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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Cepe lança página dedicada à terceira idade

Página vai ter especialistas para comentar os mais variados assuntos dessa área
No dia 4 de novembro, o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento do Instituto Vital Brazil inaugura o Instituto Virtual do Envelhecimento e Saúde do Idoso (Ivesi). O Ivesi é uma página na internet dedicada a temas sobre a terceira idade. O lançamento será realizado em uma cerimônia no auditório do Cepe (Rua Padre Leonel Franca, 248 – Gávea), às 10h.

“O site www.ivesi.org vai funcionar como uma plataforma de notícias que saem na imprensa e outros meios de comunicação sobre temas relacionados à terceira idade. Os temas serão comentados por especialistas da área para tirar dúvidas e explicar em uma linguagem mais simples”, diz Jerson Laks, um dos idealizadores do projeto e subcoordenador técnico do Cepe. O projeto é patrocinado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O envelhecimento populacional é uma realidade mundial, particularmente nos países em desenvolvimento. No Brasil, os idosos já ultrapassam 11% da população total (15% no Rio de Janeiro). Dados contabilizam que, em 2025, esta população ultrapasse os 20%. Este fenômeno é determinado pela diminuição da natalidade, pelo melhor controle de doenças infecciosas em geral e pelo desenvolvimento de práticas preventivas para problemas de saúde em geral. Tudo isto contribui para o progressivo aumento da longevidade.

O Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe) é um projeto da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, gerenciado pelo Instituto Vital Brazil, que tem como objetivo promover o envelhecimento saudável, ser um ambiente de debates e formação voltado para a saúde do idoso com perspectiva de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e realizar avaliação interdisciplinar dos idosos.
​​O Instituto - O Instituto Vital Brazil (www.vitalbrazil.rj.gov.br) é uma instituição de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligado à Secretaria de Estado de Saúde. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros, um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos e produtor de medicamentos estratégicos para o Ministério da Saúde.

Assessoria de Comunicação
Instituto Vital Brazil
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Tel: +55 (21) 2711-9223, ramal 187 / Fax: +55 (21) 2711-9092

Finalidade de obter subsídios, informações, sugestões ou críticas relativas a Regulamentação da lei nº 13003

EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 2,
DE 30 DE OUTUBRO DE 2014
A Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, no uso de suas atribuições previstas no artigo 4° da Lei n° 9.961 de 28 de janeiro de 2000, nos artigos 32, 33 e 35 do Decreto nº 3.327, de 5 de janeiro de 2000, e tendo em vista a decisão proferida ad referendum pelo Diretor-Presidente, com fundamento no artigo 9º da Resolução Normativa-RN nº 242, de 07 de dezembro de 2010, resolve realizar AUDIÊNCIA PÚBLICA nos seguintes termos:

Art. 1° A audiência pública realizar-se-á com a finalidade de obter subsídios, informações, sugestões ou críticas relativas a Regulamentação da lei nº 13003, de junho de 2014.

Art. 2º A audiência pública será realizada no dia 11 de novembro de 2014, às 9:00 hs, no Centro de Convenções SulAmérica, na Av. Paulo de Frontin, 1 - Cidade Nova - Centro - Rio de Janeiro - RJ.

Art. 3º A participação na audiência pública dependerá de prévia inscrição, que poderá ser realizada por meio eletrônico, com envio de e-mail para lei13003@ans.gov.br, com o seguinte assunto: "Audiência pública, Regulamentação da lei nº 13003".

Art. 4º No ato da inscrição, o interessado deverá indicar o nome, CPF, os pontos a defender, criticar ou sugerir, e, quando for o caso, a instituição que representa ou à qual é vinculado.

Art. 5º Os documentos referentes à audiência pública poderão ser obtidos no sítio www.ans.gov.br, no menu Participação da Sociedade, item Audiências Públicas.

Art. 6º Após a realização da audiência pública, o Relatório de Audiência Pública será divulgado na página do sítio da ANS referida no artigo anterior.

