O Instituto Octávio Magalhães, Laboratório Central de Saúde
Pública do estado de Minas Gerais (Lacen), da Fundação Ezequiel Dias (Funed),
possui um laboratório responsável pelo diagnóstico e vigilância laboratorial de
doenças exantemáticas (entre elas, o sarampo, a rubéola e os diferenciais de
parvovírus B19 e dengue).
De grande importância para o monitoramento da saúde
pública, o diagnóstico precoce dessas doenças proporciona a identificação do
caso para a tomada de ações de bloqueio e controle. Entre as doenças
infecto-contagiosas, está a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), causada pela
rubéola e contraída pela mãe durante a gravidez. Diversas complicações são
desenvolvidas na gestante, principalmente no feto, como malformações congênitas
(surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras).
Já o sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza
viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância.
A viremia, causada pelo contágio, provoca uma vasculite generalizada. Particularmente,
quando contraída em crianças desnutridas e menores de um ano de idade, o quadro
infeccioso torna-se mais propenso para agravamento.
Diagnóstico
De acordo com a bióloga e referência técnica no diagnóstico
de sarampo e rubéola da Funed, Ana Luísa Furtado Cury, o diagnóstico
laboratorial é realizado mediante a detecção de anticorpos IgM e IgG no soro. O
caso suspeito é confirmado ou descartado, de acordo com a interpretação dos
resultados dos exames sorológicos.
A Fundação, por meio do Serviço de Gerenciamento de
Amostras Biológicas (SGAB), recebe amostras dos 853 municípios do estado de
Minas Gerais. Ana Luísa explica que as amostras são conferidas, acondicionadas,
triadas no sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) e só depois deste
processo são encaminhadas ao laboratório para realização dos exames.
Os laudos são liberados através desta plataforma e ficam
disponíveis para o solicitante em tempo real.
Atualmente, são realizados exames de ELISA para detecção de
anticorpos das classes IgM e IgG, tanto para sarampo quanto para rubéola.
Vacinação
A rubéola e a SRC estão oficialmente eliminadas no Brasil e
nos demais países das Américas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS). A vacina é a única medida preventiva e a mais segura, tanto para o
sarampo quanto para a rubéola. Para isso, é importante que o esquema vacinal
esteja completo. A primeira dose da vacina para as duas doenças deve ser
aplicada aos doze e quinze meses de vida. Todas as mulheres e homens até 49 anos
também devem ser vacinados, independentemente de história pregressa da doença.