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Publicado em 28 de jan de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.

Fiocruz Pernambuco promove encontro internacional sobre zika

A Fiocruz Pernambuco reunirá pesquisadores brasileiros e estrangeiros, nos dias 1º e 2 de março, para discutirem aspectos clínicos e epidemiológicos, diagnóstico, vetores e a biologia do vírus zika. O evento A, B, C, D, E do Vírus Zika será promovido no auditório da instituição e transmitido via web. O link estará disponível no site do evento no dia 1º. As inscrições já terminaram.Evento que começa nesta terça-feira (1º/3), em Recife, será transmitido via web. Pesquisadores brasileiros e estrangeiros discutirão aspectos clínicos e epidemiológicos do vírus zika.

O workshop é destinado a especialistas da área e/ou profissionais de serviços de vigilância em saúde e estudantes pós-graduação em temas ligados aos tópicos em discussão. A proposta é realizar um evento de alto nível científico. A comissão organizadora acredita que a reunião de especialistas qualificados dentro de um mesmo espaço permitirá discutir de forma mais abrangente o conhecimento disponível sobre esse patógeno, as principais dúvidas científicas existentes e os encaminhamentos necessários para solucioná-las.


Dos 22 temas que estão em pauta, destacam-se Complicações relacionadas ao zika vírus; Zika congênita: epidemia ou "tsunami sanitário”?; A emergência do zika nos últimos 70 anos; Desafios na pesquisa de arbovírus; Epidemiologia da microcefalia no Brasil; Abordagens para supressão de populações de Aedes aegypti utilizando diferentes métodos de controle e Competência vetorial para zika em culicídeos vetores.

Entre os palestrantes estão a coordenadora do estudo clínico epidemiológico de caso-controle desenvolvido pela Fiocruz Pernambuco, Celina Turchi; o pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha; Marcos da Silva Freire, pesquisador e vice-diretor de desenvolvimento tecnológico de Biomanguinhos; Paolo Marinho de Andrade Zanotto, da Universidade de São Paulo; Amilcar Tanuri, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Alain Kohl, da Universidade de Glasgow (Escócia).

Para fazer a cobertura do evento os jornalistas devem fazer o credenciamento na página do workshop.

Workshop “A, B, C, D, E do Vírus Zika”
Dias: 1 e 2 de março de 2016
Local: Auditório da Fiocruz Pernambuco
E-mail: eventozika@cpqam.fiocruz.br
Contato: (81) 2101.2505


Fonte: Fiocruz Pernambuco

BAHIAFARMA E CRISTÁLIA AVANÇAM NA TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

A Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma) e o laboratório paulista Cristália deram mais um passo no processo de transferência de tecnologia entre as empresas, previsto pelas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) firmadas entre elas, para a fabricação dos medicamentos Cabergolina e Cloridrato de Sevelâmer.

O diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, e os diretores de Pesquisa e Desenvolvimento, Yanaihara Pinchemel, e de Qualidade, Francis Reisdorfer, realizaram uma visita técnica, na semana passada, ao complexo industrial da Cristália, em Itapira (SP), para acompanhar processos internos de manufatura dos fármacos.

“Estamos no segundo ano da transferência de tecnologia da Cristália para a Bahiafarma”, lembra Yanaihara Pinchemel. “Atualmente, a Bahiafarma está na etapa de absorção das técnicas de controle de qualidade dos produtos acabados referentes aos dois medicamentos e, em breve, iniciaremos, na nossa unidade, na Bahia, alguns procedimentos relativos à fabricação desses produtos .”

PDPS PIONEIRAS
As PDPs para a produção de Cabergolina (para tratamento da hiperprolactinemia) e Cloridrato de Sevelâmer (doença renal crônica e degenerativa) foram as primeiras celebradas pela Bahiafarma após sua reinauguração, em 2011. Iniciadas em 2015, as parcerias permitem ao Sistema Único de Saúde (SUS) uma economia anual estimada em R$ 35 milhões (cerca de 50%) na compra dos medicamentos, que antes da produção conjunta da Bahiafarma com o laboratório Cristália eram importados.

Segundo o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, o sucesso das PDPs entre as empresas abre o caminho para novas parcerias, que estão em fase de estudo. “Como os acordos que temos com a Cristália têm se mostrado benéficos para ambos, existe o interesse mútuo na expansão de nossa parceria”, afirma.

Divulgados dados de Produção dos Bancos de Sangue de Cordão Umbilical

Já está disponível, no site da Anvisa, o 5° Relatório de Avaliação dos Dados de Produção dos Bancos de Sanguede Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP).  O documento revela resultados inéditos das ações de fiscalização e inspeção da Agência ao longo do ano de 2014. O relatório também traz um estudo sobre a distribuição dos 32 BSCUP em funcionamento no país, sendo 12 públicos e 20 privados. Além disso, o arquivo apresenta, ainda, dados de produção organizados, como indicadores de qualidade.

As inspeções realizadas pelas vigilâncias sanitárias locais apontam a tendência de diminuição de unidades coletadas pelos BSCUP nos últimos dois anos. No setor privado, a queda nas coletas foi de 12,5% em 2013 e de 19% em 2014. O setor público apresentou uma diminuição de 8,9% em 2013 e de 6,3% em 2014.

Das 150.000 unidades de sangue de cordão para uso terapêutico armazenadas nos bancos privados, apenas uma foi utilizada em 2014, enquanto oito foram fornecidas para uso pelos bancos públicos.

Os BSCUP são responsáveis pelos processos de obtenção, realização de exames laboratoriais, processamento, armazenamento e fornecimento de células-tronco de sangue de cordão umbilical e placentário para transplante.

Conheça o Relatório na íntegra e saiba mais sobre os indicadores de qualidade apresentados no documento.

AVISO DE PAUTA: Vice-governadora inaugura Sala de Nutriz do Tecpar

A vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti, inaugura, nesta terça-feira (1º), às 14h30, a Sala de Nutriz do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A sala é um ambiente adequado para a realização da coleta e do armazenamento do leite materno durante o período de trabalho, voltado às colaboradoras do instituto.