Art. 7º As deliberações, opiniões, sugestões, críticas ou informações emitidas na audiência pública terão caráter consultivo e não vinculante, destinando-se a subsidiar a ANS na edição da regulamentação setorial.

ANDRÉ LONGO ARAUJO DE MELO
Diretor-Presidente

RÔMULO HENRIQUE DA CRUZ para compor o Comitê Gestor do Fundo Setorial de Saúde

O MINISTRO DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto no art. 4º da Lei nº 10.332, de 19 de dezembro de 2001, regulamentado pelo Decreto nº 4.143, de 25 de fevereiro de 2002, resolve:

Designa: RÔMULO HENRIQUE DA CRUZ para compor o Comitê Gestor do Fundo Setorial de Saúde, que tem a finalidade de administrar a aplicação dos recursos repassados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT para financiar programas e projetos de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico do setor de Saúde, na condição de representante da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, em substituição a Álvaro Bittencourt Henrique Silva.

"Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas - Carcinoma de Esôfago - CONSULTA PÚBLICA N° 19, DE 30 DE OUTUBRO DE 2014 - SAS/MS

SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
CONSULTA PÚBLICA N° 19, DE 30 DE OUTUBRO DE 2014

O Secretário de Atenção à Saúde torna pública, nos termos do art. 34, inciso II, c/c art. 59 do Decreto nº 4.176, de 28 de março de 2002, minuta de Portaria que aprova, na forma do Anexo, o texto das "Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas - Carcinoma de Esôfago".

O texto em apreço encontra-se disponível no seguinte endereço eletrônico: www.saude.gov.br/sas
A relevância da matéria recomenda a sua ampla divulgação, a fim de que todos possam contribuir para o seu aperfeiçoamento.

Fica estabelecido o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação desta Consulta Pública, para que sejam enviadas contribuições, devidamente fundamentadas, relativas às citadas Diretrizes, para sua posterior aprovação, publicação e entrada em vigor em todo o território nacional.

As contribuições deverão estar fundamentadas em estudos clínicos de Fase III realizados no Brasil ou no Exterior e metaanálises de ensaios clínicos, e ser enviadas, exclusivamente, para o seguinte endereço eletrônico ddt-onco-consulta@saude.gov.br, especificando-se o número da Consulta Pública e o nome das Diretrizes no título da mensagem. Os arquivos dos textos das fontes bibliográficas devem também ser enviados como anexos.

A Assessoria Técnica da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, coordenará a avaliação das proposições recebidas e a elaboração da versão final consolidada das "Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas - Carcinoma de Esôfago" para fins de posterior aprovação, publicação e entrada em vigor em todo o território nacional.

