200 mil casos por ano! Este é o número estimado para a Degeneração Macular Relacionada à Idade, conhecida como DMRI, de acordo com Associação de Pacientes Retina Brasil. Em busca de melhorar a qualidade de vida dos pacientes acometidos por esta doença, a pesquisadora da Fundação Ezequiel Dias – Funed, Dra. Sílvia Ligório Fialho, desenvolveu, em parceria com a Escola de Engenharia e a Faculdade de Farmácia, ambas da UFMG, uma pesquisa cujos resultados ainda são preliminares, mas bastante promissores e visam a obtenção de um medicamento inovador para o país, com tecnologia nacional, que apresente vantagens em relação aos utilizados atualmente para o tratamento da DMRI.
A pesquisa trata de nanofibras poliméricas, que são sistemas de liberação controlada de substâncias bioativas, produzidos utilizando polímeros biodegradáveis sintéticos e naturais e que não necessitam do uso de solvente orgânico durante o processo de preparo. Neste sistema, foi incorporado o anticorpo monoclonal bevacizumabe, que é utilizado frequentemente de forma off-label (para uso diferente daquele indicado na bula), por meio de injeções intravítreas (opção para o tratamento de diversas doenças da retina, com tratamento localizado e concentrado diretamente na região das mesmas).
Nova patente
A pesquisa da Dra. Sílvia teve sua patente depositada, de titularidade da Funed, denominada “DISPOSITIVO DE LIBERAÇÃO OCULAR DE FÁRMACOS COMPOSTO POR NANOFIBRAS POLIMÉRICAS CONTENDO BEVACIZUMABE E PROCESSO DE OBTENÇÃO”. Com este depósito, a Funed completa 31 patentes.
A DMRI
É uma doença crônica e progressiva e principal causa da perda de visão do mundo moderno. As pessoas com DMRI desenvolvem uma diminuição da visão central, que é geralmente usada quando se olha para frente e em tarefas diárias comuns como leitura e dirigir. Em alguns casos, a DMRI progride vagarosamente e as pessoas notam pouca mudança na visão; em outros a doença progride rapidamente e pode levar à perda da visão dos dois olhos. Há duas formas de DMRI: a seca e a exsudativa. A exsudativa é o estágio avançado da doença e geralmente aparece depois da versão seca. Alguns pesquisadores preferem usar o termo atrófica para a seca e neovascular para a exsudativa.
Fonte: retinabrasil.org.br
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