A inauguração da sala é uma das ações realizadas dentro do Programa de Atenção à Gestante e Nutriz, que tem como objetivo prestar assistência à saúde das empregadas no período gestacional e no retorno da licença-maternidade, visando à continuidade da lactação para o desenvolvimento saudável da criança.

Com a sala em funcionamento, o Tecpar vai solicitar o credenciamento ao Ministério da Saúde para aderir ao Projeto Mulher Trabalhadora que Amamenta, que viabiliza a certificação do Tecpar como empresa amiga da amamentação.

SERVIÇO:
Vice-governadora inaugura Sala de Nutriz no Tecpar
Data: terça-feira (01)
Horário: 14h30
Local: Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar)
Rua Algacyr Munhoz Mader, 3775 – Cidade Industrial – Curitiba



  

Incubadora do Tecpar lança edital do processo seletivo de incubação com oferta de 32 vagas

A Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec) lançou o primeiro edital de 2016 do processo seletivo de empresas inovadoras que queiram participar do programa de incubação do Instituto de Tecnologia do Paraná. Neste ano, 32 vagas são oferecidas a empresas e empreendedores, sendo 20 em Curitiba e 12 em Jacarezinho, no Norte Pioneiro.

Podem participar do processo de incubação pessoas físicas, como universitários, pesquisadores e empreendedores que tenha um negócio inovador, ou ainda pessoas jurídicas.

Neste ano, estão sendo ofertadas 16 vagas para a modalidade de incubação residente (quando a empresa fica nas dependências da Intec), e outras 16  para a incubação não residente, quando o empresário não se instala na incubadora, mas conta com o apoio dos especialistas do instituto.

Para se concorrer a uma das vagas, o candidato deve comprovar que cumpre nove requisitos, como inovação tecnológica, infraestrutura de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e competência da equipe, por exemplo. “A empresa deve ainda apresentar um Plano de Negócios que deve ser desenvolvido para um período de dois anos e compreender informações gerais da empresa e dos sócios, com uma descrição do negócio e um levantamento da concorrência”, exemplifica Gilberto Passos Lima, gerente da Intec.

Custos

O valor mensal a ser pago pela empresa incubada depende do modelo de incubação e da etapa do processo de incubação em que a empresa se encontra. A incubada residente, por exemplo, ao usar espaços exclusivos da Intec, tem o custo mensal de R$ 66 por metro quadrado utilizado. Já a incubada não residente pagará mensalmente o valor-base de R$ 1.280. “No período de implantação, entretanto, como forma de incentivo aos novos negócios, a Intec oferece um desconto de 70% no valor da mensalidade”, ressalta Lima.
Etapas da incubação

Durante o programa de incubação a empresa passa por quatro níveis de maturidade: Implantação (estruturação da empresa), Crescimento (expansão dos negócios), Consolidação (início da sustentabilidade financeira) e Liberação (com o aumento da fatia do mercado e posterior graduação da incubadora). A partir do início da etapa de Consolidação até o final da etapa de Liberação, a incubada passa a pagar mensalmente ao Tecpar uma retribuição ao incentivo que correspondente a 3% do faturamento bruto mensal da empresa.

Os interessados em participar do processo seletivo têm até o dia 7 de março para fazer a inscrição. Mais informações sobre o edital podem ser obtidas pelo site da Intec (intec.tecpar.br/comoincubar) e pelo telefone (41) 3316-3176.

Intec

Fundada em 1989, a Incubadora Tecnológica do Tecpar é a primeira de base tecnológica do Paraná e a quinta do País. Duas vezes eleita a melhor incubadora do Brasil, tem sede em Curitiba e atuação também em Jacarezinho, no Norte Pioneiro. Ao longo de seus 27 anos, a Intec já deu suporte tecnológico a mais de 90 companhias. No momento, seis empresas passam pelo programa de incubação: Grupo SaaS, Beetech/Beenoculus, LOT América, Werker, i9algo e Aegis Ideas.

Vice-presidente da Fiocruz discursa sobre Aedes no Senado

O vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Valcler Rangel, afirmou, na sessão de debates do Senado nesta quinta-feira (25/2), que as epidemias de dengue, zika e chikungunya são um problema extremamente complexo. Ele explicou que a transmissibilidade dos vírus é o mais difícil de solucionar, e que já são oito séculos de doenças similares à dengue transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Rangel afirmou que, devido à complexidade do problema, é preciso enfrentá-lo com a ciência, com a ação do poder público, da sociedade civil e com a ação individual. No caso da Fiocruz, ele deu vários exemplos de como a ciência tem ajudado a enfrentar essa questão. "Nós na Fiocruz tratamos isso num plano de enfrentamento dessa questão quando nós passamos a trabalhar com ela em novembro do ano passado. Nós constituímos um gabinete de coordenação das ações da Fiocruz e traçamos o nosso plano nessas dimensões: na atenção, na vigilância, no laboratório, no ensino, na mobilização social, na pesquisa e na comunicação e informação", afirmou.


Em relação às pesquisas, Rangel destacou que o vírus zika está presente no líquido amniótico das gestantes e que há transmissão pela placenta. Segundo ele, esses achados, assim como a detecção do vírus zika em saliva e urina, com um potencial de transmissão a ser investigado, vão dando à instituição o direcionamento para as pesquisas. Além disso, Rangel explicou que serão feitos estudos de longo prazo com o acompanhamento das gestantes e das crianças durante um tempo para ver que outras alterações irão apresentar. Entre algumas alterações já identificadas estão o comprometimento da audição e da visão, que a fundação está investigando.

A Fiocruz também apresenta algumas tecnologias para controlar a transmissão pelo mosquito. Rangel deu o exemplo de um larvicida, que os pesquisadores pincelam num balde e quando o mosquito pousa ali, ele poliniza o larvicida em outro criadouro. Outro estudo diz respeito a uma bactéria que é introduzida no mosquito e o impede de transmitir dengue, chikungunya e zika. "A gente está estabelecendo um conjunto de parcerias nacionais e internacionais para conseguir trabalhar isso", esclareceu.