FAUSTO PEREIRA DOS SANTOS

Convite Evento - Lançamento do Livro Ética Concorrencial

http://www.etco.org.br/eventos/2014/Programa-Seminario-Lataxnet-2014.pdf

Sanofi contacted AstraZeneca's Soriot over CEO role: report

According to people close to the matter, Sanofi contacted AstraZeneca CEO Pascal Soriot earlier this year about replacing Chris Viehbacher as chief executive, Bloomberg reported. The sources suggested that Soriot, who previously worked at Aventis, one of Sanofi's predecessor companies, declined the interest.
On Wednesday, Sanofi's board voted unanimously to remove Viehbacher from his position, with chairman Serge Weinberg replacing him on an interim basis (for related analysis, see ViewPoints: Confusion envelops Sanofi). Weinberg, who cited numerous issues, including Viehbacher's management style, as being behind the decision, remarked "we are deeply committed to being an international company. There shouldn’t be any misunderstanding about the issue of the French versus the rest of the world." Weinberg indicated that the search for a successor is set to mainly focus on external candidates.
People suggested that Smith & Nephew CEO Olivier Bohuon may be a candidate for the CEO role at Sanofi, having previously worked at Pierre Fabre, Abbott and GlaxoSmithKline. Sources also named Roch Doliveux, who is set to step down next year as chief executive of UCB, as another possible candidate. Meanwhile, Leerink Partners analyst Seamus Fernandez said former Wyeth CEO Bernard Poussot would be "a strong choice for the role assuming a willingness to exit retirement." Fernandez remarked "identifying a compelling shareholder-friendly but experienced pharmaceutical executive willing to challenge the status quo seems highly unlikely."
Industry commentator Erik Gordon from the University of Michigan suggested that Sanofi's "board will have trouble attracting a world-class drug company CEO," adding "it is unappealing to work for that board and to try to compete globally while being sure to stay French enough for their tastes." For related analysis, seeViewPoints: Where will Sanofi look for its next CEO?
Meanwhile, two people familiar with the situation said that Elias Zerhouni, Sanofi's head of R&D, will stay at the company, Bloomberg reported. One person noted that the executive, who was hired by Viehbacher in 2009, detailed his commitment to the drugmaker and its strategy during an internal management conference call on Wednesday. Another source suggested that Zerhouni is unlikely to leave Sanofi before some of the products he has shepherded, such as the basal insulin Toujeo (insulin glargine), clear regulatory hurdles.
"Sanofi's management remains mobilised to pursue the group's strategy," remarked company spokesman Gregory Miley, adding "no other change to the management team is planned."

(Ref: Bloomberg, Les Echos) - By: Matthew Dennis

Instituto Vital Brazil inaugura projetos sustentáve​is

As novas obras aliam modernidade e sustentabilidade

No mês de novembro, o Instituto Vital Brazil vai inaugurar projetos que aliam modernidade e sustentabilidade. No dia 3, serão inauguradas a nova coelheira, o serpentário e o Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais da Fazenda Vital Brazil. Logo em seguida, no dia 6, será a vez da Central de Utilidades (Ceu) e do Centro Integrado de Resíduos (Cires) localizados na sede do Instituto. Esse projeto tem como proposta uma edificação autossustentável e ecologicamente correta.

A nova coelheira abrigará animais a serem utilizados nos laboratórios experimentais e vem para atender 100% da capacidade do controle de qualidade dos produtos farmacêuticos produzidos pelo Instituto Vital Brazil. Construída nos conceitos de produção integrada e bem-estar animal, priorizará o aproveitamento dos resíduos orgânicos para o equilíbrio do meio ambiente, como explica o Diretor Científico do Instituto, Luís Eduardo da Cunha. “O uso do material orgânico servirá de alimento para peixes e patos do nosso tanque. Esse sistema de coleta de resíduo é uma criação inovadora”.

Também será inaugurado no dia 3 de novembro, o Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais da Fazenda Vital Brazil que foi Estruturado com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) em parceria com Departamento de Produtos Naturais de Farmanguinhos/Fiocruz, o Parque da Vida/Initiare, as Diretorias Industrial e Científica do Vital Brazil. O espaço tem como objetivo apoiar as pesquisas em produtos naturais e fortalecer o complexo produtivo em plantas medicinais e fitoterápicos  no âmbito Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo Leide Ferreira, da Gerência de Fitoterápicos do Instituto Vital Brazil, o laboratório irá contribuir também para a geração de conhecimento. “O Laboratório de pesquisa de produtos naturais poderá ser utilizado pelos alunos da Faculdade de Farmácia da UFF, para as aulas das disciplinas de fitoterapia e de farmacotécnica homeopática. O espaço será utilizado para apoio aos projetos de capacitação e qualificação, para os profissionais técnicos dos projetos de Arranjos Produtivos Locais em Plantas Medicinais e Fitoterápicos contemplados pelos editais do Ministério da Saúde”.

E a sustentabilidade também será a tônica da Central de Utilidades (Ceu) e o Centro Integrado de Resíduos (Cires), que serão inaugurados no dia 6 de novembro, na sede do Instituto. O projeto tem como proposta uma edificação autossustentável e ecologicamente correta com caldeiras, subestação, geradores de energia elétrica, área para higienização e guarda dos contêineres e depósito de material de limpeza e sanitário. O complexo abrigará o Centro Integrado de Resíduos (Cires) que possui telhado com captação de água pluvial e luz solar, e um sistema de segurança com para-raios.

