes desafios é a alimentação dos filhotes. “Como ainda são muito pequenas, talvez seja necessária a alimentação por sonda ou substrato proteico. Porém, esse é um período decisivo para o crescimento desses animais, já que precisam ganhar peso e são muito sensíveis aos métodos de alimentação forçada”, explica.
Após o nascimento das quatro serpentes, mais de 40 ovos (cobra do milho, cobra verde e jararaquinha de jardim) foram postos e já se encontram em incubadoras similares às desenvolvidas para as corais. A intenção é que estas corais, nascidas em cativeiro, possam contribuir na produção do soro antielapídico, produzido na Funed e utilizado para o tratamento em casos de acidentes com picadas.

Para a produção de soros de diversas espécies, é necessário o cuidado não só com os filhotes, mas também com as serpentes que já são utilizadas na extração do veneno. Segundo Rômulo, mudanças na alimentação, fotoperíodo, substrato das caixas de criação e aumento no intervalo da extração de veneno fez com que o serpentário tenha, além de animais saudáveis, um reconhecimento da excelência dos métodos utilizados durante o trato animal. Em outubro deste ano, Rômulo participou do Simpósio Internacional de Corais Verdadeiras, a convite dos organizadores do evento, para compartilhar as técnicas utilizadas no SAP, que garantem bem estar animal e longevidade às serpentes.

Curiosidades 

Apesar da eclosão de quatro serpentes, apenas três sobreviveram. Uma delas, que nasceu com duas cabeças, morreu pouco tempo depois de eclodir. Segundo Rômulo, isso pode ser justificado por uma anomalia congênita.

Apesar da atipicidade do fato, ele diz que é possível a sobrevivência de uma serpente nessas condições. O que, provavelmente, ocasionou a morte da serpente foi a má formação dos órgãos. “Apenas a cabeça bifurcada externou a anomalia. Pode ser que isso tenha continuidade na parte interna do animal, impossibilitando a sobrevida".

A Coral de duas cabeças será fixada em formol para exposição ao público e possíveis estudos.





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