Fonte: Agência Senado

Mais Médicos levou 18,2 mil profissionais a lugares onde saúde não chegava

Em dois anos, foram R$ 5,1 bilhões investidos para o enfrentamento da insuficiência ou mesmo da ausência de médicos nas periferias das grandes cidades e nos pequenos municípios.

Nos locais mais distantes dos grandes centros urbanos, sempre foi difícil encontrar atendimento médico adequado. A distância e o isolamento de certas comunidades –do sertão nordestino às populações ribeirinhas, passando pelas regiões periféricas das grandes cidades– deixava o trabalho ainda mais difícil. Mas, desde 2013, o Programa Mais Médicos tornou o atendimento à saúde básica realidade para 63 milhões de brasileiros que antes não tinham acesso ao serviço de forma contínua.

Em seus dois anos de existência, o programa levou 18.240 médicos para 4.058 municípios, o que equivale a 73% dos municípios brasileiros, e para 34 distritos de saúde indígenas. Com esse acréscimo, agora são 134 milhões de pessoas atendidas pela Estratégia Saúde da Família, que cuida da saúde básica familiar. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 80% dos problemas que levam as pessoas a procurar atendimento podem ser solucionados com o acompanhamento da saúde familiar.


Foram R$ 5,1 bilhões investidos para o enfrentamento da insuficiência ou mesmo da ausência de médicos nas periferias das grandes cidades, nos pequenos municípios, comunidades quilombolas indígenas e assentadas, entre outras, que nunca contaram ou não conseguiam fixar profissionais da saúde. A previsão é que neste ano, em 2016, o orçamento seja maior do que nos últimos, com R$ 2,7 bilhões.

O investimento não é somente em contratação de médicos, mas também na melhora da infraestrutura e, com isso, na expansão da rede de saúde. Com mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas, o Programa impacta mais de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 5 mil municípios brasileiros.

Mais educação também - Além do investimento em levar médicos para locais afastados e garantir atendimento de saúde à população mais necessitada, o programa Mais Médicos também financia a abertura de vagas em cursos de medicina em todo o País. Nos dois anos de Programa, 5.306 vagas para formar novos médicos foram criadas em 1.690 universidades públicas e em 3.616 universidades privadas.

Pela primeira vez, as cidades do interior passaram a ter mais vagas que as capitais, e as regiões Norte e Nordeste alcançam a proporção de vagas das regiões Sul e Sudeste. Já em 2014, foram aprovadas as Novas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Medicina, que tem até 2018 para adequarem seus currículos. A palavra de ordem é expandir e descentralizar os cursos para formação de médicos, universalizar a residência médica e melhorar a qualidade das duas formações.

Outra frente da educação no Mais Médicos é a especialização dos profissionais de saúde. Com o Mais Médicos, foi instituída uma especialidade central na formação da maioria dos especialistas do país: a Medicina Geral de Família e Comunidade, a exemplo do que há muitos anos fizeram países como Inglaterra, Canadá, Espanha, Cuba e Portugal.

Além da melhoria na formação dos médicos, com a especialização, facilita a fixação dos profissionais nos municípios de atuação. Para alterar a realidade de concentração de oportunidades na região Sudeste, o Programa Mais Médicos criou 4.742 vagas de residência médica em todo o Brasil. O objetivo é universalizar esse número e ter a certeza que, a cada médico formado, haverá uma vaga de especialização.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde

2º dia da rodada de reuniões da Alfob em SP

Nesta sexta feira (26) a rodada de reuniões da Alfob com empresas do mercado farmacêutico privado continuou em São Paulo.

O presidente da associação, Paulo Mayorga, esteve com o presidente da Abiquifi - Associação  Basileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos - José Correia e o gerente da entidade, Norberto Prestes.

No encontro foram discutidos o atual cenário do complexo industrial da saúde e as oportunidades de interação dos laboratórios oficiais com relação à pauta de exportação, tendo em vista a capacidade instalada dos produtores públicos.

Foi acordada uma agenda conjunta para inserção da Alfob nas ações da Abiquif, especialmente com relação ao desenvolvimento de fitoterápicos e à busca de oportunidades para novos mercados.

Na última reunião do dia , Mayorga esteve na Alanac - Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais - com o presidente da entidade, Fernando Marques, e o diretor técnico executivo, Henrique Tada.

Um tema bastante debatido durante o encontro foi a rastreabilidade de medicamentos, onde verificou-se convergência de entendimento com relação a discrepância entre o altíssimo custo de sua implantação diante dos benefícios limitados decorrentes da atual legislação.

No final da reunião foi marcado um workshop com as associações de laboratórios, Alanac e Alfob, previsto ja para o início de março. Na ocasião serão discutidos os temas "avaliação de oportunidades para projetos de transferência de tecnologia" e "clonagem de registros".

Paulo Mayorga avaliou que as reuniões foram bastante positivas e afirmou que os eventos continuarão acontecendo pois são fundamentais para disparar questões imperativas para o conjunto das indústrias farmacêuticas e farmoquímicas instaladas no País.

"Os laboratórios oficiais podem e devem contribuir para o crescimento do complexo industrial da saúde, enquanto estratégia de desenvolvimento econômico e de fortalecimento do sistema único de saúde", conclui Mayorga. 

Diretoria da Alfob se reúne com Interfarma em São Paulo

Começou na última quinta feira, 25/02/2016, a 1ª rodada de reuniões entre as diretorias da Alfob e grupos de associações da indústria farmacêutica privada.

Este encontro faz parte ainda de uma sequência de outros compromissos que apresentam a nova diretoria da Alfob, eleita no final de 2015.

Nesta primeira reunião, o presidente da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil, Paulo Mayorga (LAFERGS) e dois de seus diretores, José Roberto Uchoa, (LAFEPE) e Ronaldo Dias (BahiaFarma), se reuniram com o presidente executivo da Interfarma, Antônio Brito, além de três diretores daquela associação, Marcelo Liebhardt, Octávio Nunes e Pedro Bernardo.