Para esse projeto, o Instituto investiu em compra de novos equipamentos para produção de soro além de modernizar sistemas, implantar novos meios de comunicação (videoconferência) e softwares. Também será iniciado um grupo de trabalho para promover a validação dos sistemas computarizados que tenham impacto nos processos produtivos com vista a alcançar o certificado de Boas Práticas de Fabricação.

O Instituto - O Instituto Vital Brazil (www.vitalbrazil.rj.gov.br) é uma instituição de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligado à Secretaria de Estado de Saúde. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros, um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos e produtor de medicamentos estratégicos para o Ministério da Saúde.

Assessoria de Comunicação
Instituto Vital Brazil
Rua Maestro José Botelho, 64, Vital Brazil, Niterói/RJ – CEP: 24.230-410
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LAB. FARMACÊUTICO DA AERONÁUTICA DEVE PRODUZIR HIDROXIUREIA PARA ANEMIA FALCIFORME

Remédio para anemia falciforme pode acabar, alerta representante de pacientes
Tema foi debatido em audiência pública na Câmara. Ministério da Saúde quer viabilizar produção nacional da hidroxiureia, droga usada no tratamento da doença. Ideia é que o laboratório da Aeronáutica passa a produzir o medicamento.

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Portadora da doença, Maria Zenó destaca: "remédio é fundamental para diminuir internações".
O principal medicamento para atenuar o sofrimento das 40 mil pessoas no Brasil que têm anemia falciforme pode estar em falta em poucos meses. É que a indústria farmacêutica anunciou a indisponibilidade do princípio ativo (hidroxiureia) e a possível suspensão da fabricação do remédio até o fim do ano.
A informação foi prestada nesta quinta-feira (30) pela coordenadora-geral da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal), Maria Zenó, em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
A hidroxiureia é cedida aos pacientes pelas secretarias de saúde e representa um alívio, como explicou Maria Zenó: “Tomo o remédio há 15 anos. Ele é fundamental para diminuir as internações”, disse. A coordenadora-geral demonstrou preocupação com a possibilidade do corte do medicamento.

Características

A anemia falciforme é uma doença hereditária, ou seja, passa dos pais para os filhos. A principal característica é a alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice – daí o nome falciforme.

Com esse formato, os glóbulos vermelhos se agregam e dificultam a circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo, provocando lesões, tendências a infecções, fadiga intensa e, principalmente, dor. Como os portadores estão mais sujeitos a infecções, se não receberem tratamento adequado, podem até morrer, o que já ocorreu com 130 pessoas no Brasil neste ano.

Fabricação no País

Segundo a coordenadora da Política de Doença Falciforme da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Joice Aragão de Jesus, a pasta está tentando uma forma de facilitar o acesso ao medicamento sem depender do fabricante, que é estrangeiro. "Há um processo no ministério de tentar viabilizar a produção nacional de hidroxiureia”, ressaltou. A intenção é que o laboratório da Aeronáutica passe a produzir o medicamento.

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Eleuses Paiva ressaltou a importância do diagnóstico precoce.
O Sistema Único de Saúde (SUS) repassa aos estados, por ano, o valor de compra de 3,5 milhões de comprimidos de hidroxiuréia. Os pacientes, após diagnosticados e cadastrados, pegam o medicamento mensalmente.
No mercado, uma caixa com 100 comprimidos de hidroxiureia custa, em média, R$ 300. O valor pesa no orçamento das famílias, uma vez que muitos parentes de pessoas com a doença são obrigados a viver em função do enfermo. 98% dos doentes falciformes adultos recebem Bolsa Família, segundo informações da federação que reúne as associações de pacientes.

