O Instituto de Tecnologia
do Paraná (Tecpar) realizou a defesa oral no Ministério da Saúde, nesta
terça-feira (26), de sete novas propostas de Parcerias para o Desenvolvimento
Produtivo (PDP) para fornecer novos produtos para o Sistema Único de Saúde
(SUS), em resposta à Portaria 704/17. Dos sete projetos, quatro são de
biológicos e três de medicamentos sintéticos.
Dentro do Complexo
Econômico Industrial da Saúde, o Tecpar já tem projetos para fornecer seis
medicamentos biológicos estratégicos para o SUS, até então importados:
Trastuzumabe, Infliximabe, Rituximabe, Adalimumabe, Bevacizumabe e Etarnecepte
– os medicamentos são usados no tratamento de diversos tipos de câncer e para
artrite reumatoide, constituindo a plataforma tecnológica de produtos
monoclonais do Tecpar.
Agora, dos novos
produtos, em três o Tecpar defendeu propostas sem concorrentes: o Imiglucerase,
para tratamento de Doença de Gaucher, doença genética rara; o Betagalsidase,
para o tratamento de Doença de Fabry, distúrbio hereditário raro; e um projeto
de hemoderivados, para fornecer produtos usados para o tratamento de hemofilia,
com o Concentrado de Fator de Coagulação (Fatores I, IX, VII recombinante, VIII
associado a Fator de Willebrand, VIII plasmático e XIII).
Nos demais produtos, o
Tecpar concorre com outros laboratórios públicos nacionais: o Erlotinibe, para
o tratamento de câncer de pulmão; o Everolimo, usado em transplante renal; o
Lenalidomida, para o tratamento de mieloma múltiplo; e ainda uma fatia de 20%
do medicamento usado no tratamento do câncer Adalimumabe, do qual o instituto
já apresentou proposta e foi selecionado para 30% do fornecimento.
A defesa dos projetos é uma
das etapas do processo da política de PDP, que visa fortalecer a indústria de
medicamentos brasileira e estimular a produção no Brasil de medicamentos
distribuídos no SUS. “Realizamos uma apresentação técnica ao Ministério da
Saúde, mostrando como se dará a parceria entre o Tecpar e a parceira privada e
ainda como será a transferência de tecnologia, um dos requisitos dos projetos”,
salienta Júlio C. Felix, diretor-presidente do Tecpar.
O resultado dessa etapa
do processo de concorrência deve sair no dia 10 de outubro, durante a reunião
do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis).
Novos produtos
Além das PDP, o Tecpar
atende as Encomendas Tecnológicas, ferramenta do Complexo Econômico Industrial
da Saúde para realizar atividades de desenvolvimento de produtos que envolvam
risco tecnológico ou para a entrada de inovação tecnológica no SUS. Os projetos
em estudo são de plataformas viral, de vacina e de biológicos inovadores para o
tratamento de câncer (em complementaridade aos demais projetos de biológicos já
entregues).
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