A reunião com a Interfarma teve como destaque a discussão de possível interação entre as duas entidades no que se refere a inovação tecnológica.

De acordo com o presidente da Alfob, Paulo Mayorga, foram discutidos projetos de interesse comum, como buscar conjuntamente o avanço na regulamentação do marco legal das PDPs (Parceria para o Desenvolvimento Produtivo) na área de inovação e P&D, e também a possibilidade de uma parceria para a construção de um observatório sobre o mercado público de medicamentos e produtos para a saúde.

Durante a reunião, foi ponto convergente a leitura de ambos os grupos sobre a atual posição das PDPs no Ministério da Saúde.

Sobre isso Mayorga diz: “Há muito que ser feito para melhorar o marco legal das PDPs, e principalmente há uma necessidade de tornar estas parcerias em algo com maior capacidade de planejamento e de previsibilidade”. “Há situações em que a visão fragmentada da política de PDPs acaba por dificultar a implementação dela”, conclui o presidente da Alfob.

Os encontros continuam nesta sexta feira, 26/02/2016.


Estudo com EUA será em 60 municípios da Paraíba

Começou nesta semana o trabalho de campo do Estudo de Caso controle de Microcefalia relacionada ao vírus Zika no Brasil. A pesquisa está sendo realizada por meio de parceria entre o Ministério da Saúde, governo da Paraíba e Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos. Ao todo, 60 municípios do Estado serão visitados pelos pesquisadores, que têm o objetivo de buscar informações mais robustas sobre a relação do vírus Zika com a microcefalia. Entre os municípios estão João Pessoa, Campina Grande, Patos e suas regiões metropolitanas.

Por quase dois meses, oito equipes - compostas pelas instituições envolvidas - investigarão a proporção de recém-nascidos com microcefalia associada ao Zika, além do risco da infecção pelo vírus. Serão entrevistadas, aproximadamente, 170 crianças que nasceram com microcefalia desde outubro de 2015. Para cada uma delas serão investigadas de duas a três crianças da mesma região, que não nasceram com microcefalia.

“Também faz parte deste estudo a investigação de pessoas que não foram acometidas pela doença (microcefalia). A partir da comparação desses casos é que a gente poderá estimar o risco, a relação entre o vírus Zika e a microcefalia”, explicou a consultora técnica de Vigilância Epidemiológica do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Priscila Leite, que está coordenando os trabalhos das equipes na Paraíba.

Para a epidemiologista do CDC, Erin Staples, líder da pesquisa na Paraíba, o estudo poderá trazer novas perspectivas para o cenário atual. “O que pretendemos fazer é definir a associação das crianças diagnosticadas com microcefalia e se elas tiveram evidências de infecção congênita do vírus Zika. Além disso, é importante entender se outros agentes infecciosos podem estar relacionados a esses casos”, comentou Erin Staples.

No estudo, as mães estão sendo entrevistadas pelas equipes de pesquisadores e as informações serão registradas com o uso de tablets. O questionário é composto por perguntas relacionadas à gestação da mãe, possíveis sinais e sintomas que ela teve durante o período, além de perguntas relacionadas ao nascimento da criança.

Além disso, serão colhidas amostras de sangue dessas mães e bebês que serão examinadas pelo laboratório americano. O objetivo é identificar se existem outros agentes infecciosos, além do vírus Zika que possam estar relacionados aos casos de microcefalia.

MICROCEFALIA – De acordo com os dados do último Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado no dia 23, a Paraíba é o segundo estado com maior número de casos suspeitos de microcefalia no país. Ao todo, foram noticiados 790 casos, sendo 59 confirmados, 291 descartados e 440 em investigação.

Em todo o Brasil, 4.107 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação pelo Ministério da Saúde e os estados. Desde o início das investigações - em 22 de outubro de 2015, até 20 de fevereiro - foram 5.640 notificações, sendo 950 já descartadas.

No total, 583 notificações foram confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, em 235 municípios de 16 unidades da federação (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul). Destes, 67 já tiveram confirmação laboratorial para o vírus Zika.

COOPERAÇÃO – Desde 2012, o Ministério da Saúde tem uma parceria com o CDC para cooperação de temas em saúde. Este estudo é mais uma atividade desta cooperação envolvendo os dois países. O CDC participa de um estudo sobre Guillain Barré na Bahia, além de estarem colaborando com na área laboratorial de estudos da Fiocruz de Pernambuco sobre a relação do vírus Zika e microcefalia.

Fonte: Ministério da Saúde, por Amanda Mendes

ANS disponibiliza informações específicas sobre combate ao Aedes

A Agência Nacional de SaúdeSuplementar publicou, em seu portal na internet, uma página específica para divulgar informações sobre prevenção e combate ao Aedes aegypti e as doenças transmitidas e/ou relacionadas ao mosquito – dengue, febre chikungunya e microcefalia (associada ao vírus zika). O material segue as orientações e diretrizes do Ministério da Saúde e contém dados relacionados ao setor de saúde suplementar – incluindo ações que estão sendo executadas pelas operadoras de planos de saúde para enfrentamento da emergência em saúde causada pelo surto de microcefalia.

A ferramenta ajuda a disseminar, de forma concisa e em linguagem acessível, informações confiáveis e relevantes para os profissionais de saúde e a população em geral. A página está organizada em quatro seções: combate ao Aedes aegypti, onde são disponibilizadas informações gerais sobre prevenção e combate ao mosquito; orientações às gestantes; saúde suplementar, área que concentra dados relacionados especificamente sobre o setor, incluindo ações realizadas pelas operadoras; e profissionais e gestores, onde podem ser encontrados os protocolos e diretrizes para notificação e atendimento dos casos de microcefalia.

Na página, o internauta também pode acessar as principais notícias divulgadas pelo Ministério da Saúde e ANS sobre o tema. Esta seção será atualizada diariamente.