Joice Aragão informou que, até 2015, os hemocentros devem unificar seus cadastros de doentes falciformes em todo o Brasil, o que vai mapear os casos. Dos 27 hemocentros, apenas sete possuem cadastro informatizado. O Ministério da Saúde criou uma ferramenta para padronizar as informações e o próximo passo deve ser a ampliação do banco de dados a outros centros.

Diagnóstico precoce

O autor do requerimento para a realização da audiência, deputado Eleuses Paiva (PSD-SP), destacou a importância do diagnóstico precoce. "Isso é fundamental para conseguir reverter um quadro futuro de anemia falciforme. Estamos chamando pessoas com notório saber na área justamente para poder avançar nessa discussão”, declarou.

Desde 2012, o Ministério da Saúde incluiu na lista de procedimentos pré-natais do SUS um exame chamado “eletroforese de hemoglobina”, que detecta a doença falciforme.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Marcelo Oliveira

Agência Câmara Notícias

Proposta cria lei de responsabilidade sanitária para punir má gestão na saúde

Projeto obriga gestor a cumprir políticas de saúde definidas em um plano plurianual para o setor.

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 7585/14, do Senado, que cria a Lei de Responsabilidade Sanitária (LRS) para punir maus gestores públicos na área da saúde. A punição prevista na proposta vale para presidente, governadores e prefeitos, além dos responsáveis pelos órgãos de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada ente.

O gestor poderá ser punido com a perda do cargo e inabilitação por até cinco anos, de acordo com a Lei dos Crimes de Responsabilidade (1.079/50).

O projeto define como crime de responsabilidade sanitária, por exemplo, deixar de prestar serviço de saúde; transferir recurso do fundo de saúde para outra conta; ou dar informações falsas no relatório de gestão. Caso o gestor deixe de estruturar o fundo de saúde ou não dê condições para funcionamento do conselho de saúde, ele poderá ter multa de 10 a 50 salários mínimos, além de advertência.
O texto altera a Lei 8.080/90, que regula as ações e serviços de saúde em todo o território nacional.

De acordo com o autor do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), a legislação atual não pune o mau gestor. O senador afirma que, atualmente, a única punição é impedir a transferência de recursos do Ministério da Saúde a estados e municípios até a comprovação dos servidos prestados. “Isso não pune o mau gestor, apenas prejudica a execução das políticas de saúde pública e cria transtornos ainda maiores para a população”, argumenta.

Planejamento

A responsabilização do gestor será avaliada se ele deixar de cumprir as políticas de saúde definidas em um plano plurianual para o setor. A proposta determina que os planos de saúde sejam plurianuais com programação anual e definição de metas e recursos financeiros a ser usados.

Os planos devem buscar ampliar o acesso a ações e serviços de saúde, com qualidade e humanização do atendimento; reduzir desigualdades regionais e de riscos à saúde; e aprimorar mecanismos de gestão, financiamento e controle social.

Segundo o projeto, os planos devem ser aprovados pelo conselho de saúde municipal, estadual ou federal e farão parte da lei orçamentária do ente relacionado. Qualquer mudança no plano precisará ser aprovada pelo conselho de saúde e estar de acordo com o orçamento anual. O texto proíbe a transferência de recursos não prevista no plano, exceto em casos de emergência ou calamidade pública.

Comissões
A organização dos gestores em saúde deve ser feita em comissões tripartite, com representação federal, estadual e municipal; ou bipartite, com representantes municipais e estaduais. Essas comissões devem assumir pactos federativos para gestão da saúde, assinados em contratos de ação pública do setor.


O contrato terá eficácia de título executivo extrajudicial e garantirá as obrigações assumidas por cada gestor. “Pela primeira vez na história do País, os acordos de saúde pública terão valor jurídico”, diz Costa.

Relatórios

Entre as responsabilidades do gestor de saúde definidas na proposta estão a estruturação do Fundo de Saúde, a elaboração de relatórios de gestão e a busca pela implementação dos sistemas nacionais de transplantes e de sangue e hemoderivados.

