Valdecir Galor/SMCS
O Ministério da Saúde liberou
R$ 4,8 milhões para custear testes rápidos de gravidez por meio do Sistema
Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. O objetivo é reforçar a atenção e o
cuidado com as gestantes que vivem nos 5.509 municípios aderidos à Estratégia
Rede Cegonha. A autorização dos repasses, que serão pagos em parcela única aos
gestores locais está presente na portaria nº 323, já publicada no Diário
Oficial da União.
O teste rápido de gravidez é
indicado para mulheres adultas, jovens e adolescentes que apresentem atraso
menstrual igual ou superior a sete dias e estará disponível em todas as
Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país. “O teste pode ser realizado dentro ou
fora da unidade de saúde e, caso a pessoa deseje, um profissional poderá
ajudar. O objetivo é respeitar o direito de autonomia e sigilo da mulher, além
de fornecer as orientações e apoio necessários antes e depois do teste”,
explica a coordenadora-geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Maria
Esther Vilela.
Com os resultados do teste, os
profissionais de saúde podem detectar precocemente a gravidez para início do
pré-natal em tempo oportuno, identificar situações para uso de anticoncepção de
emergência (caso tenha havido relação desprotegida em até cinco dias), orientar
sobre o planejamento reprodutivo e acolher as mulheres adultas, jovens,
adolescentes e casais que estão em situação de gravidez indesejada. Além disso,
é um bom momento para detectar gestação de risco, identificar situações de
exposição a infecções sexualmente transmissíveis, HIV e hepatites virais e
também para oferecer testes rápidos de HIV e sífilis à mulher e ao parceiro.
Zika vírus
Em função dos casos de
microcefalia associados ao zika vírus, o Ministério da Saúde reforça, com os
testes rápidos, a importância do diagnóstico precoce de gravidez e as ações de
planejamento reprodutivo com o devido acompanhamento pré-natal, essencial para
a qualidade de vida da mãe e da criança.
“Iniciar o pré-natal no
primeiro trimestre da gestação, de preferência até a 12ª semana, é fundamental
para identificar os fatores de risco para favorecer as ações e intervenções
adequadas que evitam complicações e protegem a saúde da mulher e da criança
neste momento”, destaca o Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde,
Alberto Beltrame.
No pré-natal, são oferecidos
todos os exames, vacinas e acompanhamentos necessários para uma boa gestação,
além de ser o momento ideal para investigar sinais de infecção pelo zika vírus
e outras doenças, com os devidos registros na Caderneta da Gestante e no
prontuário médico.
No fim de fevereiro, o
Ministério da Saúde lançou a nova Caderneta da Gestante, instrumento de
acompanhamento do pré-natal dirigido aos profissionais de saúde e mulheres
gestantes que usam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento
inclui um cartão de acompanhamento do pré-natal para registrar as consultas
clínicas e odontológicas, os resultados dos exames e vacinas, entre outras
informações.
Nesta edição, a caderneta
traz, entre outras novidades, informações sobre prevenção e proteção contra o
mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika. Estão sendo
investidos R$ 3,7 milhões para a impressão de 3,2 milhões de cadernetas e
fichas perinatais, instrumento de registro do pré-natal que será anexado ao
prontuário da gestante e servirá como espelho da caderneta.
O documento contempla as
diretrizes de boas práticas na assistência ao pré-natal, parto e nascimento e
as propostas da Estratégia Rede Cegonha, devidamente alinhadas à Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Trata-se de um instrumento
interativo, que contém espaços para a gestante e seu/sua parceiro/a fazerem
anotações e registrarem impressões sobre o momento que estão vivendo, além de
ajudar a esclarecer as dúvidas mais frequentes.
Na nova caderneta, os
profissionais de saúde podem registrar todos os dados das consultas e
informações clínicas da gestante, e será disponibilizada em todos os serviços
de saúde que realizam pré-natal pelo SUS no Brasil. Para as gestantes e seus
familiares, trata-se de um documento útil, uma vez que traz orientações sobre
como será o acompanhamento pré-natal, informações importantes sobre os cuidados
na gestação, sinais de trabalho de parto, fisiologia do parto humanizado e
cuidados com o puerpério (período de 42 dias após o parto) e amamentação.
Rede Cegonha
A Rede Cegonha, estratégia
lançada em 2011 pelo governo federal para proporcionar às mulheres saúde,
qualidade de vida e bem estar durante a gestação, parto, pós-parto e o
desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida, tem como
objetivo reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos
sexuais e reprodutivos de mulheres,
jovens e adolescentes com a participação de seus parceiros.
A iniciativa qualifica os
serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no planejamento familiar,
na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério, além de
contribuir para a redução das taxas de mortalidade materna e neonatal. Atualmente,
a Rede Cegonha desenvolve ações em 5.509 municípios, alcançando mais de 2,6
milhões de gestantes.
Fonte: Portal Brasil com
informações do Ministério da Saúde
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