Fonte: ANS

III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE IMUNOBIOLÓGICOS - Submissão de trabalhos tem inscrições prorrogadas

O prazo para submissão de trabalhos para o III Simpósio Internacional de Imunobiológicos, que acontece de 2 a 5 de maio,  foi prorrogado para 9 de março.


Quem ainda não enviou seu trabalho, terá mais tempo para prepará-lo e participar deste evento que reunirá grandes nomes da biotecnologia e áreas de fronteira. Para mais informações, acesse  simposio.bio.fiocruz.br.


Simpósio Internacional de Imunobiológicos - De 2 a 5 de maio, em comemoração aos seus 40 anos, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) vai reunir grandes nomes nacionais e internacionais para discutir inovação, pesquisa e desenvolvimento de vacinas, reativos para diagnóstico e biofármacos, além de outros temas estratégicos. O objetivo é criar um ambiente favorável à inovação e aperfeiçoamento e qualificação de estudantes, professores e pesquisadores.

O seminário contará, no primeiro dia, com workshops, mesa de abertura e uma palestra com Michael Clark, da Aliança GAVI. Já nos outros três dias, a programação científica será composta por 11 palestras, 20 apresentações orais de pôsteres e debates sobre vacinas, biofármacos, reativos, gestão e ciência da fronteira. Conheça aqui as regras de submissão de resumos e algumas dicas de elaboração.



Fonte: Bio-Manguinhos/Fiocruz

Consulta pública sobre avaliação de medicamento para fibrose cística já se encontra disponível

A Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos SCTIE/MS publicou no dia 23 de fevereiro, no Diário Oficial da União (DOU), a abertura da consulta pública nº 03, para manifestação da sociedade civil a respeito da recomendação preliminar não favorável da CONITEC quanto à incorporação do medicamento tobramicina para colonização das vias aéreas em pacientes com fibrose cística.

A proposta para incorporação do medicamento no SUS foi feita pelo Poder Judiciário Federal, Seção Judiciária de Sergipe, 6ª Vara Federal, e terá o prazo de 20 dias, a contar da data de publicação no DOU, para que sejam apresentadas contribuições, críticas, sugestões e informações sobre o tema. A utilização da consulta pública para manifestação da sociedade permite incluir qualquer pessoa ou entidade interessada no processo de formulação e definição de novas políticas públicas.

As contribuições recebidas serão avaliadas pela CONITEC, a qual, posteriormente, emitirá sua recomendação final sobre o tema. Por fim, o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde proferirá sua decisão sobre a incorporação, ou não, do medicamento no SUS.

A recomendação objeto desta consulta pública e o endereço para envio de contribuições estão à disposição dos interessados no endereço eletrônico: http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas.

Fonte: Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos SCTIE/MS

ONG que atua com brasileiros na Inglaterra vem conhecer o DDAHV

A política pública para a resposta à aids no Brasil e o trabalho de uma ONG criada na Inglaterra para ajudar estrangeiros que vivem com HIV naquele país da Europa foram os assuntos que dominaram a reunião realizada ontem entre a equipe do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, e o coordenador do projeto NAZ Vidas, o psicoterapeuta José Resinente.

A NAZ é uma ONG criada na Inglaterra em 1997 para ajudar estrangeiros vivendo com HIV naquele país. O NAZ Vidas é o projeto da NAZ que oferece serviços de saúde sexual e planejamento familiar para pessoas que falam português como primeira língua e vivem no Reino Unido. A maior parte dos assistidos é de pacientes vindos do Brasil. “Setenta por cento de nosso público é de brasileiros. Alguns são profissionais do sexo”, contou Resinente.

Em 2015, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) participou, em Londres, da campanha de prevenção ao HIV e saúde sexual promovida pela NAZ Vidas, inspirada em duas ações do Ministério da Saúde do Brasil. Uma delas é a campanha #PartiuTeste, do Carnaval de 2015; a outra, a Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas (PCAP), que avaliou, desde 2008, o comportamento sexual do brasileiro e as situações de vulnerabilidade às infecções. Na ocasião, foram apresentados números, conquistas e desafios da política brasileira de resposta ao HIV.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Projeto da Fiocruz é alternativa no controle de Aedes

O projeto de pesquisadores do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas) e do Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR/ Fiocruz Minas), que utiliza mosquitos no combate de doenças como dengue, chikungunya e zika, foi o único escolhido, pelo Ministério da Saúde (MS), como uma das principais novas alternativas para o controle do Aedes aegypti no Brasil. A metodologia será incorporada, ainda sem data, nas diretrizes nacionais de controle do vetor.

A escolha do projeto ocorreu na Reunião Internacional para Implementação de Novas Alternativas para o Controle do Aedes Aegypti no Brasil, que ocorreu em Brasília, nos dias 17 e 18 de fevereiro. Além da iniciativa das unidades da Fundação, foram apresentados projetos do Emory University, dos EUAs, do International Atomic Energy Agency, da Áustria, do QIMR Berghofer Medical Research Institute e da James Cook University, ambas da Austrália, da Universidade Autonoma de Yucatan, do México, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual do Ceará (UFCE).

O projeto consiste em usar baldes com um pouco de água e suas paredes internas cobertas de um pano preto aveludado, no qual é aplicado larvicida triturado até a consistência de um pó. A estrutura cria uma armadilha que permite que as fêmeas sejam atraídas até o recipiente. "Quando pousam no balde, os mosquitos ficam impregnados com inseticida e levam para outros criadouros, aumentando assim o combate às larvas", explicou o diretor da Fiocruz Amazonas e um dos pesquisadores do projeto, Sérgio Luz.

Segundo o pesquisador, o método é de extrema importância pois alcança criadouros de difícil acesso. "Um dos maiores problemas no controle dos mosquitos vetores é que a muito dos criadouros não são tratados durante as ações de controle, pelo difícil acesso. Ficamos bastante felizes de terem escolhido o método, pois foi um projeto que trouxe bastante resultado onde foi implantado", disse Luz.