O fundo de saúde receberá todos os recursos para financiamento da área e deverá ter a movimentação financeira acessível ao público e explicada nos relatórios de gestão. O relatório deverá conter balanços financeiros e orçamentários do fundo, comprovar a execução do piso constitucional para o setor e demonstrar se foram executadas as ações previstas e atingidas as metas.

O documento deve ser apresentado pelo gestor para o conselho de saúde até o fim de março do ano seguinte ao da execução dos serviços. A partir daí, o conselho terá 60 dias para emitir parecer que deve ficar disponível na internet para análise da população, do Legislativo, do Ministério Público e do tribunal de contas respectivo. Se houver indícios de infração ou crime, o conselho de saúde e o Sistema Nacional de Auditoria do SUS devem requerer a investigação e punição pela má gestão.

O fundo de saúde deve manter por, pelo menos dez anos, os documentos e dados sob sua responsabilidade.

Ajuste de conduta

O projeto cria a possibilidade de os entes federados celebrarem termo de ajuste de conduta sanitária (Tacs) para corrigir erros de gestão, como a interrupção de planos de gestão da saúde. O instrumento não pode ser usado em casos de desvio de dinheiro ou bens.

Segundo Costa, a medida ajudará a “corrigir rumos e rotinas” de gestão. “Essa medida demonstra que o caráter da proposição não é meramente punitivo”, afirmou.

O termo de ajuste deverá ter plano de trabalho com ações a serem realizadas e metas a alcançar, com definição da fonte de financiamento e dos responsáveis por cada ação.

Caberá ao conselho de saúde avaliar a execução do Tacs. Já o Ministério da Saúde acompanhará a incidência do instrumento para evitar que novos termos de ajustes tenham de ser celebrados.

O projeto revoga a classificação do uso de recursos do SUS como crime de emprego irregular de verbas públicas, com pena de 1 a 3 meses ou multa.

Tramitação

A proposta tramita em regime de prioridade e será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, seguirá para o Plenário.


Íntegra da proposta:
·       PL-7585/2014
 
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli
'Agência Câmara Notícias'

Senado aprova reforço no combate ao câncer de próstata

Moreira Mariz/Agência Senado
O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (30) o PLS 34/2005, do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que fortalece o Programa Nacional de Controle do Câncer de Próstata.
O projeto determina a capacitação de profissionais da saúde na prevenção e detecção do câncer de próstata e altera para 50 anos a idade mínima da população masculina a ser beneficiada com exames de detecção precoce dessa modalidade de câncer. Hoje, a idade mínima é 40 anos.
Em sessão presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e transformada de não-deliberativa em deliberativa especialmente para a votação da proposição, os senadores rejeitaram um substitutivo da Câmara dos Deputados, que incluía outras medidas, e aprovaram o texto original. A votação foi simbólica.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) parabenizou Valadares pela iniciativa. Ela citou estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) a respeito do câncer de próstata no Brasil, que confirmam a relevância do projeto.
Segundo o Inca, neste ano foram registrados 68.800 casos novos de câncer de próstata no país, número que corresponde a 70,42 incidências para cada 100.000 homens.
- Sem considerar os tumores de pele, o câncer de próstata é o maior incidente entre os homens em todas as regiões do país – alertou Ana Amélia.
Dia Nacional de Combate ao Câncer
A senadora também aproveitou para convidar os colegas para sessão especial do Congresso Nacional na próxima segunda-feira (3), às 17h30, que celebrará os 26 anos do Dia Nacional de Combate ao Câncer. A sessão ocorrerá no Plenário do Senado.
A sessão também marca o início da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre o câncer de próstata, que promoverá a iluminação do prédio do Congresso em azul durante todo o mês de novembro.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) deu seu testemunho pessoal a respeito do tema.
- Em 2002 eu fui acometido e precisei extrair a próstata. Felizmente hoje estou muito bem de saúde. Meu pai teve isso quando estava vivo, depois sarou. É um problema muito frequente, e a iniciativa é muito positiva – relatou.
O projeto agora segue para sanção da Presidência da República.
Agência Senado