A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), por
meio das diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde a respeito das práticas
de controle das epidemias de dengue, zika e chikungunya, está desenvolvendo o
programa de distribuição de Ovitrampas para as regionais de saúde dos
municípios de Minas Gerais.
O Laboratório de Entomologia da Secretaria de Estado de
Saúde, que funciona dentro da Fundação Ezequiel Dias, está produzindo um
material audiovisual que em breve estará disponível. O vídeo tutorial ilustra
os procedimentos de instalação e uso das ovitrampas destinadas aos municípios e
que serão utilizadas pelos agentes de saúde das regionais.
O laboratório da SES opera dentro da Funed no controle e
verificação de doenças endêmicas como leishmaniose, febre maculosa, doença de
Chagas, dengue, dentre outras. A particularidade dessas doenças está nos
vetores como responsáveis pela propagação epidêmica por meio de algumas
espécies de insetos, o objeto de estudo da entomologia. Além disso, Otaviano
Madureira, do laboratório de Entomologia, destaca que o trabalho do laboratório
também envolve o auxílio nos testes de eficácia para o desenvolvimento de novos
inseticidas.
O programa de distribuição compreendido dentro das
diretrizes nacionais do Ministério da Saúde prevê o contato direto com a
população. Depois de realizada a distribuição nas regionais, as Ovitrampas
serão direcionadas pelos agentes de saúde às residências e estabelecimentos
privados dos municípios de Minas incluídos no programa.
Controle vetorial
A Ovitrampa é um dispositivo capaz de ajudar no controle
vetorial, uma ferramenta muito importante já utilizada em alguns lugares do
país e em alguns municípios de Minas. “É uma armadilha de oviposição do gênero
Aedes, e tem como fator primordial evidenciar a amostragem do índice de
infestação do Aedes, sendo um recurso de baixo custo e de grande eficácia no
programa de controle” afirma Giovani Pontel do laboratório de Entomologia.
A partir da Ovitrampa é possível detectar a infestação do
mosquito nas regiões durante praticamente o ano todo. A técnica permite
providenciar um controle mais direcionado para determinas áreas de foco do
Aedes, devido a identificação dos níveis de incidência do mosquito apontados
pelo número de ovos acumulados pela ovitrampa, durante determinado período de
tempo.
Os métodos de atuação são estabelecidos para cada processo
de estágio de vida do mosquito Aedes aegypti, dividido em quatro fases,
começando pelo ovo, depois larva, passando para a pupa e finalmente atingindo o
estágio final, o mosquito. A ovitrampa funciona no controle epidemiológico do
primeiro estágio do ciclo de transmissão da dengue, sendo um recurso capaz de
tomar medidas a partir de dados coletados.
Dessa forma, a ovitrampa funciona como uma suporte
eficiente para a prevenção epidemiológica a partir do seu raio de atuação em
determinadas regiões, e é focada nas práticas de controle do vetor, antes de o
inseto se tonar de fato um agente transmissor de doenças. Essa ferramenta é
fundamental para garantir certa previsibilidade no tocante às ações de
vigilância epidemiológica no combate à dengue.
Faça sua parte
Mesmo com o método de controle vetorial, proporcionado pela
ovitrampa, Viviane Carneiro, referência técnica na SES pelo Programa Estadual
de Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes, destaca o compromisso que as
pessoas precisam manter na própria casa em relação aos métodos de controle
ambiental.
“É necessário que o cidadão faça a sua parte prezando pelos
hábitos capazes de neutralizar os principais focos de infestação do mosquito da
dengue, como vedar devidamente as caixas d’água, fazer a limpeza correta das
calhas de casa, trocar a água dos vasos de plantas, eliminando assim os
criadouros das larvas do inseto, além também do controle químico, quando
utilizamos o inseticida”, destaca Viviane.
Assessoria de Comunicação Social
(31) 3314-4577
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