Na fase inicial do projeto, que começou em novembro de 2013, no município amazonense de Manacapuru, os criadouros positivos de larvas nas casas eram presentes em 98% das residências. Até outubro de 2015, a equipe registrou apenas 2% de casas positivas. Além disso, as notificações das doenças no município, segundo o subgerente de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Mário Fernandes da Silva, em 2015, foram 79. Em 2014, o número chegou a 200. O projeto conta ainda com as participações dos pesquisadores Fernando Abad-Franch, da Fiocruz Minas, Elvira Zamora e os técnicos de campo, Ricardo Mota e Sebastião Dias, todos da Fiocruz Amazonas.

Fonte: Nathane Dovale/ Fiocruz Amazonas

Anvisa suspende lote de medicamento Thyrogen

A Anvisa determinou a suspensão da distribuição, comercialização, divulgação e uso do lote E4029 do medicamento Thyrogen (alfatirotropina), 1,1 mg, solução injetável, com validade até dezembro de 2017. O produto é fabricado pela empresa Genzyme do Brasil Ltda.

A determinação ocorreu após o fabricante comunicar à Agência o recolhimento do produto em razão da presença de pequenos fragmentos de vidro dentro do frasco do lote citado.
A Agência determinou que a  empresa promova o recolhimento do lote  existente   no mercado.


A medida está na Resolução RE456/2016 publicada nesta quinta-feira (25/2) no Diário Oficial da União (DOU).

Anvisa suspende lote do medicamento Lisinopril

A Anvisa determinou, nesta quinta-feira (25/2), a suspensão da distribuição, comércio e uso do lote 1033036 do medicamento Lisinopril, 20 mg, comprimidos, com validade  até  outubro  de 2017.  O produto é fabricado pelo Laboratório Teuto Brasileiro S/A.

A decisão ocorreu após a empresa constatar divergência nos dizeres da aba inferior da cartonagem (embalagem segundaria) do lote citado,  em que  constava a informação   10 mg  em vez de  20mg.   A empresa emitiu comunicado de recolhimento voluntário,
O laboratório deverá promover o recolhimento do estoque no mercado.


A medida está na Resolução RE455 /2016 publicada no Diário Oficial da União (DOU).

OMS reconhece que o Brasil está preparado para enfrentar o vírus Zika

A diretora-geral da entidade Margareth Chan afirma que, após dois dias de visita, ficou claro a capacidade do país no combate ao mosquito Aedes aegypti 

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, voltou a elogiar a atuação do governo brasileiro para o enfrentamento ao vírus Zika. Durante entrevista coletiva após visitar, nesta quarta-feira (24), as instalações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, Chan ressaltou a articulação dos três níveis governamentais com a sociedade civil, que será essencial para o combate eficiente e rápido ao mosquito Aedes aegypti.

Em relação ao crescimento inusitado de casos de microcefalia constatados no Brasil, Margaret Chan disse que as evidências coletadas pelas autoridades brasileiras apontam o vírus Zika como causa. “Até que possamos provar o contrário, temos afirmado que o vírus Zika é o culpado”, afirmou a diretora-geral da OMS.

A diretora também se comprometeu a facilitar uma maior colaboração internacional, coordenando esforços internacionais em busca de um objetivo comum de achar vacinas e outras formas de combater ao mosquito. “Daqui irei aos Estados Unidos onde terei reunião com apoiadores de setores diversos para construir uma ampla mobilização da comunidade internacional para achar soluções para esse inimigo comum”, explicou.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, lembrou que o Brasil tem sido absolutamente transparente na divulgação dos dados. “Estamos fazendo parcerias com institutos de pesquisas nacionais, como a Fiocruz, o Instituto Butantan e o Instituto Evandro Chagas, mas também buscamos nesse momento estreitar os nossos laços com organismos internacionais, como a OMS e OPAS, para encontrar novas tecnologias para o combate ao mosquito”, ressaltou.

FIOCRUZ – Durante a visita a Fiocruz, Margaret Chan conheceu projetos para o desenvolvimento de novas tecnologias de combate ao mosquito Aedes Aegypti, diagnóstico, prevenção e tratamento para doenças transmitidas pelo vetor. Um dos projetos apresentados é o programa científico internacional ‘Eliminar a Dengue’. A proposta é usar os mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia como uma alternativa segura e autossustentável para o controle da dengue e de outros vírus, como Zika e Chikungunya.

Outro projeto apresentado foi a distribuição de 500 mil testes nacionais de biologia molecular para a realização de diagnóstico de dengue, chikungunya e Zika. Hoje, o Brasil possui um teste para identificar cada doença, pois em cada processo são usados reagentes importados e, para descartar a presença da dengue e chikungunya, é necessário realizar cada exame separadamente.

Também foram apresentadas pesquisas de disseminação de Larvicida Ovitrampas (DLO), unidades que atraem fêmeas. Na armadilha a fêmea é impregnada por inseticida e o leva para os focos de reprodução eliminando os focos. Principalmente aqueles que não são percebidos pela ação de prevenção humana.

RECIFE – Na manhã desta quarta-feira (24), Margaret Chan esteve com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), em Recife (PE). Na ocasião, o ministro assinou termo de cooperação técnica de ensino com Instituto para capacitar profissionais de saúde envolvidos na atenção e cuidado dos casos de microcefalia e infecções por Zika, Dengue e Chikungunya.  Esses profissionais vão ser capacitados para triagem neonatal auditiva, triagem neonatal ocular, estimulação precoce, cuidados clínicos agudos para infecções causadas pelo Aedes aegypti, cuidado das crianças com alterações congênitas associadas a infecção por vírus Zika, estratégias de combate ao mosquito e detecção de alterações neurológicas através de Ultrassonografia transfontanela.

O termo de cooperação técnica é a concretização da portaria que estipula a criação de Centros Colaboradores para ajudar no enfrentamento aos casos de microcefalia publicada no Diário Oficial da União em janeiro deste ano. A medida prevê que unidades de saúde e instituições de ensino possam contribuir na capacitação de profissionais no cuidado com pacientes afetados pelo vírus Zika. A iniciativa possibilitará, por exemplo, que uma universidade com experiência em um determinado procedimento possa compartilhar a experiência e qualificar outros profissionais de saúde.

