O projeto de pesquisadores do
Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas) e do Centro de
Pesquisas René Rachou (CPqRR/ Fiocruz Minas), que utiliza mosquitos no combate
de doenças como dengue, chikungunya e zika, foi o único escolhido, pelo
Ministério da Saúde (MS), como uma das principais novas alternativas para o
controle do Aedes aegypti no Brasil. A metodologia será incorporada, ainda sem
data, nas diretrizes nacionais de controle do vetor.
A escolha do projeto ocorreu
na Reunião Internacional para Implementação de Novas Alternativas para o
Controle do Aedes Aegypti no Brasil, que ocorreu em Brasília, nos dias 17 e 18
de fevereiro. Além da iniciativa das unidades da Fundação, foram apresentados
projetos do Emory University, dos EUAs, do International Atomic Energy Agency,
da Áustria, do QIMR Berghofer Medical Research Institute e da James Cook
University, ambas da Austrália, da Universidade Autonoma de Yucatan, do México,
da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual do Ceará (UFCE).
O projeto consiste em usar
baldes com um pouco de água e suas paredes internas cobertas de um pano preto
aveludado, no qual é aplicado larvicida triturado até a consistência de um pó.
A estrutura cria uma armadilha que permite que as fêmeas sejam atraídas até o
recipiente. "Quando pousam no balde, os mosquitos ficam impregnados com
inseticida e levam para outros criadouros, aumentando assim o combate às
larvas", explicou o diretor da Fiocruz Amazonas e um dos pesquisadores do
projeto, Sérgio Luz.
Segundo o pesquisador, o
método é de extrema importância pois alcança criadouros de difícil acesso.
"Um dos maiores problemas no controle dos mosquitos vetores é que a muito
dos criadouros não são tratados durante as ações de controle, pelo difícil
acesso. Ficamos bastante felizes de terem escolhido o método, pois foi um
projeto que trouxe bastante resultado onde foi implantado", disse Luz.
Na fase inicial do projeto,
que começou em novembro de 2013, no município amazonense de Manacapuru, os
criadouros positivos de larvas nas casas eram presentes em 98% das residências.
Até outubro de 2015, a equipe registrou apenas 2% de casas positivas. Além
disso, as notificações das doenças no município, segundo o subgerente de
Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Mário Fernandes da Silva, em
2015, foram 79. Em 2014, o número chegou a 200. O projeto conta ainda com as
participações dos pesquisadores Fernando Abad-Franch, da Fiocruz Minas, Elvira
Zamora e os técnicos de campo, Ricardo Mota e Sebastião Dias, todos da Fiocruz
Amazonas.
Fonte: Nathane Dovale/ Fiocruz
Amazonas
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