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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Pesquisa coordenada pela Funed investiga potencial tratamento para o câncer e é destaque em publicação internacional



Por Isabela Martins

Um composto produzido em laboratório foi utilizado para eliminar as células tumorais responsáveis por uma das formas mais agressivas do câncer de mama, o triplo negativo, um tipo de tumor agressivo e resistente à quimioterapia.  A revista científica Chemical Biology & Drug Design, destacou a relevância da pesquisa, em sua publicação de julho deste ano.

O estudo tem coordenação e orientação da pesquisadora da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Luciana Silva e autoria de Aline Brito de Lima, cujo trabalho foi realizado durante seu mestrado em Ciências da Saúde, pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). São co-autores do trabalho os pesquisadores Fernando Varotti, Gustavo Viana e Fábio Santos, além das alunas Camila Barbosa e Alessandra Gonçalves, integrantes do Núcleo de Pesquisa em Química Biológica do Campus Centro-Oeste da UFSJ. As moléculas do estudo foram patenteadas, sendo a Funed uma das instituições autoras da patente.

A pesquisa investigou quais os tipos de células do tumor de câncer triplo negativo eram afetados quando tratados com as moléculas análogas de alcaloides marinhos. “Já sabíamos a quantidade de células que morriam, mas queríamos saber quais eram elas”, conta Luciana. “Fizemos um levantamento das características dos tipos celulares apresentados antes e depois do tratamento com as moléculas e vimos que as células com perfil de células tronco do câncer de mama morriam”, explica Aline.

Luciana ressalta que, segundo a literatura, a maioria dos tumores é recidiva, ocasionando o retorno da doença. Esta possibilidade de volta do tumor é dada pelas células tronco do câncer. “As células tronco que todos conhecemos, que apresentam função terapêutica, são diferentes das células tronco do câncer, que neste caso podem provocar o reaparecimento do tumor, devido à sua capacidade de crescimento e retorno. Elas regeneram o tumor e, por geralmente não serem afetadas pelos tratamentos usuais do câncer, ocorre a seleção de um grupo de células muito mais resistente. O tratamento mata as células mais sensíveis do tumor, restando as células troncos do câncer, resistente ao tratamento. São elas que  irão crescer, proliferar e muitas vezes determinar a agressividade do tumor”, esclarece Luciana.

A doença

O tumor de Câncer de Mama Triplo Negativo, de acordo com o Hospital Sírio Libanês, “costuma ser mais agressivo porque existe maior chance de retorno da doença depois de um prévio controle, levando à metástase e a uma sobrevida menor do que os outros tipos de câncer”. As pacientes têm, em média, uma sobrevida de cinco anos.

O Ministério da Saúde estimou que no biênio 2016/2017, fossem registrados 57.960 novos casos de câncer de mama no país. Deste, 11.592, cerca de 20%, serão de triplos-negativos.

Novidade

A pesquisadora Luciana Silva coordena o Serviço de Biologia Celular (SBC) da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Funed, que inovou ao analisar, neste estudo, subpopulações tumorais. “Já temos uma frente de análise gênica e agora estamos entrando numa era de análises de estudos antitumorais, considerando as subpopulações celulares, o que é tendência mundial”, relata Luciana.

Ela complementa, ainda, que “esse tipo de análise, utilizando as subpopulações, é extremamente relevante, visto que trabalhamos com um tumor que é altamente agressivo, com poucas possibilidades de tratamento. Este é o nosso grande desafio”, completa a pesquisadora.

Assessoria de Comunicação Social
(31) 3314-4577

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