PARCERIAS – O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal, além da parceria com os governos estaduais e municipais. No dia 11 de fevereiro, foi anunciado o primeiro acordo internacional para desenvolvimento de vacina contra o vírus Zika. A pesquisa será realizada conjuntamente pelo governo brasileiro e a Universidade do Texas Medical Branch, dos Estados Unidos. Para isso, será disponibilizado pelo governo brasileiro US$ 1,9 milhão nos próximos cinco anos. Está prevista também a participação de outros organismos de saúde internacional, como a própria OMS.

Outra ação desenvolvida é a parceria com o governo da Paraíba e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos para um estudo de caso controle de microcefalia relacionada ao vírus Zika no Brasil. O objetivo da pesquisa é estimar a proporção de recém-nascidos com microcefalia associada ao Zika, além do risco da infecção pelo vírus.

Além disso, nessa última segunda-feira (22), foi assinado contrato entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para financiamento da terceira e última fase da pesquisa clínica para a vacina da dengue. No total, o Ministério da Saúde investirá R$ 100 milhões nos próximos dois anos para o desenvolvimento do estudo e outros R$ 8,5 milhões no desenvolvimento de soro contra o vírus Zika. Ao todo, a previsão é um investimento de R$ 300 milhões do governo federal para os estudos do Butantan.

Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde
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Atualização no Combate Vetorial ao Aedes aegypti

A primeira edição do curso a distância “Atualização no Combate Vetorial ao Aedes aegypti” foi lançada na última sexta-feira (29) pelo Ministério da Saúde. O curso abordará aspectos gerais e práticas de combate ao mosquito Aedes aegypti, tem carga horária de 22 horas, é autoinstrucional, na modalidade a distância.

As atividades visam desenvolver ou aprofundar conhecimentos e habilidades para identificação e enfrentamento do mosquito, divulgação de informações e orientações à população durante trabalho de campo e visitas domiciliares. O curso é gratuito, voltado para Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Combate às Endemias (ACE) e Militares autorizados de todo o Brasil e prevê a participação de mais de 250 mil alunos de todo o país. As inscrições também estão abertas para outros profissionais de saúde e para a população em geral que tiver interesse em aprofundar seus conhecimentos em relação ao combate ao Aedes aegypti.

Esta ação foi desenvolvida em parceria entre TelessaúdeRS/UFRGS, Ministério da Saúde (MS), Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde do Brasil (DAB), Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS/RS) e Secretaria de Educação a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SEAD-UFRGS).

Alguns dos objetivos específicos do curso são:
• sensibilizar o ACS sobre a importância da sua atuação na vigilância à saúde com foco no controle do Aedes aegypti;
• atualizar o ACS para o apoio na investigação epidemiológica;
• atualizar os ACS/ACE sobre modo de transmissão, período de incubação, vetor;
• atualizar os ACS/ACE sobre medidas de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti;
• fortalecer o trabalho integrado entre as equipes de Atenção Básica e de Vigilância à Saúde;
• atualizar o ACS/ACE para busca ativa dos casos suspeitos de Zika, Chikungunya e Dengue;
• estimular a atuação do profissional de saúde na mobilização social e educação em saúde;
• atualizar os ACS/ACE sobre a importância da busca, uso e registro das informações em saúde.

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Diretora-geral da OMS elogia transparência e empenho do governo brasileiro no combate ao Aedes aegypti

Em conversa com jornalistas em Brasília, Margaret Chan afirmou que o governo brasileiro até o momento fez tudo o que está ao alcance para combater o mosquito transmissor do vírus Zika

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou está satisfeita com a liderança e o empenho da presidenta Dilma Rousseff, do ministro da Saúde, Marcelo Castro, e de todo o governo brasileiro para o combate do mosquito Aedes aegypti. Ao conversar com jornalistas, antes da Reunião de Alto Nível realizada nesta segunda-feira (23) em Brasília, Margaret Chan elogiou a seriedade, transparência e agilidade com que o Brasil tem lidado com a situação.

“Eu afirmo aos senhores que nunca tinha visto um envolvimento, uma liderança tão forte de um presidente para com um problema como esse, tanto em relação à velocidade das suas ações quanto à seriedade e nível de envolvimento”, destacou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, que também ressaltou “o empenho do Brasil em compartilhar todas as informações que estão sendo obtidas, para que a OMS possa repassá-las adiante para o resto do mundo”.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que Margareth Chan veio ao Brasil a convite do governo brasileiro para que a OMS tenha acesso a todos os dados já levantados. “Estamos abrindo todas as nossas informações para a Organização Mundial da Saúde. Desde o primeiro instante, o Brasil tem sido o mais transparente possível e trabalhado para estabelecer parcerias, que, aliás, contamos com o apoio da OMS para que possamos pactuar novas parcerias”, disse o ministro.

Ao falar das Olimpíadas, Margaret Chan disse que o Brasil tem até agosto para assegurar a implementação das ações de combate ao mosquito Aedes. “Estamos agora em fevereiro e temos até agosto, período das Olimpíadas, para que o governo brasileiro juntamente com seus parceiros, OMS e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) realize todas as ações previstas para que o Brasil fique seguro não só para os atletas, mas também para todos que vierem ao país para assistir aos jogos olímpicos”, disse Margaret Chan.

Após conversa com a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, a diretora-geral da ONU disse ter ficado satisfeita em ver que o governo está se empenhando para oferecer assistência de qualidade às grávidas e aos bebês com microcefalia, e deixou um recado final: “O governo está fazendo tudo que está ao seu alcance, mas ele só poderá continuar com o apoio de todos. O mosquito da dengue é bastante teimoso e precisa ser combatido”.

VISITA AO BRASIL – A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, está no Brasil hoje e amanhã (24/02) com o objetivo de compartilhar com a OMS e a OPAS as experiências e ações integradas do governo brasileiro. Nesta quarta-feira (24), Margaret Chan estará com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, no Instituto Materno Infantil de Pernambuco e na Fiocruz no Rio de Janeiro.

Nesta segunda-feira, a Margaret Chan participou da Reunião de Alto Nível, no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD). O encontro teve o objetivo apresentar as ações integradas em andamento no território brasileiro e sua articulação com as parcerias internacionais. Participaram da reunião outros ministros de Estado envolvidos na mobilização contra o mosquito Aedes aegypti e os casos de microcefalia. Cada pasta apresentou seu papel no enfrentamento à epidemia do vírus Zika e doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, de maneira a demonstrar a coordenação na resposta brasileira a estes casos.

No início de fevereiro, após debates e reuniões que contaram com a participação de representantes do Ministério da Saúde, a OMS declarou Emergência de Saúde Pública de importância internacional (ESPII) pelo vírus Zika e sua associação com a microcefalia e síndromes neurológicas. A decisão foi recomendada pelo Comitê de Emergência da OMS à diretora da organização, Margaret Chan, com base nas informações técnicas de entendimento do vírus Zika repassadas pelo Brasil, França, Estados Unidos e El Salvador.

A emergência de saúde pública de importância internacional é um evento extraordinário que exige uma resposta coordenada. Este reconhecimento internacional facilita a busca parcerias em todo o mundo, reunindo esforços de governos e especialistas para enfrentar a situação. Vale lembrar que o Ministério da Saúde declarou Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional em novembro do ano passado, quando foi notado o aumento expressivo nos casos de microcefalia.

PARCERIAS – O Ministério da Saúde anunciou, no dia 11 de fevereiro, o primeiro acordo internacional para desenvolvimento de vacina contra o vírus Zika. A pesquisa será realizada conjuntamente pelo governo brasileiro e a Universidade do Texas Medical Branch, dos Estados Unidos. Para isso, será disponibilizado pelo governo brasileiro US$ 1,9 milhão nos próximos cinco anos. O acordo prevê a instituição de um Comitê de Coordenação que irá se reunir, pelo menos, duas vezes ao ano para analisar o progresso e os resultados alcançados no âmbito da cooperação. Está prevista também a participação de outros organismos de saúde internacional, como a própria OMS.

O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal, além da parceria com os governos estaduais e municipais.

O Ministério da Saúde, em parceria com o governo da Paraíba e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos, iniciou nesta semana um estudo de caso controle de microcefalia relacionada ao vírus Zika no Brasil. O objetivo da pesquisa é estimar a proporção de recém-nascidos com microcefalia associada ao Zika, além do risco da infecção pelo vírus. Estão sendo realizadas reuniões com autoridades locais e estudos de campo com entrevistas e coleta de amostras de sangue para exames complementares de Zika e outras doenças como citomegalovírus e toxoplasmose.

Nesta última segunda-feira (22), foi assinado contrato entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para financiamento da terceira e última fase da pesquisa clínica para a vacina da dengue. No total, o Ministério da Saúde investirá R$ 100 milhões nos próximos dois anos para o desenvolvimento do estudo e outros R$ 8,5 milhões no desenvolvimento de soro contra o vírus Zika. Ao todo, a previsão é um investimento de R$ 300 milhões do governo federal para os estudos do Butantan. Além dos recursos do Ministério da Saúde, estão sendo analisados outros R$ 100 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio de um contrato da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), e R$ 100 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

PLANO NACIONAL – No final do ano passado, com o aumento do registro de casos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e suas complicações, o Ministério da Saúde decretou Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia com medidas emergenciais que estão sendo colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito. Todos os órgãos federais estão mobilizados para atuar conjuntamente neste enfrentamento, com apoio dos governos estaduais e municipais.

O Dia Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti, realizado no dia 13 de fevereiro, alcançou 2,8 milhões imóveis em 428 municípios do País. A ação contou com 220 mil integrantes das Forças Armadas, em conjunto com os agentes comunitários de saúde e os agentes de controle de endemias. As visitas de rotina às residências para eliminação e controle do vetor foram reforçadas ainda na segunda-feira (15), com a terceira etapa de mobilização nacional, que reuniu 55 mil militares das Forças Armadas, 46 mil agentes comunitários de endemias e 266 mil agentes comunitários de saúde.

O número de imóveis vistoriados pelos agentes de saúde e militares das Forças Armadas, na mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti, já representa 41% dos 67 milhões estimados em todo o Brasil. Ao todo, 27,4 milhões de imóveis foram percorridos pelas equipes até quarta-feira (17), em busca de criadouros e para orientar a população sobre medidas de prevenção ao mosquito. O número inclui domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, conforme dados da Sala Nacional de Coordenação e Controle de Enfrentamento à Microcefalia.

Somam-se a esse esforço a Mobilização Nacional da Educação Zika Zero, realizada nas escolas de todo o país em parceria com os estados e municípios. O objetivo é aproveitar o período de volta às aulas para incluir as comunidades escolares nas ações de combate e prevenção em uma ação continuada que vai envolver 60 milhões de brasileiros entre estudantes, professores e servidores técnicos administrativos e da educação superior em todo o país.

Também foram feitas ações voltadas aos servidores públicos no dia 29 de janeiro, no chamado “Dia da Faxina”, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito nos prédios dos órgãos federais. A ação aconteceu em ministérios, autarquias, agências e demais órgãos vinculados em todo o Brasil. Foi publicado ainda no Diário Oficial da União, em fevereiro, decreto que determina adoção de medidas rotineiras de prevenção e combate ao vetor em todos os prédios públicos.

Enquanto ainda não existe disponível no mundo uma vacina para o vírus Zika, o combate aos focos do mosquito é a única forma de prevenção da doença, protegendo gestantes e crianças. Esse vírus tem sido associado ao aumento de casos de microcefalia em bebês quando as mães são infectadas durante a gestação.

Por Camila Bogaz e Regina Xeyla, da Agência Saúde
(61) 3315.3580 e 3315.2745